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Em busca do registro perfeito, durante uma semana, o fotografo Sam Rowley passou noites em claro percorrendo o metrô de Londres na missão de retratar uma cena que correlacionasse a metrópole e com a vida selvagem. Após rastejar por trilhos e estações, ele conseguiu clicar uma luta feroz entre dois camundongos e recebeu 28 mil votos populares que lhe rendeu o prêmio Wildlife Photographer of the Year.

"Eu geralmente tiro uma sequência de fotos e tive sorte com essa imagem, mas depois de cinco dias deitado em uma plataforma, era provável que isso acontecesse em algum momento", afirmou o fotografo à BBC.

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Intitulada "Station Squabble", a fotografia retrata uma luta por sobrevivência. Na composição, os dois roedores disputam um pedaço de comida deixado por um passageiro. Porém, a imagem não foi selecionada para a premiação principal. Ainda assim, o público garantiu o prêmio para Sam na categoria de votos abertos.

"Esses camundongos do metrô, por exemplo, nascem e passam a vida inteira sem sequer ver o Sol ou sentir a textura da grama. E, num certo nível, é uma situação desesperadora - eles percorrem passagens sombrias por alguns meses, talvez um ano ou mais, e depois morrem. E, como há tantos ratos e tão poucos recursos, eles precisam brigar por algo tão irrelevante quanto uma migalha", avaliou o autor.

A premiação, que ocorre em outubro, é organizada pelo Museu de História Natural de Londres. "Essa foto nos lembra que, embora a gente possa passar por eles todos os dias, os seres humanos estão inerentemente entrelaçados com a natureza que está à nossa porta - espero que inspire as pessoas a pensar e valorizar mais esse relacionamento", analisou o diretor da instituição Michael Dixon.

Cientistas dos Estados Unidos descobriram um anticorpo capaz de reduzir drasticamente a infecção por zika em camundongos. De acordo com os autores da pesquisa, que teve seus resultados publicados nesta segunda-feira, 7, na revista Nature, o novo anticorpo poderá acelerar o desenvolvimento de vacinas e terapias contra a doença.

Ao ser administrado em fêmeas grávidas, antes ou depois da infecção por zika, o anticorpo reduziu os níveis do vírus nos tecidos da placenta e do feto, além de reduzir os danos causados ao bebê camundongo. A transmissão da mãe para o feto também foi reduzida.

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Por causa das diferenças entre as características da gestação de humanos e de roedores, será preciso realizar novos estudos para que a descoberta tenha aplicação clínica, mas a equipe de cientistas, liderada por James Crowe, da Universidade Vanderbilt, no Tennessee (Estados Unidos), acredita que a descoberta logo poderá ser útil para os esforços de desenvolvimento de uma vacina efetiva contra a zika.

"Esses anticorpos que são produzidos naturalmente pelo corpo humano representam a primeira intervenção médica que evita a infecção por zika e o dano aos fetos. Estamos animados, porque os dados sugerem que podemos ter nas mãos um tratamento com anticorpos que pode ser desenvolvido para o uso em mulheres grávidas", afirmou Crowe.

Defesas naturais

Os anticorpos foram isolados a partir de glóbulos brancos - células que integram a defesa imunológica do organismo - de três pessoas que já haviam sido infectada por zika. Em seguida, os cientistas selecionaram os anticorpos batizados de ZIKV-117, que se mostraram especialmente potentes em testes preliminares.

Os anticorpos foram testados então em camundongos geneticamente preparados para se tornarem suscetíveis à zika. Em experimentos separados, camundongos gestantes receberam o tratamento antes e depois da infecção. Em ambos os casos, a carga viral foi reduzida tanto na mãe como no feto, houve menos danos na placenta e os camundongos nasceram maiores.

Os resultados, de acordo com os autores, indicam que o tratamento poderá ser útil tanto antes da infecção - como medida de prevenção -, como depois da infecção, como terapia.

"A notável potência e abrangência do ZIKV-117 é uma grande promessa, já que o anticorpo inibiu a infecção por linhagens africanas, asiáticas e americanas do vírus da zika, em culturas de células e em animais, antes e depois da gravidez", disse outro dos autores do artigo, Michael Diamond, da Universidade de Washington (Estados Unidos).

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