Tópicos | conteúdo racista

A Disney adicionou novos avisos sobre conteúdo racista a vários dos clássicos disponíveis em sua plataforma de streaming, que incluem títulos como "Peter Pan" e "Aristogatas".

Os assinantes da Disney+ lerão uma nova advertência antes de assistirem aos filmes. Enquanto as mensagens exibidas até agora pela plataforma alertavam o usuário de que ele encontraria "representações culturais obsoletas", o novo texto reconhece que estereótipos exibidos em filmes da Disney "eram incorretos então e agora".

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"Este programa inclui representações negativas e/ou tratamento incorreto de pessoas ou culturas", adverte a mensagem, que não pode ser pulada. "Mais do que eliminar o conteúdo, queremos reconhecer seu impacto prejudicial, aprender com o mesmo e gerar discussões para criarmos, juntos, um futuro mais inclusivo", acrescenta.

"Dumbo" está entre os filmes que ganharão a advertência, redigida após consultas entre a empresa e grupos que incluem a Associação Americana de Críticos de Cinema.

Esta foi a medida mais recente da Disney para enfrentar conteúdos ofensivos, depois que multiplicaram-se críticas envolvendo a disponibilidade inalterada de alguns de seus produtos mais polêmicos, muitos deles lançados há décadas. Na mesma linha, a empresa anunciou este ano que a conhecida atração "Splash Mountain", presente em seus parques temáticos, será alterada, para adaptá-la à história de sua primeira princesa negra, "Tiana".

O nome da escritora Laura Ingalls Wilder, autora do livro "Uma Casa na Campina", foi eliminado de um prêmio de literatura infantil americano devido ao conteúdo racista em suas obras, baseadas na infância dos colonos no Meio-oeste americano do século XIX.

A decisão chega em um momento em que muitos nos Estados Unidos revisam os legados históricos e culturais, em uma postura que levou à retirada de monumentos ou à mudança do nome de edifícios, à medida que o país luta contra o racismo e a discriminação.

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O prêmio Laura Ingalls Wilder agora será conhecido como Legado de Literatura Infantil, anunciou a Association for Library Service to Children (ALSC).

A associação disse que a decisão foi tomada considerando as "expressões de atitudes estereotipadas" no trabalho de Wilder que são "inconsistentes com os valores centrais da ALSC de inclusão, integridade e respeito, e receptividade".

"Embora estejamos comprometidos a preservar o acesso ao trabalho de Wilder para os leitores, também devemos considerar se seu legado hoje faz justiça a este prêmio em particular (...), outorgado por uma organização comprometida com todas as crianças".

Wilder ganhou o prêmio em 1954.

Os críticos apontam o conteúdo racista do trabalho de Wilder durante décadas, embora seus livros ainda sejam publicados, lidos e amados por muitos.

Em 1952, um leitor se queixou ante a editora Harper sobre o retrato que a autora fazia do Oeste como um lugar onde "não havia gente, só índios", informou The Washington Post.

Em 1953, a Harper decidiu mudar a palavra "gente" por "colonos", mas ainda havia críticas sobre suas caracterizações de outros nativos americanos e afro-americanos.

Wilder nasceu em 1867 em Wisconsin, se tornou professora de escola e se mudou para o Missouri com seu esposo em 1894, onde morreu em 1957, aos 90 anos.

Seu primeiro livro, "Uma Casa na Floresta", foi publicado em 1932, e contava a história de Laura, de cinco anos, e sua família pioneira em Wisconsin.

Seu segundo livro, "Uma Casa na Campina", foi publicado em 1935, quando ela tinha 68 anos, e inspirou, junto com outras de suas obras, a popular série de televisão "Os Pioneiros", que foi emitida entre 1974 e 1983.

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