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O aumento do preço da gasolina entrou no radar do Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) no seu encontro mais recente, realizado na sexta-feira, 23. Foi o que disse há pouco durante teleconferência o presidente do comitê, Marcelo Carvalho.

"Com certeza é um tema que na reunião passada não estava na mesa e que no encontro deste mês entrou no radar", disse Carvalho, ao ser perguntado pelo Broadcast como o comitê está avaliando a possibilidade de reajuste dos preços dos combustíveis neste contexto de real desvalorizado, a despeito de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter reiterado com veemência que não haverá reajuste com o objetivo de repassar apenas a recente valorização do dólar.

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Ao comentar o Relatório Econômico da Anbima, Carvalho afirmou que, apesar de a taxa de atividade mais fraca e da tendência de elevação do desemprego atuarem como atenuantes inflacionários, os 25 membros do Comitê Econômico da Anbima se mostraram muito preocupados com a inflação. Isso porque eles veem o câmbio depreciado pressionando os preços de forma direta e indireta como, por exemplo, via aumento da gasolina.

"Quando falo de pass-through (repasse) do dólar falo de repasses diretos e indiretos, como pelo aumento da gasolina", disse Carvalho. A projeção de inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano foi mantida na reunião do Comitê em agosto nos mesmos 5,90% do encontro de julho. Mas, para 2014, foi elevada de 5,90% para 6%.

A previsão para a taxa de câmbio para o fechamento do ano, com base na Ptax de 31 de dezembro, foi elevada para R$ 2,35, de R$ 2,20 no encontro de julho, e para o próximo ano passou de R$ 2,30 para R$ 2,41. "O cenário externo foi também um dos principais temas, já que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) deverá cortar os incentivos econômicos em breve", disse Carvalho.

O desemprego, segundo as previsões da Anbima, deverá atingir 5,80% da População Economicamente Ativa (PEA) no final deste ano. Na reunião do Comitê em julho, a previsão era de uma taxa de desemprego de 5,65%. Para o ano que vem, a previsão de desemprego foi elevada de 5,90% para 6,30%.

Após dois meses consecutivos de queda, em julho o IMA-Geral e o Ibovespa registraram altas de 1,18% e 1,64%, respectivamente, o que se refletiu em rentabilidades positivas em quase todos os tipos de fundos de investimento no mês, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Os fundos de Ações FMP - FGTS registraram a maior rentabilidade da indústria no período (5,14%), que foi impulsionada pelas altas das ações da Vale e da Petrobras. Em seguida vieram os fundos de Investimentos no Exterior, com ganhos de 3,75% no mês. A Anbima destaca, ainda, a alta dos fundos de ações Setoriais (+2,72%) e Ibovespa Ativo (+2,33%).

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No ano, contudo, o IMA-Geral (-1,53%) e o Ibovespa (-20,87%) ainda acumulam perdas, refletindo as incertezas do cenário econômico, de acordo com a Associação. Neste contexto, os fundos long and short, que utilizam estratégias de valor relativo, provenientes da diferença entre posições compradas e vendidas no mercado de renda variável, seguem como destaque de rentabilidade acumulada no ano (6,08% os neutros e 6,48% os direcionais), comportamento também observado em 12 meses (10,03% os neutros e 11,42% os direcionais).

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