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Neste sábado (25), a segunda e última noite do Abril pro Rock 2015 lotou o Chevrolet Hall de gente vestindo camisas pretas e calçando coturnos. Este é o dia de peso do festival e subiram ao palco grandes nomes do metal e do hardcore como Dead Fish, Ratos de Porão, Almah, Câmbio Negro HC e Marduk.

Psicodelia e rock´n´roll na primeira noite do APR 2015

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A pernambucana Lepra abriu a noite já em 220 volts. O público ainda era pequeno quando o grindcore da banda tomou conta do Chevrolet Hall, mas a energia do show já dava pistas do que viria a seguir. A segunda banda foi a potiguar Cätärro, que mandou seu som pesado.

A Hate Embrace assumiu o palco em seguida. Também de Pernambuco, a banda empolgou o público com seu death metal carregado de referências nordestinas e vocais guturais.

Em seguida foi a vez da Almah, projeto do cantor Edu Falashi, se apresentar pela primeira vez no APR. Os paulistas subiram ao palco ao som da trilha sonora de Darth Vader, enquanto a plateia gritava ansiosa. Com vocais agudos e consistentes, Edu Falaschi fez a alegria dos fãs do Angra, sua ex-banda, ao cantar a música Heroes of Sand.

Saravá metal

Uma roda punk logo se formou assim que os cariocas do Gangrena Gasosa - autodenominados como a primeira banda de 'saravá metal' do mundo - começaram a tocar. Aclamados pelo público, que esperou bastante pela primeira apresentação da banda no Nordeste, os músicos levaram a galera ao delírio aparecendo vestidos como entidades de religiões de matriz africana como Exu Tranca Rua e Zé Pelintra. No palco, aguidares com velas e farofa simulavam um despacho e o coro da plateia foi alto em todas as músicas do show.

Ao fim da apresentação, o vocalista Angelo explicou a proposta da Gangrena: "É a tradução do metal para o Brasil. Nosso objetivo é trazer a galera para dentro da cultura brasileira". Sobre tocar em Pernambuco, lugar de forte tradição de Xangô e outras religiões de matriz africana, Angelo confessou que houve um certo "frio na barriga" mas ficou impressionando ao ver a resposta positiva da plateia: "Por aqui estas religiões são muito fortes então tentamos fazer nosso melhor, felizmente o público entendeu", disse.

O deathmetal baiano da Headhunters manteve a energia do sábado em alta voltagem depois da apresentação da Gangrena Gasosa. Em seguida os paulistas da Project 46, também muito aguardados pelo público, mostraram a força do seu new metal.

OS MAIS ESPERADOS

Foram três 'lapadas', uma atrás da outra. Como se os shows anteriores não tivesse sido suficiente para fazer o suor dos metaleiros e punk rockers pingar, as bandas mais esperadas da noite, Dead Fish e Ratos de Porão, apresentaram-se em sequência.

Os capixabas da Dead Fish destruíram com o seu hardcore afiado. A roda logo se formou e os fãs fizeram coro com os sucessos como Mulheres Negras, 3º mundo, Joga o Jogo e Afásia. Em seguida, João Gordo e a Ratos de Porão fizeram a maior parte dos presentes no Chevrolet Hall se espremerem junto ao palco. E o hardcore clássico da Câmbio Negro HC fechou a tríade do hardcore do sábado. 

Coube às gringas Coroner, da Suiça, e Marduk, da Suécia, encerrarem a segunda noite da 23ª edição do Abril pro Rock. Este ano, o festival, que teve três noites de grandes shows comprovou porque é considerado um dos maiores festivais de música do Brasil. E ainda marcou um feito respeitável: alcançou a marca de 500 shows realizados.

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A banda mineira Pato Fu era uma das grandes atrações da primeira noite do Abril pro Rock 2015. Esta foi a quarta vez do Pato Fu no festival e eles aproveitaram a ocasião para lançar seu mais novo disco Não Pare pra Pensar, que tem uma pegada mais rock´n´roll do que os trabalhos anteriores.

Misturando novas canções a sucessos mais antigos, a banda fez o público cantar alto e dançar muito num show pesado, digno de festival de rock. As mais cantadas foram Eu, Perdendo Dentes, Ando Meio Desligado (uma releitura dos Mutantes) e Sobre o Tempo.

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A vocalista e lider do Pato Fu, Fernanda Takai, aproveitou pra falar sobre a presença feminina no rock brasileiro: "No Brasil tem pouca mulher tocando rock, mas é só uma questão de quantidade4 porque de qualidade não deixamos nada a dever. Esta noite tivemos bons exemplos disso", disse referindo-se a banda Far From Alaska, que tem uma vocalista e à cantora Pitty. No fim do show, a música que "talvez tenha sido a primeira que a plateia ouviu da banda", segundo o guitarrista John, Sobre o Tempo, encerrou com chave de ouro uma grande apresentação.

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A primeira noite do Abril pro Rock 2015, nesta sexta (24), começou com um público pequeno e tímido. Mas aos poucos, o Chevrolet Hall foi ficando cheio de fãs do rock'n'roll, a maioria vestida à carater, com camisas pretas.

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Abrindo os serviços, a pernambucana Kalouv recepcionou o público que aos poucos ia se posicionando em frente ao palco. Os pernambucanos aproveitaram a ocasião para lançar seu segundo disco, Pluvero. Em seguida, a americana The Shivas botou todos pra dançar com seu rock 'alegrinho' a lá Beatles dos anos 1960, mas com uma pegada mais contemporânea. Após a apresentação, um dos vocalistas da banda, Jared Wait-Molyneux, comemorou o primeiro show deles em terras brasileiras, "A plateia é maravilhosa", disse. Eles agora seguem para uma série de shows em São Paulo, Sorocaba e Brasília. 

A goiana Boogarins, atração bastante comemorada pelos fãs quando do anúncio de sua vinda para o festival fez um show direto, atendendo às expectativas do seu público que pôde ver a banda pela quarta vez aqui no Recife. Os músicos sairam do palco extasiados, "Um rapaz que veio de Aracajú só pra ver o nosso show veio me pedir para autografar um disco. Achei muito bacana", disse o baxista Raphael Vaz, e completou: "Me deu vontade de vir tocar mais no Nordeste". Eles sao uns dos representantes ddo 'novo rock psicodelico' brasileiro.

Vindos de um show no Lolapalooza 2015, os potiguares da Far from Alaska foram a quarta atração da noite e causaram uma correria e gritaria dentro do Chevrolet Hall quando subirem ao palco. Os fãs cantaram a plenos pulmões todas as músicas. Depois, os belgas da dEUS fizeram um show limpo mostrando toda a potência do seu rock. E ainda despediram-se falando em português. 

Quando os mineiros do Pato Fu se apresentaram, o espaço já estava bem mais cheio. O público cantou muito os maiores sucessos da banda como Eu, Ando meio desligado (uma releitura dos Mutantes) e Sobre o Tempo. A baiana Pitty encerrou a noite fazendo um grande show para uma plateia lotada de fãs, a maioria vestindo camisas com o nome da cantora. Misturando novos sucessos com antigos hits, a roqueira fez o Chevrolet Hall cantar alto terminando, em grande estilo, a primeira noite do festival.

Quem vai ao Abril pro Rock, além de curtir grandes bandas e muito rock´n´roll, também tem a oportunidade de dar um 'tapa' no visual. Na parte de trás do Chevrolet Hall estão instalados stands com diversos produtos, como roupas e acessórios de vários estilos e materiais. 

A cor predominante é o preto, que está presente nas camisetas, em sua maioria, com logos de bandas e artistas do rock. Mas é possível encontrar bolsas coloridas, bijuterias artesanais, acessórios em couro e vestidos, entre outros produtos. Os estudantes de design de moda, Eduarda Guerra e Matheus Pedrosa, estão expondo no APR pela primeira vez. Eles trouxeram ao festival sua marca de camisetas, Alterna. "São camisetas para uns e vestidos para outros", explica Matheus. Os dois estão bastante animados em expor seu trabalho no festival, "A ideia é se mostrar", diz Eduarda. 

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Já Juliane Mondego, da 90's Aliens, também estudante de design de moda, criou especialmente para ocasião uma coleção de gargantilhas, inspirada na temática do Abril. "Tenho afinidade com este universo, então pensei nessas gargantilhas dos anos 1990 que estão super em alta e têm tudo a ver", diz. Moda e música sempre andaram juntas e no Abril pro Rock, um dos maiores festivais do país, não poderia ser diferente.

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