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Após visita ao Engenhão, uma comitiva de deputados federais cobrou nesta segunda-feira a liberação dos documentos do estádio por parte da Prefeitura do Rio de Janeiro. Preocupados com a interdição do local, os deputados se disseram espantados quanto à falta de informações sobre a arena e apontaram novos problemas na estrutura inaugurada há pouco mais de cinco anos.

"É um absurdo que um estádio que não tem nem seis anos de idade, que custou seis vezes o orçamento inicial e que foi feito com dinheiro público, tenha tantos problemas, incluindo este tão grave na cobertura", declarou o deputado Alessandro Molon (PT-RJ), presidente da Comissão Externa do Legado da Copa e da Olimpíada, após inspeção na estrutura.

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Ele se mostrou preocupado, principalmente, com a falta de informações sobre o Engenhão. De acordo com o deputado, nem o Botafogo tinha dados sobre a situação da cobertura. "Outra coisa absurda é que o Botafogo não teve acesso a este laudo que apontou a necessidade de interdição. O que me assusta é que o Botafogo está tão desinformado quanto nós", comentou.

Por essa razão, o presidente da comissão vai encaminhar à Prefeitura do Rio um requerimento para ter acesso a toda a documentação relacionada ao estádio, desde o projeto inicial até os orçamentos e laudos elaborados nestes últimos seis anos. Está incluído nesta lista o documento que apontou necessidade de interdição. Segundo o laudo, ventos de até 60 km/h poderiam causar colapso da cobertura.

O presidente da comissão enumerou outros problemas além da falha na cobertura, que causou a interdição por tempo indeterminado da arena há duas semanas. Segundo Molon, os geradores não têm capacidade para suportar queda de energia, há infiltrações na estrutura e falha na distribuição de água para andares superiores do estádio.

O presidente da comissão visitou o Engenhão acompanhado do diretor executivo do Botafogo, Sérgio Landau, e do presidente do CREA-RJ, Agostinho Guerreiro, além dos deputados Arolde de Oliveira (PSD-RJ), Liliam Sá (PSD-RJ) e Marcelo Matos (PDT-RJ). A imprensa não teve acesso à inspeção porque a diretoria do clube vetou o acesso.

MARACANà

Molon comentou ainda sobre a possibilidade de o Maracanã passar por novas obras para se ajustar às exigências do Comitê Olímpico Internacional (COI) para sediar a Olimpíada de 2016. "Em primeiro lugar, precisamos garantir que não aconteça no Maracanã o que aconteceu aqui no Engenhão. Se já é inadmissível que o Engenhão, um estádio novo, enfrente problemas como esse, é inaceitável que o Maracanã, ainda em reforma para a Copa, passe por novas reformas para a Olimpíada."

Mais cedo nesta segunda, o governo do Rio divulgou nota oficial negando a possibilidade de o estádio, em fase final de obras para a Copa das Confederações, precisar ser novamente fechado para passar por reformas antes dos Jogos Olímpicos. Molon disse que a comissão também vai analisar o caso.

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