Tópicos | Antônio Conselheiro II

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Integrantes do Movimento Sem Terra (MST) foram retirados de um assentamento, no município de Petrolândia, Sertão pernambucano, onde já viviam há mais de 14 anos. O ato de reintegração de posse foi concretizado nesta quinta-feira (10), sob autorização do juiz Elias Soares da Silva, que considerou como ilegal a ocupação das famílias no assentamento Antônio Conselheiro II. 

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Segundo o dirigente estadual do MST, Edinaldo Ramalho, mais conhecido como Neguinho, a determinação veio por parte do empresário Armando Rodrigues, um dos principais nomes da região. “O cara [Rodrigues] não tem documento, comprou a terra e agora diz que está vendendo o lote. O assentamento é do Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] e existe há mais de 14 anos. Começaram a cercar o terreno e ninguém resolve nada”, afirmou Neguinho. 

O movimento garante ter entrado em contato com o Ministério Público do Estado, mas nenhuma resposta teria sido dada sobre o caso. Segundo Neguinho, os assentados levaram seus filhos para o lugar, a fim de pressionar a resolução do problema, mas o despejo foi realizado com, inclusive, as barracas queimadas e intervenção policial. 

“A área do assentamento é muito visada, é uma área boa da cidade. Armando Rodrigues faz o que quer, Petrolândia é uma cidade sem lei. Agora, mantemos as outras ocupações pela cidade e aguardamos uma audiência pública, marcada para o próximo dia 16”, enfatizou o dirigente estadual dos Sem Terra. 

O assentamento Antônio Conselheiro II faz divisa com uma ocupação urbana, às margens da BR-316, que liga Petrolândia ao município de Floresta. Segundo o MST, algumas famílias da ocupação urbana (que se tornou o bairro Nova Esperança) não conseguiram construir suas casas no local e, desabrigadas, partiram para o assentamento rural. Ao todo, cerca de 900 famílias atualmente estavam na ocupação. 

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