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A Williams anunciou nesta quarta-feira a contratação do piloto tailandês Alexander Albon para a temporada 2022 da Fórmula 1. Com isso, ele assume a vaga deixada pelo britânico George Russell, que vai para a Mercedes no lugar do finlandês Valtteri Bottas. Além disso, o canadense Nicholas Latifi renovou o seu contrato por mais um ano.

A rapidez da decisão surpreende, dada a novela que se formava nos bastidores da Fórmula 1. Albon era o motivo de uma queda de braço entre Mercedes e Red Bull: a primeira só queria o tailandês na Williams se rompesse os vínculos com a segunda. Não foi necessário, com Alex mantendo o apoio dos austríacos.

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No caso de Latifi, a renovação é um alívio. O canadense ouviu da Williams que aporte financeiro não era mais um fator determinante para renovar o contrato. O talento faria a diferença, portanto. A boa fase do piloto, que pontuou em dois GPs seguidos em 2021, parece ter feito a diferença.

Depois de ser preterido na equipe sênior da Red Bull para abrir vaga para o mexicano Sergio Pérez no final da temporada 2020, Albon passou este ano servindo como piloto reserva do time austríaco e competindo no DTM. A Red Bull revelou no mês passado que estava trabalhando em um acordo para garantir o retorno da Albon à Fórmula 1, fosse na Alfa Romeo ou na Williams, depois que ambas as equipes expressaram interesse em contratar o piloto tailandês.

Agora, a Williams anunciou que Albon correrá ao lado de Nicholas Latifi no próximo ano, com o canadense disputando uma terceira temporada com o time inglês. "Estou muito animado e ansioso para retornar a um assento titular de F1 em 2022", disse o tailandês. "Quando você fica um ano fora da Fórmula 1, nunca há certeza de que fará um retorno, então sou extremamente grato à Red Bull e Williams por acreditarem em mim e me ajudarem em minha jornada de volta ao grid", seguiu.

"Também foi ótimo ver todo o progresso que a Williams tem feito como equipe este ano e estou ansioso para ajudá-los a continuar essa jornada em 2022", salientou o piloto, destacando a evolução da escuderia britânica.

Albon conquistou dois pódios na Fórmula 1 com a Red Bull em 2020, tendo se juntado à equipe no meio da temporada 2019, após um início impressionante de sua jornada na categoria com a Toro Rosso. "É fantástico poder confirmar nossa linha de pilotos para 2022 e estou muito feliz em receber Alex na equipe, além de confirmar nosso relacionamento contínuo com Nicholas no próximo ano", disse o CEO da Williams, Jost Capito.

"Estamos extremamente entusiasmados com a nossa nova formação, com ambos os pilotos trazendo uma grande mistura de juventude e experiência que não só será uma grande escolha para a equipe, mas também nos ajudará a dar o próximo passo na nossa jornada", prosseguiu o dirigente. "Alex é um dos jovens talentos mais empolgantes do automobilismo, mas vem com uma grande experiência na Fórmula 1 de sua época na Red Bull. Seus pódios destacam sua velocidade como piloto e sabemos que ele se sentirá imediatamente em casa com a equipe de Grove".

Capito falou também sobre Latifi. "Nicholas tem nos impressionado consistentemente nos últimos três anos com seu trabalho árduo, diligência e atitude. Ele continuou a se desenvolver na Williams e se tornou um piloto impressionante, como pode ser visto por seus pontos nesta temporada. Agora estamos ansiosos para continuar a construir nosso bom momento como equipe e terminar esta temporada o mais forte possível, antes de voltarmos nossas atenções para 2022", completou o CEO da Williams.

Sem equipe para a temporada de 2021 da Fórmula 1 após a confirmação de sua saída da Ferrari no final deste ano, o alemão Sebastian Vettel perdeu uma chance nesta semana com a Renault confirmando a volta do espanhol Fernando Alonso para o lugar do australiano Daniel Ricciardo, que vai para a McLaren.

Nesta quinta-feira, em entrevista coletiva para o GP da Estíria, nome da região na Áustria onde fica o circuito Red Bull Ring, na cidade de Spielberg, o tetracampeão mundial revelou que teve conversas, apenas em estágios iniciais, com a escuderia francesa.

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"Sim, eu conversei, mas não chegamos a algo concreto", disse Vettel. "Como vocês viram, eles foram para outra direção. Isso não muda muita coisa para mim. Isso realmente depende da minha decisão e eu não me sinto obrigado a fazer isso nos próximos dias. Eu quero tirar o tempo necessário para decidir", prosseguiu.

O alemão ainda tem algumas opções para a próxima temporada e entre elas está a Red Bull, time no qual conquistou o tetracampeonato mundial entre 2010 e 2013. "Eu conheço este time muito bem do passado e ainda tenho contato com muitas pessoas como Christian (Horner), Helmut (Marko) e outros. Eles têm um carro forte, são um time forte, é isso que sei do passado. Não teria medo de estar ao lado de Max (Verstappen)", afirmou.

O piloto holandês tem contrato com a Red Bull até 2023. A outra vaga da equipe segue aberta, já que o tailandês Alexander Albon ainda não renovou seu compromisso com a equipe austríaca. "Como eu disse, é um carro vencedor, estou aqui para competir e vencer. Então provavelmente sim", completou o alemão sobre a possibilidade de contratação, mas sem descarta um "ano sabático" em 2021.

"Não é segredo que eu sou uma pessoa competitiva. Eu já conquistei muita coisa no esporte e tenho o desejo de conquistar ainda mais, não apenas da boca pra fora. Mas vamos ver o que acontece", revelou Vettel.

O problema para o alemão é que a Red Bull não parece estar muito disposta a apostar nele. Helmut Marko, consultor da equipe, já deixou claro que não há espaço para Vettel ensaiar uma volta para o time. "Não há espaço para Vettel aqui. Temos Albon e estamos satisfeitos com ele. Alex é meio tailandês e os tailandeses são donos de 51% da Red Bull", disse o dirigente em entrevista à revista alemã Auto Motor und Sport.

"Se eu fosse Sebastian, ficaria um ano fora e veria o assunto. Talvez algo surgiria em um ano, talvez tenha uma ideia melhor. Mas talvez goste tanto da vida com sua família que se aposentaria para sempre", completou o austríaco.

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