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O perfil oficial da Câmara dos Deputados curtiu uma publicação no Twitter que brincava com a morte do astrólogo e influenciador bolsonarista Olavo de Carvalho. A postagem, feita pela conta "@RealMORTE", diz: "Olavo de Carvalho Check".

Depois de algumas horas, o perfil da Câmara retirou a curtida. A atividade, contudo, irritou alguns usuários da rede social, que pedem que o responsável seja punido.

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Aos 74 anos, Olavo de Carvalho morreu na última segunda (24), nos Estados Unidos. O influenciador estava com Covid-19, mas a causa de sua morte não foi divulgada pela família. Natural de Campinas, em São Paulo, ele deixa a esposa, Roxane, oito filhos e 18 netos.

Pedido de desculpas

A conta oficial da Câmara dos Deputados pediu desculpas pela curtida e publicou uma nota. "Detectado às 8h11, o erro foi imediatamente corrigido. Reiteramos nossos sentimentos à família e sinceras desculpas, não somente como empatia humanitária, mas especialmente respeitosa ao Dr. Olavo de Carvalho", escreve.

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 O astrólogo Olavo de Carvalho, de 73 anos, considerado o guru político do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) foi internado nos Estados Unidos, nesta terça (13). Ao UOL, a esposa dele, Roxane Andrade, disse que ele passa bem e que receberá alta amanhã. O casal mora na cidade de Richmond, no estado norte-americano da Virgínia.

De acordo com o site, Roxane não deixou claro o motivo da internação, mas relatou que o astrólogo nasceu com um tumor atrás da traqueia e que, depois de uma cirurgia tardia, há cerca de três anos, ele passou a enfrentar problemas secundários. "Durante setenta anos esse tumor ficou estável. Um dia, por atrito, ele quebrou a traqueia e teve de ficar no hospital onde lhe fizeram um enorme corte nas costas. Desde então, ele tem, de tempos em tempos, vários efeitos secundários da operação", afirmou.

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Nas redes sociais, a equipe de Olavo informou que ele “foi hospitalizado nas últimas horas devido a um problema respiratório”. A nota informa ainda que: “apesar da internação o prof. Olavo está bem e o quadro não é considerado grave”.

A rebelião no presídio de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste pernambucano, foi controlada no fim da manhã deste sábado (21) pela Polícia Militar e agentes penitenciários. De acordo com informações da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), um preso foi morto, pelo menos 13 ficaram feridos no motim e três conseguiram fugir.

O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Pernambuco, João Carvalho, informou que a rebelião aconteceu no pavilhão 'A' da unidade prisional e só havia três agentes penitenciários de plantão. Os presos feridos estão sendo transferidos para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. 

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Familiares dos detentos chegaram a fechar parte da PE-160 em protesto pela falta de informações sobre a situação dentro do presídio. A penitenciária passa por problemas de superlotação e estava com 447 presos, mas com capacidade para 186 reeducandos. Ainda não há informações sobre o motivo da rebelião, mas a Seres informou que uma sindicância será aberta para apurar o caso.

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Ao defender a provável confirmação da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) como nova ministra da Agricultura, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, reconheceu que, desde o primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), "nenhum progressista" chefiou até agora a pasta.

Apesar de afirmar que não tem "nenhuma informação" sobre quem ocupará a pasta no próximo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) ou quando será o anúncio oficial, Carvalho disse não enxergar a confirmação do nome da presidente da Confederação Nacional da Agricultura como uma contradição à história do PT e à militância, apontada por setores do partido como a responsável pela vitória da petista no segundo turno da eleição presidencial.

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"Não vejo (como um problema) porque, se você analisar de 2003 até agora, quem ocupou o Ministério da Agricultura não tem nenhum perfil progressista. É um ministério cuja função quase culturalmente está voltada para um representante do agronegócio. Foi o Roberto Rodrigues, que é um assessor importante nessa linha do agronegócio, depois foi o Wagner Rossi, agora também o nosso companheiro Neri (Geller). O que nos interessa muito é o que vai ser no MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), no MDS (Ministério do Desenvolvimento Social), na Educação, na Saúde, enfim", disse Carvalho após participar de reunião do Conselho Fiscal do Sesc, no Rio.

Sobre a Operação Terra Prometida, da Polícia Federal, que investiga dois irmãos do atual ministro da Agricultura, Neri Geller, Gilberto Carvalho afirmou não temer reflexos sobre, por exemplo, a reforma agrária, e citou a Petrobras. "Não abala em nada", disse. "Primeiro porque temos de esperar a conclusão desses processos e a formulação das acusações efetiva e, se constatadas, aí sim as pessoas serão culpadas. Por enquanto, elas são apenas acusadas. Segundo porque o processo de reforma agrária não passa por esse tipo de comportamento, se é que ele existiu. Então, não podemos misturar uma coisa com a outra. Não são os erros de gente dentro da Petrobrás que invalidam a Petrobras em processos como o pré-sal e daí por diante".

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência voltou a defender as confirmações de Joaquim Levy como novo ministro da Fazenda e de Nelson Barbosa no Planejamento. "Eu não vejo nenhum problema (nos nomes). Acho que tem de ser uma questão muito clara que quem governa é a presidenta, não é o ministro. Ministro não tem autonomia para fazer uma política própria, ele faz uma política dirigida pela presidenta, discutida com a presidenta e, ao fim, resolvida pela presidenta."

Ainda segundo Carvalho, o que vai determinar o "respeito" à militância do PT que foi às ruas nas eleições "são os sinais concretos que o governo emitir a partir de janeiro do ponto de vista da continuidade das políticas sociais, do modelo de crescimento com distribuição de renda, da valorização do salário mínimo, enfim: daquilo que tem sido a espinha dorsal do nosso governo".

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta quarta-feira que o Palácio do Planalto foi surpreendido pela reação contrária ao decreto de consulta popular assinado pela presidente Dilma Rousseff, mas que o governo está disposto a insistir no debate e descarta a possibilidade de voltar atrás. O ministro pediu que o Congresso Nacional transforme "esse limão em limonada".

"Tratávamos desse decreto como simplesmente 'arrumação da casa', simplesmente um texto pra dar organicidade àquilo que na prática já existe", afirmou Carvalho, que participa hoje de uma mesa de debate com militantes, ativistas e blogueiros. O principal assunto da conversa é o decreto que institui a política nacional de participação social, alvo de críticas da oposição no Congresso Nacional, que o considera "autoritário" e "bolivariano".

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O decreto de Dilma pretende "fortalecer e articular" mecanismos de "atuação conjunta" entre a administração pública federal e a sociedade civil, definindo diretrizes gerais de atuação. O texto orienta todos os órgãos federais a adotar consultas populares, como conselhos e audiências públicas, mas não altera a composição dos conselhos já existentes.

"Por uma onda propalada por uns meios de comunicação que nitidamente fazem guerra ideológica contra qualquer tentativa de democratização mais profunda, há uma pressão enorme sobre o Congresso a ponto de alguns parlamentares proporem um decreto legislativo que revogue o decreto da presidente Dilma", criticou Carvalho.

"A gente foi surpreendido e estamos assustados até com essa reação porque não a esperávamos, mas hoje a gente avalia que é um bom debate, que nos interessa. Aquilo que passava em branco passou a ser objeto de um debate, a nossa atitude agora não é de nos insurgir contra o Congresso, mas de propor ao Congresso transformar esse limão em limonada, abrir debate público para que o Congresso tome esse papel a si", prosseguiu o ministro. "O decreto não tem por que ser revogado, a tem de comprar essa briga."

O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, chamou de "lamentável" a greve dos motoristas de ônibus em São Paulo, durante entrevista ao programa 'Bom Dia, Ministro', da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Ele reforçou o argumento do prefeito da capital paulista, Fernando Haddad (PT), de que a paralisação não foi uma surpresa e disse que existem categorias sindicalizadas que estão aproveitando a Copa para pressionar os governos municipais, estaduais e o federal para atender as reivindicações.

"É lamentável o que ocorreu ontem em São Paulo, uma greve não anunciada. É um absurdo contra a população", disse. Carvalho afirmou que o governo vai trabalhar até o final da Copa com "forte diálogo" com sindicatos para evitar que os jogos mundiais sejam prejudicados por novas greves no País. "Vamos trabalhar com um diálogo forte até o dia da Copa para que as pessoas não sejam prejudicadas", indicou.

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O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho disse nesta terça-feira que a deflagração da quinta fase da operação Ararath não estremece de "maneira nenhuma" as relações do Palácio do Planalto com o PMDB, sigla do governador do Mato Grosso, Silval Barbosa, que chegou a ser detido por posse ilegal de arma, mas foi liberado após pagar fiança.

"Eu não quero falar muito, porque não conheço o episódio de perto. Tenho o maior respeito pelo Silval, temos as melhores relações, não acredito de maneira nenhuma em estremecimento das relações", afirmou Carvalho a jornalistas, antes de participar, em Brasília, do seminário "Diálogos Governo-Sociedade Civil: Copa 2014". De acordo com Carvalho, o governador de Mato Grosso entrou em contato com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e as "coisas já estão devidamente equacionadas".

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"(Essa operação) Mostra mais uma vez como as ações da Polícia Federal não dependem do cliente, não dependem do objeto, da pessoa. Esse aspecto republicano da ação da polícia... mais uma vez, não importa se a pessoa é aliada do governo, ou não, corta-se na carne do mesmo jeito", disse Carvalho. Depois de pagar uma fiança por porte ilegal de arma, o governador do Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), deixou às 17 horas a sede da Polícia Federal de Mato Grosso. O governador estava acompanhado dos advogados e do secretário de Comunicação. A Operação da PF investiga um esquema de crimes financeiros e lavagem de dinheiro por meio de empresas negociadoras de créditos, as "factorings", de fachada.

Foi concluída sem acordo a negociação entre os moradores do Quilombo Rio dos Macacos, na região metropolitana de Salvador, e o governo federal, pela posse da terra, hoje legalmente pertencente à Marinha, na qual os quilombolas vivem. Os militares pleiteiam na Justiça a remoção das cerca de 500 pessoas que moram no local. "Não havendo o acordo, não há muito o que fazer, porque a Marinha não pode retirar a ação que move na Justiça, para reintegrar aquela área", diz o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que participou pessoalmente das negociações. "Agora, fica para a Justiça definir a questão. E isso vai se arrastar pelo tempo que a Justiça determinar."

O governo chegou a apresentar uma proposta de doação de 106 hectares, no início da semana, aos moradores, que reivindicam a manutenção de 278 hectares dos cerca de 301 aos quais dizem ter direito. "Eles querem nos espremer em uma área que é nossa, não podemos aceitar", justifica a líder dos quilombolas, Rose Meire dos Santos Silva. "Tínhamos 500 hectares, hoje temos 300 e querem nos tirar mais."

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Além da área, é entrave para o acordo a área do entorno da Barragem do Rio dos Macacos, única fonte de água da região. Os militares tentam vetar o acesso de civis ao local, por ser, segundo o governo federal, estratégico para o fornecimento de água e energia elétrica para o complexo militar, no qual vivem cerca de 400 integrantes da Marinha. "É um recurso natural que sempre serviu à comunidade, de onde até tiramos o sustento, com a pesca, quando é necessário", argumenta Rose.

O ministro Gilberto Carvalho disse ter ficado "triste" com a conclusão das negociações sem um acordo. "Confesso que estava confiante que o acordo sairia", contou. "A gente chegou a uma proposta de abrir mão de 106 hectares, para que nenhuma família da área tivesse de ser removida, além de abrir uma nova entrada para o quilombo (atualmente, a entrada é feita por um dos acessos da base naval), com uma estrada, e assegurar a reconstrução das casas, que estão muito precárias. Fico triste por saber que, sem o acordo, quem vai sofrer são os próprios moradores da região."

Carvalho também disse ter "estranhado" uma suposta mudança de opinião repentina das lideranças do quilombo. "Nos contatos preliminares à reunião de ontem, eles se mostravam muito propensos a aceitar o acordo", afirmou. "Não foi um acordo que veio do céu, foi um acordo que nós costuramos, por meio de muitas conversas com eles e com muito diálogo interno. Houve até tensões internas, a ponto de um comandante da base ter sido afastado, ido para a reserva, para que a Marinha cedesse um espaço aos quilombolas, uma vez que a Fundação Palmares os reconheceu como quilombolas."

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou nesta quinta-feira (24) durante o evento Diálogos do Governo Federal com a Sociedade Civil, em São Paulo, que não espera manifestações violentas durante a Copa do Mundo.

Ainda de acordo com ele, as forças estaduais "estão preparadas" caso haja protestos durante as partidas, mas não está descartada a presença da Força Nacional de Segurança. "Nós temos como força suplementar e de apoio as Forças Armadas e a Força Nacional. Esperamos que as forças estaduais deem conta. Entendemos que a índole do povo brasileiro é de luta pacífica e democrática", disse.

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O evento, que ocorreu na Casa de Portugal, na Liberdade, região central da capital paulista, também teve a participação de Julio Semeghini, secretário estadual de Planejamento e Gestão, e da prefeita em exercício, Nádia Campeão. Semeghini afirmou que o governo do Estado está alinhado com o governo federal para garantir a segurança no Mundial.

O ministro Gilberto Carvalho também admitiu que o governo federal demorou para dialogar com a sociedade sobre como o dinheiro público está sendo usado no evento. "Nós temos essa autocrítica. Demoramos para fazer esse diálogo, tenho de reconhecer isso."

Durante a palestra, cerca de 20 manifestantes contrários à Copa do Mundo gritaram palavras de ordem no saguão. Para Rafael Padial, do grupo Território Livre, o evento foi "para fornecer dados aos burocratas ligados ao governo" e que as manifestações acontecem porque "a Copa acelera todas as contradições do Brasil".

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência Gilberto Carvalho disse nesta quarta-feira, 23, que o debate com movimentos sociais sobre a Copa tem sido duro, mas que tem encontrado receptividade nos encontros. "Tem sido muito positivo. O debate é muito duro, se você tem 30 intervenções, 28 são críticas, está assim o clima."

Contudo, o ministro avalia positivamente a iniciativa do governo e relata que, após as reuniões, a principal crítica que recebe é com relação à demora do governo em se comunicar sobre a Copa. "Não fizemos esse trabalho no tempo adequado", admite Carvalho.

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Nos próximos dias, o governo começará a veicular uma campanha televisiva para defender a realização da Copa no Brasil. Carvalho tem percorrido as cidades que sediarão o Mundial para fazer a ponte com os movimentos sociais, na estratégia que ele chama de "correção de rota". Pesquisa Datafolha divulgada neste mês apontou que apenas 48% da população aprova a realização do Mundial no País.

"Há muita contestação exatamente porque as pessoas vêm para as reuniões com esse padrão de informação de que a Copa é um circo de corrupção, de gasto de dinheiro público em detrimento da saúde e da educação." O ministro disse que "não tem lógica" comparar os gastos com obras para a Copa com orçamento para saúde e educação.

Carvalho voltou a defender que não há dinheiro do orçamento público nos estádios, mas somente em obras de infraestrutura que permanecerão para a população. O ministro disse que faz um "alerta" a quem diz que as obras vão ficar atrasadas: "vão quebrar a cara".

Em seu périplo em defesa da Copa, o ministro passou por Manaus, Belo Horizonte e Porto Alegre. Amanhã conversa com grupos em São Paulo, onde já está hoje participando do evento sobre internet Arena Net Mundial.

O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) enviou nesta segunda-feira, 24, ofício à Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara pedindo que o colegiado convoque o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para que ele explique os repasses da Caixa Econômica Federal e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao 6.º Congresso Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), promovido em Brasília.

Realizado em Brasília há duas semanas, a marcha terminou em conflito com a Polícia Militar do Distrito Federal na Praça dos Três Poderes e deixou 32 feridos, sendo 30 policiais. Os valores liberados sem licitação pela Caixa (R$ 200 mil) e pelo BNDES (R$ 350 mil) à Associação Brasil Popular (Abrapo), entidade ligada ao MST, foram revelados pelo jornal O Estado de S. Paulo.

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"Exigimos uma explicação para este absurdo. Dinheiro público sem licitação está irrigando o caixa de um movimento que atua à margem da lei, promove depredação e, com se não bastasse, recebe o afago da presidente Dilma Rousseff", disse Goergen, em nota encaminhada por sua assessoria. O ofício também pede que os membros da Comissão de Agricultura aprovem a convocação dos presidentes da Caixa, Jorge Hereda, e do BNDES, Luciano Coutinho, para tratar do tema. De acordo com a nota encaminhada por Goergen, o caso publicado hoje pelo jornal será discutido pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em reunião agendada para o início da tarde desta terça-feira, 25.

Nos últimos dias, o ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, tem acompanhado atentamente a evolução das ações pelo País envolvendo os chamados "rolezinhos". Em entrevista a blog do portal Estadão.com, o ministro diz que é preciso criar uma convivência pacífica entre os meninos que participam dos "rolezinhos" com a sociedade. Mas, ao mesmo tempo, sem que os shoppings tenham prejuízo.

"Se eu falar que tem uma resposta é bobagem", afirma. "O que fizemos na prática: tentamos emitir sinais. Tanto na fala pública quanto conversando com o Fernando (Haddad). Pedimos para o pessoal conversar com a direção dos shoppings. Também conversamos com alguns governadores já para tentar orientar as polícias para evitar isso que eu falei de jogar gasolina no fogo", explica Carvalho.

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E acrescenta: "Isso está sendo feito para tentar ver se é possível, na medida em que não haja nenhuma radicalização, estabelecer uma certa convivência. Porque se acontecerem vários rolés desses e não houver incidentes graves…um ou outro incidente vai ter. Mas se a gente conseguir fazer uma coisa razoável, em que os shoppings também se preparem com mais gente, com mais cuidado, para a molecada não sentir hostilidade, dá para isso passar. Essa é a minha expectativa. Tentamos trabalhar nessa perspectiva. Mandamos recado aos donos de shoppings e aos governadores para que tentemos trabalhar isso. Para criar um tipo de convivência", diz.

O ministro reconhece ser legítima a preocupação dos shoppings com eventuais prejuízos. "Já fecharam shoppings. Mas não vão poder fechar sempre porque o prejuízo vai ser muito grande. O ideal terá sido a gente conseguir, sem repressão, dar uma orientada com a molecada, para tentar dizer para o pessoal algo do tipo: olha, vamos fazer em turma aqui".

Gilberto Carvalho reconhece que tanto essa manifestação quanto a dos protestos que varreram o País em junho do ano passado são fenômenos absolutamente novos e de difícil compreensão. "O que me impressiona, e eu já falo com um olhar quase cansado, é como está tendo novidade", diz o ministro. "Nós estamos acostumados a lidar com os movimentos tradicionais. A gente fez escola nisso. Uma relação difícil, sempre tensa", lembra.

"Aí quando pinta junho, houve aquele susto. Aquela dificuldade. Nós procuramos dar uma resposta. Procuramos não definir logo, esperar para ver melhor. Aí, a presidente Dilma Rousseff tomou aquelas iniciativas, que acho que foram boas, de conversar, de lançar os programas. E, por si só, o movimento acabou se exaurindo um pouco até por conta da violência. Quando a violência ressaltou muito, provocou medo e as pessoas recuaram. Ficou praticamente só no Rio e alguma coisa em São Paulo. Aquela continuidade muito localizada na questão do Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral e aquela ação dos Black Blocs, mais clássica, mais dura. Nós nem entendemos aquilo direito, já surge mais uma novidade. Para mim, o fato de ter essas novidades significa exatamente que o processo de transformação da sociedade brasileira é maior, mais profundo, do que nos damos conta", avalia.

Na avaliação de Carvalho, a mobilidade social ocorrida no País nos últimos anos contribui para a compreensão do fenômeno dos "rolezinhos". "Essa molecada da periferia, de repente, viu a possibilidade de ir para o ProUni, de ter a Escola Técnica próxima de casa, tudo isso foi mexendo. Além disso, e aí é um pouco mais complexo, o nosso modelo estimula o consumo. Um erro nosso. Ao invés de estimular o transporte coletivo, incentivamos a comprar um carro. E nós estimulamos isso. Nós que eu digo é o governo isentando IPI. E por que? Porque a indústria automobilística é fundamental. E o modelo de consumo que a minha filha de oito anos vê todos os dias na televisão qual que é? Eu sou feliz se tenho a boneca tal, se eu tenho a não sei que lá Monster High. Essa molecada não é infensa a isso", explica.

"Então, essa molecada foi comprar o tênis da moda, o chapeuzinho…Você pode ver, os nomes são todos em inglês. E nós acabamos com as praças das cidades. A praça da Matriz não existe mais. Onde se fazia o footing, onde ficavam as moças e os rapazes. Hoje é isso que eles fazem nos shoppings. A gente fazia na juventude indo na Praça da Matriz. Isso acabou. Todo comércio de rua é cada vez mais o do shopping. O "ver vitrine" acabou. Lá em casa, quando eu era novo, em Londrina, era uma liturgia. A gente ia para a missa, domingo à noite, depois saía para comer pastel e a mãe ia ver vitrine com o meu pai. A gente ficava vendo os brinquedos, eles viam os sapatos. Nós criamos as praças públicas de hoje que são os shoppings", lembra o ministro.

"Então, surge essa molecada, doida pelo consumo, querendo se mostrar e tendo essa atração pelo consumo. Não é um cara politizado. Nem no sentido classista. Essa coisa da desigualdade racial teve porque a polícia bateu e o preconceito ficou evidente. E essa loucura de dar uma liminar. Já parou para pensar? Quer dizer, está vindo um moleque ali e o guarda vai ter que dizer se barra ou não barra? E se pedir a identidade, isso vai dizer o que? E como que ele vai fazer a triagem? Meu filho, por exemplo, anda mais ou menos nesse estilo", diz.

Para o ministro, o fenômeno também expõe o preconceito social das elites contra os jovens que puderam ascender socialmente. "Aí, acho que emergiu esse problema. Mas o princípio inicial não era esse. Era o de ocupar o espaço e fazer zoada. Ver a namorada e tal. Claro que isso traz um incômodo. Da mesma forma que os aeroportos lotados incomodam a classe média. Da mesmo forma que para eles é estranho certos ambientes serem frequentados agora por essa "gentalha"", avalia.

"Acho muito importante a gente ter a consciência que os shoppings são um incentivo ao consumo. Esses meninos são filhos dos shoppings. Não é que eles não iam aos shoppings. Eles iam de maneira mais individual. Porque aqueles bonés deles foram comprados aonde? Claro, muitos na 25 de março. Mas muitos não. Os tênis Mizuno, Adidas. O que não dá para entender muito é a carga do preconceito que veio forte. Eu sei que é um incômodo, num domingo à tarde para um shopping. Você pode espantar clientela porque aquela zoada faz barulho. As pessoas veem aquele bando de meninos negros e morenos e ficam meio assustadas. É o nosso preconceito. Evidentemente que temos que lidar com esse suposto incômodo. Mas esse incômodo não vai ser tratado adequadamente se não houver diálogo com essa molecada. E fazer algum tipo de acordo. Mas assim como em junho foi possível conversar, se a gente tiver paciência nós vamos achar um jeito de conversar", conclui.

O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, questionou, nesta sexta-feira, 20, as críticas direcionadas a José Dirceu com a nova proposta de emprego que a defesa do ex-ministro solicitou à Justiça. O advogado de Dirceu enviou à Vara de Execuções Penais de Brasília uma petição sobre uma oferta de emprego que o petista recebeu do escritório do advogado José Gerardo Grossi por um salário de R$ 2,1 mil.

"Antes criticavam o Zé porque ele ganhou um emprego de não sei quantos mil. Agora tem um outro problema porque é só R$ 2,1 mil. Se o outro já está condenado, se já está preso, as pessoas têm bom senso, que isso é uma coisa de humanidade", defendeu o ministro após a confraternização de Natal com funcionários, no Palácio do Planalto.

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Carvalho afirmou que vai "em algum momento" visitar os petistas presos pelo processo do mensalão. Dirceu e José Genoino, quadros históricos do partido, estão no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, desde o mês passado. "Não fui visitá-los, não tenho agora plano imediato. Mas é claro que, em um dado momento, eu vou, porque são pessoas que são companheiros, eu não vou nunca evitá-los", afirmou.

Ele negou que o PT esteja preocupado que a recente prisão dos mensaleiros respingue na popularidade da presidente Dilma Rousseff e prejudique a campanha dela à reeleição. "Tirando o sofrimento que foi para todos nós, o povo sabe colocar as coisas na sua devida escala. É claro que tem uma repercussão, é claro que ninguém acha positivo, mas aquela expectativa de que uma eventual condenação das pessoas, ou a condenação que houve iria mudar o panorama, essa aposta meio que desesperada dizendo: 'olha agora nós vamos desbancar esses caras'... Não se verificou", completou o ministro.

Carvalho criticou ainda as notícias veiculadas na imprensa sobre os privilégios que Dirceu e Delúbio Soares tiveram, especialmente nos primeiros dias de prisão. Ele chamou de "exagero" e disse ter faltado "bom senso". "Eu acho que é tempo de ter um pouco de bom senso e, se tem uma coisa que o povo brasileiro revela, é o bom senso e se dá conta rapidamente quando a mão pesa, quando tem exagero", afirmou Gilberto.

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse nesta sexta-feira (6) que não acredita que a presidente Dilma Rousseff esteja antecipando a campanha eleitoral de 2014, mesmo tendo reforçado a agenda de viagens Brasil afora. Segundo o ministro, Dilma não pode ficar na "redoma de vidro" do Palácio do Planalto, sem manter contato direto com as pessoas.

"Ninguém pode ficar nessa redoma de vidro apenas recebendo informações intermediárias. É muito importante o contato com as pessoas. Ouvir as pessoas, ouvir os protestos, dialogar, faz parte constitutiva da democracia, do nosso estilo popular de governar. O que a presidenta Dilma fez foi exatamente dar continuidade a essa prática de governar perto das pessoas, não ter medo das pessoas", afirmou o ministro a jornalistas, após participar de reunião com o Movimento Paz & Proteção no Palácio do Planalto.

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Conforme reportagem desta sexta-feira, do jornal O Estado de S.Paulo, a presidente Dilma Rousseff quebrou nesta semana o recorde de viagens nacionais feitas desde que assumiu o cargo. Com as idas a Aracaju (SE) e São Bernardo do Campo (SP), Dilma completou 71 deslocamentos domésticos em 2013, dos quais 45 ocorreram no segundo semestre, após a onda de protestos nas ruas do País.

O número de viagens em 2013 supera o de 2011 (69 viagens) e o de 2010 (50) e será incrementado na próxima semana, quando estão previstos eventos em pelo menos quatro cidades: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Velho e Ji-Paraná (RO).

"Eu não acho que há nenhuma antecipação por parte da presidenta Dilma. Nós temos uma base de apoio e é natural que a presidenta cultive essa relação. A presidenta Dilma já foi muito criticada por não fazer política, por não cultivar as relações. O que ela está fazendo é buscar reforçar essa base aliada", afirmou Carvalho.

Para o ministro, a escolha dos locais a serem visitados está "muito ligado ao tipo de obra que fica pronta, ao tipo de convite que você recebe". "Você não tem um planejamento que diz 'Bom, agora eu vou lá, porque lá tem um candidato'. Não é assim que funciona. O governo age em função de uma lógica que muitas vezes é demandada também pelos Estados e, insisto, pelos cronograma de obra que você vai inaugurando. Ela viaja mais porque é natural que no terceiro ano você tenha entregas a fazer. Graças a Deus", comentou.

Na próxima segunda-feira (9), Dilma deve retornar a Minas para anunciar, em Belo Horizonte, investimentos em obras de mobilidade urbana, repetindo roteiro já feito em São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Fortaleza, Curitiba e Guarulhos só neste ano.

O chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta terça-feira (29), que o governo busca interlocutores com o movimento dos black blocs porque é preciso estabelecer um diálogo com eles e "compreender este fenômeno social". Depois de ressaltar que a administração federal está "preocupadíssima" com a violência, Carvalho disse entender que "a repressão é necessária", mas ressalvou que "só reprimir não resolve a profundidade do problema". Ele reconheceu que a população se tornou refém da violência dos black blocs e justificou que "o próprio esvaziamento das manifestações demonstrou isso".

De acordo com Carvalho, o Estado não pode permitir a violência e o Poder Executivo federal quer impedi-la. Mas, ao mesmo tempo, quer ir à raiz da questão para entender e tomar medidas que resolvam. Segundo o chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Executivo federal está "preocupadíssimo" com a questão e procura entender até que ponto a cultura de violência vivida na periferia emigrou para esse tipo de ação. Carvalho afirmou ainda que é preciso ir a fundo na questão e que não basta criminalizar os jovens, é necessário entender o que acontece.

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Após lembrar que este é um assunto complexo, Carvalho afirmou que, para o governo ter uma atuação eficaz, é preciso um diagnóstico mais preciso, que ainda não existe. "Estamos acelerando isso, estamos em diálogo com a polícia, com as autoridades dos Estados, estamos buscando e também com a sociedade, com movimentos juvenis porque a simples criminalização imediata, ela não vai resolver", declarou, acrescentando que a polícia faz o combate à destruição e tem de fazer, evidentemente, mas que, para resolver o conflito na profundidade, é preciso conhecer um pouco mais, entender de onde vem esse processo.

Ao defender a necessidade de se conseguir interlocutores com os black blocs, o chefe da Secretaria-Geral da Presidência citou que o Palácio do Planalto está em busca de integrantes do grupo que queiram dialogar. "Um dos problemas é essa dificuldade de ter interlocutores que possam e que queiram inclusive dialogar. Que a linguagem aparente, e insisto, aparente, é muito da destruição, da negação. Agora, nós precisamos de alguma forma ter uma ponte. Nós estamos buscando com muita força esse diálogo para que a gente possa achar uma saída eficaz porque só reprimir não resolve", afirmou. Carvalho disse ainda que tem havido dificuldade no contato porque é um grupo que não se apresenta para o diálogo, não se identifica. "(Isso) A nós causa um grande espanto."

O chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, negou nesta sexta-feira (18), que o discurso da presidente Dilma Rousseff, realizado nesta quinta-feira (17), no lançamento do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica - Brasil Agronegócio e marcado pela temática ambiental, tenha sido uma resposta à aliança recém-firmada entre a ex-senadora Marina Silva (PSB-AC) e o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos. "Não tem nada a ver com a Marina", disse Carvalho, pouco antes de deixar o Senado. "É uma interpretação por coisas que não têm base", reagiu.

Ele afirmou que a elaboração do Plano de Agroecologia era construída "há muito tempo" e que não há qualquer relação com Marina. "O mérito é muito mais dos movimentos sociais do que da Rede (partido que a ex-senadora tentou viabilizar na Justiça para disputar as eleições de 2014, sem sucesso)."

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Nesta quinta-feira, no lançamento do Plano Nacional de Agroecologia, que visa ampliar a produção e o consumo de alimentos orgânicos e agroecológicos, Dilma afirmou que o País pode crescer e, ao mesmo tempo, proteger o meio ambiente. O tema ambiental é a principal bandeira da ex-senadora do PSB do Acre, que foi ministra do Meio Ambiente no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O grupo liderado por Marina acusa a gestão Dilma de ter promovido retrocessos na área e, por isso, a fala da presidente nesta quinta foi interpretada como uma resposta a essas críticas.

A organização criminosa que desviou R$ 18 milhões de um convênio com o Ministério do Trabalho buscou apoio e incentivo do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para tentar obter aditamentos e novos repasses de verbas para o Centro de Atendimento ao Trabalhador (Ceat), ONG que teria se transformado no reduto da quadrilha.

Relatório da Operação Pronto Emprego, da Polícia Federal, deflagrada dia 3 em São Paulo, revela que o ministro era tratado pela quadrilha como seu "interlocutor" na pasta do Trabalho. Interceptações telefônicas mostram que, em maio, o grupo estava preocupado com perda de espaço no ministério e com uma divisão na cúpula da pasta. "Gilberto Carvalho irá resolver isso", diz Jorgette Maria Oliveira, presidente da ONG, em ligação gravada.

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Carvalho recebeu em seu gabinete muitas vezes padre Lício de Araújo Vale, a quem a PF atribui papel destacado na quadrilha, "articulador dos constantes aditamentos irregulares junto ao Ministério do Trabalho".

Outros dois personagens centrais da trama foram recebidos por Carvalho - Jorgette e o advogado Alessandro Rodrigues Vieira, diretor jurídico da ONG.

O relatório da PF - 192 páginas com fotos, organogramas e planilhas da evolução patrimonial dos investigados - descreve os movimentos da organização e o assédio sobre o ministro. "É bastante comum a dupla (Vieira e Padre Lício) ir a Brasília para tratar da renovação junto a funcionários de alto escalão do Ministério do Trabalho e da Secretaria-Geral da Presidência da República", diz o documento, à página 82.

A ONG foi criada pela Arquidiocese de São Paulo, em 2002. Depois, desvinculou-se da Cúria e virou Organização da Sociedade Civil de Interesse Público para capacitação de trabalhadores. Em 2008, firmou convênio com o Ministério do Trabalho.

O escoadouro do dinheiro público, diz a PF, se deu por meio de aditamentos. Nessa fase a organização pediu colaboração de Carvalho e corrompeu assessores do Trabalho - Gleide Santos Costa, da Secretaria de Políticas Públicas do ministério, foi preso em flagrante com R$ 30 mil que recebera de Jorgette.

Grampo de 20 de maio, 11h43, pegou Jorgette e Gleide. Ela diz que irá a uma reunião no gabinete de Carvalho. Às 12h42, Jorgette conversa com Alessandro Vieira. Ele conta que se encontrou com o secretário executivo do Trabalho, Paulo Roberto dos Santos - que caiu na Operação Esopo -, e que este pediu a Gleide que providenciasse a renovação do convênio. Vieira diz que "seria melhor ganhar a simpatia do ministro Manoel Dias (Trabalho) por intermédio de Gilberto Carvalho".

Vieira diz que Paulo Roberto seria "o ‘gatilho’ do ex-ministro Carlos Lupi dentro do Ministério do Trabalho". A PF diz que padre Lício é "sacerdote e empresário, sócio do Centro Brasil do Trabalho, que não existe de fato, e recebeu R$ 1,26 milhão do Ceat, recursos desviados por meio de prestação de serviços fictícios".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em meio à crise diplomática entre Brasil e Bolívia por causa da fuga do senador Roger Pinto Molina, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou que a operação feita pelo diplomata Eduardo Saboia foi um episódio "inadequado" e que desrespeitou a soberania de La Paz. Evitando comentar qual o possível desfecho para a situação do senador, Carvalho afirmou esperar que o processo em torno das acusações contra Molina "possa evoluir" para que se tenha clareza da natureza das acusações.

"Não é adequado que nós tomemos qualquer atitude que firam a soberania de um País. E, no caso, nós entendemos que não foi adequada a atitude de se tirar do país esse senhor, esse senador", comentou o ministro a jornalistas, ao participar de encontro com movimentos sociais no Palácio do Planalto. "O governo brasileiro não aprova essa atitude. Não importa o país, seja a Bolívia, Estados Unidos, França, Inglaterra ou Japão, todos temos de trabalhar, nos comportar, respeitando a soberania."

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Carvalho argumentou que "não é porque a Bolívia é um país frágil que podemos de tratá-la de maneira diferenciada". O ministro acrescentou que não sabe se a atitude seria a mesma caso o cidadão estivesse em um país como Estados Unidos, França ou Inglaterra, destacando que não queria julgar as intenções do diplomata.

Ele evitou responder qual pode ser o desfecho deste caso. "Não sou especialista em política internacional, não posso sugerir soluções." Na avaliação do ministro, não há crise efetiva nas relações entre Brasília e La Paz, "porque a reação do governo brasileiro foi muito imediata, desaprovando o gesto praticado".

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, reiterou nesta quinta-feira, 08, que não se pode combater a corrupção sem acabar com o financiamento empresarial de campanha. O comentário foi feito antes do ministro participar de cerimônia de apresentação de pesquisa sobre o perfil e opinião da juventude brasileira.

"Acho hipocrisia querer combater a corrupção sem se acabar com uma das principais fontes, que é o financiamento privado de pessoa jurídica das campanhas eleitorais, é onde tudo começa, onde a dependência se estabelece, a dependência do mandato, das propostas e do financiamento em particular", disse Carvalho. A bandeira contra o financiamento público de campanha foi empunhada pelo PT como resposta ao escândalo do mensalão.

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Segundo Carvalho, o momento é apropriado para insistir em uma reforma política que mude a cultura política do País e provoque a transparência dos sistemas, sobretudo Legislativo e Executivo, e formas de participação da sociedade na tomada de decisões. "Estamos abertos a isso", afirmou.

Na avaliação do ministro, há uma crise de "credibilidade geral nas instituições", que abalou não apenas o governo federal, mas sim os mais variados partidos e administrações.

"Cada partido, cada instituição, temos de dar conta de ter um comportamento, uma postura, uma seriedade de trabalho que é a única forma de responder e mudar a situação. Não é com discurso, não é com pregações, é com prática correta que nós podemos mudar esse conceito, porque, se ele existe, alguma razão há para esse descrédito", disse.

Ao discursar durante o evento, no Palácio do Planalto, o ministro afirmou que "o grito das ruas foi suficientemente forte para não nos deixar dormir em paz, para não ficarmos acomodados, e termos criatividade e capacidade de desenvolver trabalhos e políticas que respondam a esses legítimos anseios."

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta quarta-feira, 17, que o papa Francisco vai entender, quando chegar ao Brasil, que os protestos nas ruas fazem parte da "saúde democrática" nacional. A uma semana da Jornada Mundial da Juventude, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) vê as manifestações nas ruas como a maior "fonte de ameaça" à visita do papa Francisco, tanto no Rio de Janeiro quanto em Aparecida (SP). O alerta foi mostrado em um painel de informações disposto em uma sala do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), dentro da própria Abin, em Brasília.

No painel dedicado ao Rio de Janeiro, aparecem seis "fontes de ameaça": incidentes de trânsito, crime organizado, organizações terroristas, movimentos reivindicatórios, grupos de pressão e criminalidade comum. O maior nível de preocupação é com os chamados "grupos de pressão".

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O protesto de categorias - como centrais sindicais, caminhoneiros e médicos - se enquadra dentro dos "movimentos reivindicatórios", enquanto a Abin considera como "grupos de pressão" manifestações difusas, sem uma causa específica.

"A principal segurança do papa é o entusiasmo, a tradição de paz e de fraternidade do povo brasileiro. Nós não estamos efetivamente preocupados, a não ser claro com aquilo que é a nossa obrigação de oferecer: apoio logístico, e de segurança a um chefe de Estado que é o que o papa representa e é", disse o ministro a jornalistas, após participar de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

"Protestos que possam haver fazem parte da democracia. O papa tem se mostrado tão aberto, tão plural na sua concepção, que eu tenho certeza que ele vai saber entender que isso é parte da saúde democrática de um País. Saberemos conviver sem problema e espero, pacificamente, com toda forma de manifestação."

Para Carvalho, o importante na Jornada Mundial da Juventude é que se trata de um momento de "renovar a esperança" dos jovens num futuro "melhor e mais fraterno".

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