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O senador Humberto Costa (PT-PE) destacou, em pronunciamento nesta terça-feira (25), projeto de lei de autoria dele que regula o serviço de vídeo sob demanda e a cobrança de Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) para o setor (PL 1.994/2023).

O parlamentar ressaltou que há um crescimento acelerado e consistente desses serviços, como Netflix e outros streamings. No entanto, diz ele, essas empresas não estão sujeitas às mesmas obrigações que a TV aberta e outros serviços por assinatura, não atendendo condições de distribuição de conteúdo brasileiro e de contribuição ao seu fomento. 

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Humberto afirmou que a proposta busca condições equilibradas com as de outros segmentos, em especial os serviços de acesso condicionado regulamentados pela Lei 12.485, de 2011.

Se o projeto for aprovado, a determinação dos valores de Condecine devidos não será feita por títulos, porque, segundo o senador, seria uma forma abusiva de cobrança, já que o estoque de títulos desse tipo de serviço é muito vezes superior ao fluxo de demanda no mercado brasileiro.

"Optamos por uma contribuição progressiva de até 4% sobre o faturamento bruto apurado, acompanhando práticas de outros países, percentual que poderá ser objeto de discussão". 

Outro ponto abordado no texto, disse Humberto, é o estímulo ao consumo de produções brasileiras, com priorização dos títulos nacionais nos mecanismos de busca e seleção oferecidos pela provedora. A matéria também trata da regionalização da produção audiovisual brasileira, estipulando que o mínimo de 30% dos recursos destinados ao Fundo Setorial do Audiovisual sejam empregados em produções das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

O parlamentar ressaltou ainda que é preciso regular a situação de empresas globais que oferecem serviços diretamente ao público brasileiro a partir do exterior, sem manter representação no país.

*Da Agência Senado

Na próxima segunda-feira (6) termina a consulta pública da Agência Nacional do Cinema (Ancine) para determinar a cobrança da Contribuição para Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica (Condecine), taxa que já é aplicada para serviços de streaming de filmes e música, sobre os jogos de videogames.

Segundo a Ancine, os jogos são um produto audiovisual, como filmes. Portanto, para o governo, o setor também estaria sujeito a cobrança. Ainda não há estimativa da porcentagem ou valor que seria cobrado. Como consequência, os preços dos produtos devem subir no Brasil.

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Já havia sido divulgado nesta semana que o governo pretende arrecadar com o mesmo imposto R$ 300 milhões só da Netflix até 2022. Emissoras e operadoras de TV já pagam o Condecine por todos os filmes, estrangeiros ou brasileiros, que exibem em território nacional.

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