O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou o decreto que reedita o Conselhão, rebatizado como Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, e fez contrapontos a Jair Bolsonaro em seu discurso, apesar de não ter citado o ex-presidente nominalmente até a publicação deste matéria.
Lula afirmou que o órgão serve para debater com pessoas que pensam diferente e que, se todos pensassem igual, o mundo não teria graça. "A riqueza da democracia é exatamente essa, é a gente não ser igual", declarou. O presidente disse que tem clareza de como o Conselhão funcionará porque o mesmo foi criado em seu primeiro governo.
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Lula afirmou que o órgão ajudará a governar e alcançar os entendimentos que a sociedade necessita. Também disse que o Conselhão tem diversidade e pode ser "uma fotografia do Brasil que queremos".
"Essa reunião ilustra o que há de mais importante, bonito e verdadeiro na política. A força do diálogo franco e construtivo", declarou. Segundo o presidente, o Conselhão não é um espaço para falar bem do governo, mas de construir propostas.
Lula também fez contrapontos ao ex-presidente Jair Bolsonaro, seu principal adversário político na atualidade, ainda que sem citá-lo diretamente. "Esse país viveu momentos de trevas. Eu tenho 77 anos. Eu nunca tinha vivido um momento de tanta esculhambação da democracia", declarou, numa referência ao período em que Bolsonaro foi presidente.
Lula também mencionou "o desafio da fome", e atribuiu o problema social à gestão anterior do Planalto. "Por conta do descaso do governo anterior a fome voltou a assombrar o dia a dia de milhões de brasileiros", declarou o presidente.
A solenidade está sendo realizada na sede do Itamaraty, em Brasília.