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O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) divulgou nesta terça-feira no Diário Oficial da União tabela com os preços de combustíveis a serem usados como referência pelas unidades federativas do País a partir de 16 de abril. O chamado Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) foi modificado em oito Estados e no Distrito Federal.

Os novos valores abrangem, além do DF, os Estados Amazonas, Amapá, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rondônia. No DF, por exemplo, o preço médio da gasolina a ser praticado a partir de 16 de abril é de R$ 2,9960/litro. No Rio de Janeiro, esse valor é de R$ 3,0265/litro. No Amapá, é de R$ 2,9150/litro.

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O PMPF serve como parâmetro para a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) retido pela Petrobras no ato da venda dos combustíveis aos postos de gasolina. Além da gasolina, a tabela do Confaz traz os preços de referência do diesel, gás liquefeito de petróleo, querosene da aviação, etanol, gás natural veicular (GNV), gás natural industrial e óleo combustível.

O secretário de Fazenda do Ceará, Mauro Benevides Filho, informou nesta terça-feira que as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste apresentaram em reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) uma nova proposta para acabar com a guerra fiscal. Segundo ele, a proposta reduz para 4% a alíquota interestadual do ICMS entre as três regiões e na circulação de mercadoria entre o Sul e o Sudeste. Porém, propõe uma alíquota interestadual de ICMS de 7% no transito de mercadorias do Sul e Sudeste para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Segundo Benevides Filho, a proposta apresentada pelas três regiões prevê a redução das alíquotas em 10 anos. O secretário disse que a proposta do governo de unificar em 4% todas as alíquotas seria perpetuar a desigualdade regional. "É impor um Brasil igual em todas as regiões, o que não existe", afirmou Benevides Filho ao deixar a reunião do Confaz.

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Ele, no entanto, considerou a proposta um avanço porque significa que as três regiões concordaram com o fim da guerra fiscal. Benevides Filho disse que agora a discussão está com o Sul e o Sudeste. Segundo ele, os secretários dessas duas regiões continuam reunidos com o ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, para analisar a sugestão entregue nesta terça-feira.

A Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou esta semana o fim da exigência de unanimidade nas decisões do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para concessão de incentivos fiscais. Segundo o projeto de lei complementar, de autoria do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), as decisões terão de ser aprovadas por pelo menos três quintos dos votos do órgão, que é composto por todos os secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal, havendo pelo menos o voto de um representante de cada região brasileira.

A proposta ainda terá de ser votada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e no plenário do Senado, antes de seguir para votação na Câmara dos Deputados, mas já recebeu críticas. A decisão da Comissão de Infraestrutura surpreendeu o secretário de Fazenda de São Paulo, Andrea Calabi, que é contrário ao fim da unanimidade do Confaz. Ele afirmou que a proposta é "extemporânea, além de perigosa".

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Calabi informou que os secretários de Fazenda dos Estados estão se mobilizando para marcar uma reunião para discutir o assunto. Segundo ele, o fim da unanimidade pode tornar legais incentivos considerados ilegais e permitirá que alguns Estados comandem o caixa de outros. "As finanças dos Estados podem ser atacadas se houver ruptura da unanimidade."

Guerra fiscal

O secretário criticou o fato de a comissão ter aprovado o projeto quando há uma comissão de notáveis responsável pela discussão de temas federativos, entre eles, a guerra fiscal. "Essa aprovação é mais política do que real", afirmou Calabi, que esteve em Brasília para participar do seminário Desafios do Federalismo Brasileiro. A comissão de notáveis foi instalada em abril deste ano pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para tratar do Pacto Federativo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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