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Em Capetinga, cidade no Sul de Minas Gerais, na disputa pela prefeitura se enfrentam Frank Sinatra (PT do B) e Roberto Taylor (PP). O quadro se completa com outro candidato, mas sem nome famoso, César Guilherme (PMDB).

O candidato Frank Sinatra de Souza Bernardes recebeu esse nome do pai, que era fã do cantor norte-americano, sucesso no mundo todo. O Sinatra mineiro, porém, não obteve êxito nas urnas em 2012. Na ocasião, também tentou a prefeitura, mas terminou em terceiro lugar com 749 votos (15,22% dos votos válidos).

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Sinatra tem 29 anos e é professor do ensino médio. Entre suas propostas, caso seja eleito, constam investimentos na educação. É sua intenção valorizar os docentes e demais profissionais da área, além de melhorar as estruturas das escolas.

Seu concorrente famoso, Roberto Taylor, também herdou o nome do pai que era fã do ator de nome parecido e que fez história no cinema. Na política, o Taylor de Capetinga tem se dado bem e já foi prefeito no passado.

Dentista por formação, ele agora tenta de novo assumir a prefeitura com a promessa de lutar pelo desenvolvimento da cidade. Em 2008 foi eleito prefeito com 52% dos votos.

Indeciso

Em Capetinga pouco mais de 6 mil eleitores vão às urnas em outubro. O município é um dos poucos de Minas Gerais onde o PSDB se retirou da disputa e não terá candidato a prefeito ou a vereador.

"Resolvi não tentar a reeleição e o pessoal do partido na cidade me acompanhou", falou à reportagem o prefeito Daniel Bertholdi (PSDB). Ele diz não ter preferência por nenhum dos dois candidatos famosos e que se reunirá com a família para definir em quem irão votar nas eleições.

O Ministério Público abriu investigação para apurar um esquema de compras de votos em Capetinga (MG). O motivo são as imagens mostradas pelo Fantástico, da TV Globo, no último domingo (21). Nelas, o ex-candidato a prefeito da cidade, José Donizete Faleiros (DEM), recebe instruções do deputado federal Aelton Freitas (PR), que tem sua base em Uberaba (MG), sobre como comprar votos e difamar os políticos adversários.

A "aula" foi filmada em setembro, antes das eleições municipais de 2012, mas somente agora foi divulgada. O promotor eleitoral da Comarca de Cássia (MG), Gilson Walmir Falcucci, responsável também por Capetinga, instaurou um inquérito para apurar a suspeita de corrupção eleitoral. Para ele, a reunião ensinando a compra de votos já é motivo suficiente para iniciar a investigação.

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Em Capetinga não se fala em outro assunto a não ser o escândalo que agitou a população de pouco mais de 7 mil habitantes. Alguns moradores afirmaram à Agência Estado que oferecer vantagens em troca do voto tem sido algo comum nas últimas eleições. O então candidato a prefeito e o deputado deverão ser ouvidos no MP, assim como outras pessoas que aparecem no encontro realizado em um restaurante.

O deputado não se manifestou até agora sobre o vídeo exibido em rede nacional. Já o candidato a prefeito que é orientado na filmagem culpa os adversários políticos pela divulgação do vídeo. E afirma que não comprou nenhum voto porque nem mesmo funcionaria o sistema sugerido pelo deputado. "O que sempre interessou pra mim foi ganhar as eleições de maneira correta e sem compra de votos", alega José Donizete Faleiros. Segundo ele, tudo não teria passado de uma brincadeira do parlamentar.

Crime

Já o promotor Gilson Falcucci acredita que houve, pelo menos, a prática da incitação ao crime, que também é punida pelo artigo 286 do Código Penal. O vídeo já foi encaminhado à Procuradoria Geral da República, em Brasília, e o caso foi parar ainda no Conselho de Ética da Câmara Federal, que estuda punir o deputado envolvido por quebra de decoro parlamentar.

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