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O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, chamou de "lamentável" a greve dos motoristas de ônibus em São Paulo, durante entrevista ao programa 'Bom Dia, Ministro', da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Ele reforçou o argumento do prefeito da capital paulista, Fernando Haddad (PT), de que a paralisação não foi uma surpresa e disse que existem categorias sindicalizadas que estão aproveitando a Copa para pressionar os governos municipais, estaduais e o federal para atender as reivindicações.

"É lamentável o que ocorreu ontem em São Paulo, uma greve não anunciada. É um absurdo contra a população", disse. Carvalho afirmou que o governo vai trabalhar até o final da Copa com "forte diálogo" com sindicatos para evitar que os jogos mundiais sejam prejudicados por novas greves no País. "Vamos trabalhar com um diálogo forte até o dia da Copa para que as pessoas não sejam prejudicadas", indicou.

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Em um programa marcado por questões municipalistas, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti disse nesta quinta-feira, 19, que as prefeituras brasileiras se encontram em dificuldades financeiras e que a ajuda de R$ 3 bilhões, anunciada pela presidente Dilma Rousseff na Marcha dos Prefeitos no primeiro semestre, visa justamente dar um apoio aos caixas dos municípios.

"A ajuda de R$ 3 bilhões é um compromisso que a presidente assumiu na Marcha dos Prefeitos, em Brasília", disse Ideli há pouco, durante o programa Bom dia Ministro, da NBR. A ministra destacou que a primeira parcela, de R$ 1,5 bilhão, já foi depositada nos cofres dos municípios e que o segundo pagamento deve ser realizado em abril do próximo ano.

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Embora tenha reconhecido que os prefeitos vinham pedindo um reforço no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), a ministra destacou que a ajuda financeira dada pela União não tem qualquer tipo de vinculação e que não haverá descontos constitucionais na verba. Ela também disse que não haverá qualquer compromisso de devolução do dinheiro por parte das prefeituras.

"Eu tenho certeza que a ajuda financeira veio em boa hora. Até porque, diferentemente do FPM, esses recursos não têm vínculo e podem ser aplicados naquilo que for mais emergencial", afirmou. "Se fosse pelo porcentual do FPM, teria o desconto do Fundeb", acrescentou a ministra, lembrando que, caso fosse dado o reajuste no FPM, como vinham pedindo os prefeitos, haveria um desconto obrigatório para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

ISS

Ideli Salvatti também disse no programa que o governo federal está promovendo um debate com as entidades municipalistas com o objetivo de elaborar uma proposta de atualização da legislação tributária municipal, sobretudo o ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza). Ontem, a ministra realizou mais uma rodada de reuniões com essas entidades e disse que a perspectiva era apresentar à presidente uma redação da matéria na semana que vem. Segundo a ministra, o ISS não é aplicado "sobre novidades que nós temos nos serviços das empresas". "Estamos trabalhando para que as prefeituras não tenham só recursos do Governo Federal, mas também de arrecadação própria".

Em entrevista ao programa "Bom Dia Ministro", na manhã desta quarta-feira (20), a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse que não tem como todos os Estados ganharem em todas as questões federativas em discussão no Congresso Nacional.

"Estamos discutindo nova fórmula para o FPE (Fundo de Participação dos Estados), a remanescente discussão dos royalties, a unificação do ICMS, a questão do indexador e do limite da dívida (dos Estados), o comércio eletrônico, quando você coloca tantos temas, ninguém quer perder, todo mundo quer ganhar", afirmou a ministra. "Isso não existe, não existe equação em que todos ganhem, e ninguém perca."

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Ideli exemplificou com a questão do comércio eletrônico. "Se no caso do comércio eletrônico, tem um Estado que é o grande arrecadador do ICMS, se você distribui isso para outros Estados, compensa o prejuízo que outros Estados vão ter com a unificação da alíquota do ICMS", comentou a ministra.

A ministra disse que o governo está "tentando encontrar a melhor alternativa" para a questão da unificação da alíquota do ICMS. "Estamos tentando encontrar a melhor alternativa para que esse imposto tão importante não seja usado para a guerra fiscal, mas sim para o benefício de todos os Estados da Federação", afirmou Ideli.

Sobre os royalties, Ideli destacou que o governo espera que "essa judicialização dessa matéria não seja demorada", após liminar da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Carmen Lúcia suspender a nova distribuição dos royalties, que prejudica os Estados produtores. A questão ainda não foi discutida no plenário do STF.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, disse que o governo está fazendo uma revisão da política voltada para o etanol com o objetivo de assegurar mais investimentos. Segundo ele, trata-se de um campo vastíssimo de investimento, tanto que há empresas internacionais interessadas em se associar às brasileiras que atuam no setor.

"Nosso etanol é limpo, puro, renovável e possui uma eficiência energética maior que o de milho", afirmou. "Estamos dedicados a fazer uma revisão dessa política para aperfeiçoá-la ainda mais."

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