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A Google quer melhorar seus resultados de busca com algoritmos atualizados. Os updates em questão poderiam ser uma parte importante da estratégia da empresa para se manter a frente de rivais como Yahoo e o Bing (da Microsoft), de acordo com analistas.

A mudança no algoritmo básico deve tornar os resultados de busca muito mais adequados para os usuários, de acordo com a Google, que afirmou ainda que 35% de todas as buscas devem ser afetadas pela melhoria.

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“Se eu buscar por ‘Olimpíadas’, provavelmente quero informações sobre os jogos de 2012, não da competição de 1990”, escreveu o engenheiro da Google, Amit Singhal, em um post no blog oficial da empresa.

“A busca do Google usa um algoritmo de novidade, desenvolvido para fornecer os resultados mais atualizados, para que mesmo que eu digite apenas ‘Olimpíadas’ sem especificar 2012, ainda encontre o que estou buscando”, completou.

No entanto, Singhal notou que nem todas as buscas são baseadas em encontrar os resultados mais recentes. Por exemplo, alguém tentando encontrar sua receita favorita de molho marinara tem necessidades diferentes de uma pessoa que quer encontrar informações sobre os últimos acontecimentos do movimento 'Ocupa Wall Street', por exemplo.

Dessa forma, a melhoria “significativa” do algoritmo de busca do Google pode determinar quando fornecer aos usuários resultados mais atuais, explica Singhal. “Buscas diferentes tem necessidades de atualidade diferentes”, escreveu o engenheiro. “Essa melhoria de algoritmo é feita para entender melhor como diferenciar entre esses tipos de buscas e o nível de novidade que você precisa, e para certificar que você receba as respostas mais atualizadas.”

Atualizações desse tipo são necessárias se a Google espera mandar sua liderança no mercado de buscas, de acordo com o analista da consultoria Gabriel Consulting Group, Dan Olds. “A Google precisa continuar melhorando sua busca para manter seu status de líder”, diz Olds. “O Bing não é uma grande ameaça atualmente, os ‘Bingers’ estão famintos e não vão embora tão cedo. Eles estão ocupados trabalhando nas suas próprias melhorias. É uma guerra de trincheira e a Google precisa continuar avançando. A busca é a fundação de todo o império da Google.”

O momento da atualização pode ser benéfico para a Google, cujos números no mercado estão começando a mostrar ligeiras quedas. Em agosto, a gigante de buscas caiu abaixo dos 65% no mercado dos EUA pela primeira vez em dois meses. Mas foi uma queda rápida. Segundo a consultoria comScore, a Google subiu de novo para 65,3% em setembro.

O CEO da Microsoft, Steve Ballmer, comentou o desempenho do Bing, o mecanismo de busca da companhia, na última terça-feira (18/10) durante o evento Web 2.0, realizado em São Francisco, nos Estados Unidos. A ideia era compará-lo ao gigante do setor, o Google, que ainda se mantém confortavelmente na liderança.

Segundo Ballmer, o Bing ganhou relevância, ao elevar sua participação no mercado americano de 7%, quando do lançamento em 2009, para os 15% atuais – ante 65% do Google. “Preparamos o terreno para a reinvenção da área”, afirmou.

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Analistas, no entanto, questionam o quanto de mudança o mecanismo de busca pode trazer se ainda nem se aproximou da popularidade de seu concorrente.

“A questão é que o Google é um bom produto e você não altera significativamente o mercado ao lançar um serviço apenas adequado; os usuários simplesmente não alteram seus hábitos com facilidade”, disse Rob Enderle, analista do Enderle Group. “A Microsoft gasta um décimo do que deveria para colocar a rival em risco. Está consumindo seus recursos em vez de usá-los em um setor onde é mais competente”.

Leia mais: Como a Microsoft pretende derrubar o Google

Graças à parceria com o Yahoo – restrita aos Estados Unidos – a Microsoft ganhou terreno. O avanço, embora constante, é tão pequeno que nem chega preocupar a companhia de Mountain View. “A Microsoft e o Yahoo – se ele ainda estiver no jogo daqui a seis meses – não conquistarão o setor enquanto o Google se mantiver com o mesmo índice. Eles precisam de uma fatia de pelo menos 35%”, afirmou Hadley Reynolds, analista do instituto IDC.

Ezra Gottheil, da Technology Business Research, acredita que o Bing não está nem próximo de se tornar lucrativo. “Mas é provável que seu crescimento continue e, em algum momento, passe a render mais do que consome. Ainda assim, não acredito que a Microsoft recuperará o dinheiro investido”, aposta.

Ballmer enfatizou a parceira da Microsoft com Twitter e Facebook, que permite anexar conteúdo das redes sociais ao mecanismo de busca. Essa talvez seja a principal vantagem em relação à Google, que parece estar distante de um acordo – principalmente agora que lançou o Google+, que vislumbra uma maior participação na área de mídia social.

“É como se a Microsoft estivesse em uma batalha contra a Google. Ballmer está se agarrando a qualquer oportunidade para enfraquecê-la; no caso, sua surpreendente parceria com as redes sociais”, afirmou Reynold.

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