Tópicos | Centro Olímpico de Tênis

A Confederação Brasileira de Tênis (CBT) quer assumir a gestão do Centro Olímpico de Tênis, no Rio de Janeiro, mas admite que precisará de ajuda do Ministério do Esporte para manter o local que recebeu as partidas da modalidade nos Jogos do Rio-2016. A CBT enfrenta dificuldades em razão da queda de 78% do valor do patrocínio bancado pelos Correios. A partir deste ano, a entidade passa a receber R$ 2 milhões por ano, bem abaixo dos R$ 9 milhões desembolsados pela estatal em 2016.

"Hoje, com o orçamento que temos na CBT, não temos capacidade financeira de assumir integralmente a gestão do centro", reconhece o novo presidente da entidade, Rafael Westrupp, em entrevista exclusiva ao Estado. Somente o Centro de Tênis tem custo aproximado de manutenção de R$ 4 milhões por ano.

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No momento, o dirigente negocia a ajuda do Ministério, que assumiu a gestão de todo o Parque Olímpico no fim do ano passado. "Precisamos de uma verba de manutenção", admite Westrupp, que se reuniu com o ministro Leonardo Picciani no próprio Parque Olímpico em fevereiro. "O ministro demonstrou total interesse de que a gestão seja feita pela CBT, de que possamos tomar conta do local e ter autonomia."

O presidente da entidade evita apontar uma data para acertar o acordo entre a CBT e o Ministério, mas revela nova reunião entre as partes até o fim de março. Westrupp atribui a demora na definição da gestão do Centro de Tênis à Prefeitura do Rio de Janeiro, que geria os locais olímpicos antes e depois da realização dos Jogos. "Vejo que o Ministério não tem culpa nenhuma porque recebeu a gestão agora, fazendo dois meses. Mas estamos avançando."

Se o acordo com o Ministério for concretizado, Westrupp pretende usar a quadra central do Centro de Tênis como uma arena multiuso, a exemplo de outros locais que recebem torneios de tênis pelo mundo. Recentemente, o Centro recebeu jogos de vôlei de praia sobre areia depositada sobre a quadra.

"A CBT defende a utilização da arena principal como arena multiuso. A prioridade vai ser sempre o nosso calendário. Mas, se outras atividades na quadra central não atrapalharem o calendário, a CBT não vê problema algum. Dá para mudar o piso, por exemplo. Temos condição técnica e tempo para fazer isso sem problema nenhum. A Arena O2, em Londres, só recebe um evento de tênis por ano, que é o ATP Finals. No restante do ano, recebe outras competições e shows", compara o presidente da CBT.

REDE DE TREINAMENTO - Nas negociações com o Ministério do Esporte, Westrupp vai incluir o pedido de outra verba, para a criação de uma rede nacional de treinamento. O projeto consiste em formar de 10 a 13 núcleos de treino de alto rendimento no País, que receberiam auxílio financeiro para pagar profissionais da área, como treinadores e preparadores físicos, e ajuda técnica e infraestrutura, como bolas e raquetes.

Se o projeto for aprovado, um dos maiores núcleos do Brasil seria sediado justamente no Centro Olímpico de Tênis. "No Rio, já teríamos material humano pronto para instalar em 24 horas, com a transferência da Tennis Route, que fica atualmente no Recreio". Westrupp se refere ao centro que tem o apoio da CBT e é liderado por João Zwetsch, atual capitão brasileiro na Copa Davis.

"As quadras de lá são da CBT, que é um legado dos Jogos Pan-Americanos de 2007. São cedidas para que os nossos principais jogadores possam jogar lá", explica o presidente da CBT. Lá treinam jogadores como Thomaz Bellucci, atual número 1 do Brasil, Beatriz Haddad Maia, Thiago Monteiro e Marcelo Demoliner.

"Vamos nos reunir com o Ministério nas duas próximas semanas para tentar desembaraçar a parte burocrática da rede nacional de treinamento. E aí teríamos verba tanto para o trabalho técnico como para a manutenção do Centro Olímpico", explica Westrupp, que assumiu o comando da CBT no dia 4 deste mês.

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Após eliminar Novak Djokovic, número um do tênis mundial, em partida emocionante, o argentino Juan Martin Del Potro mostrou, nesta segunda-feira (8), que é um dos favoritos para conquistar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio. O campeão do US Open de 2009 derrotou o português Joao Sousa, com parciais 6x3, 1x6, 6x3.

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Numa quadra central marcada pela rivalidade entre torcidas brasileira e argentina, Del Potro conseguiu anular um agressivo Joao Sousa, que jogou um segundo set impecável, após um primeiro set equilibrado, decidido nos detalhes e na experiência do argentino.

O clima das arquibancadas foi ainda mais efervescente no terceiro e decisivo set, quando as pancadas de direita do argentino se sobressaíram. Em quase duas horas de partida, Delpo triunfou e agora enfrenta o japonês Taro Daniel pela terceira rodada no tênis olímpico. 

Rogerinho dá adeus às Olimpíadas

Ainda nesta segunda, no Centro Olímpico de Tênis, um dos tenistas brasileiros em competição foi derrotado, na quadra 1. Rogério Dutra Silva, o Rogerinho, não conseguiu fazer frente ao francês Gael Monfils e perdeu a partida, parciais 6x2 e 6x4. 

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