Tópicos | Alto do Maracanã

Muita água caiu nesta segunda-feira (4) no Recife, mas no Alto do Maracanã, no bairro de Dois Unidos, falta água... nos canos. Segundo os moradores, há oito dias que as moradias não recebem abastecimento e é preciso descer e subir as ladeiras e morros da comunidade para encher os baldes e trazer um pouco do líquido precioso para casa.

Segundo o servente Bruno Bartolomeu, 29 anos, os moradores já entraram em contato com a Compesa, mas nada foi resolvido. “Já ligamos várias vezes, mas sempre falam a mesma coisa, que estão consertando. Tenho que ir buscar água na casa de um amigo que mora lá embaixo e subir com esse peso. A conta chega normal, o que não chega é a água”, disse ele.

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A assessoria da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) informou que uma equipe técnica fará uma vistoria no local quando “for dia de água”.

Os moradores da comunidade do Alto do Maracanã, localizada no bairro de Dois Unidos, na Zona Norte do Recife, acordaram, nesta segunda-feira (4), com a mesma sensação: o medo. Eles moram em um dos vários morros da cidade, onde pouca chuva oferece um grande risco de desabamento.

A doméstica Maria Betânia da Silva, de 35 anos, mora na comunidade com uma filha de 3 anos, a mãe de 62 e um sobrinho de 16. Ela conta que acordou hoje pela manhã assustada com as fortes chuvas que caiam desde a madrugada. “Perto da minha casa parte da barreira é de arrimo e a outra parte é de barro, por isso tenho tento medo”.

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De acordo com a dona de casa, para piorar a situação, no alto onde ela mora, as barreiras ainda não estão cobertas com lona, o que provoca ainda mais receio na população. “Nós já ligamos para a Prefeitura (do Recife), mas eles sempre demoram para trazer” afirmou.

O histórico dos desastres na comunidade não sai da memória da doméstica. “Lembro que uma vez caiu uma barreira aqui e teve gente morta. Perto da casa da minha irmã houve o mesmo problema, mas, graças a Deus, sem vítimas”. Para evitar os deslizamentos, os moradores se previnem como podem. “Abrimos uma canaleta rego para evitar o acúmulo de água, foi o máximo que pudemos fazer”, concluiu.

Em nota, a Secretaria Executiva de Defesa Civil do Recife informa que já realizou a vistoria e o monitoramento em 9.656 localidades, incluídas nessa relação as áreas planas e de morro. No mesmo período, as equipes providenciaram a colocação de 133 mil e 440 metros quadrados de lona plástica nos pontos críticos de 1 de janeiro até 4 de março deste ano. 

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