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Músicos do Brasil e do exterior chegam à capital federal para participar das oficinas oferecidas pela Escola de Música de Brasília (EMB), que deu início nesta quarta-feira (4) ao 34º Curso Internacional de Verão. Por 18 dias, aproximadamente 800 alunos terão a oportunidade de assistir a aulas gratuitas com professores brasileiros e estrangeiros – no total, 1.260 se inscreveram para participar das atividades, mas a direção da EMB terá de cancelar pelo menos 450 por falta de espaço físico.

Este ano, as aulas ocorrerão tanto no Plano Piloto como em núcleos espalhados pelas cidades de Taguatinga, Sobradinho, São Sebastião e Gama. “A ideia de mudar e estender o curso para as cidades satélites está sendo muito bem aceita pelos estudantes”, disse o diretor da EMB, Ataídes Mattos. O curso envolve recitais, oficinas, práticas de conjuntos de pequenos e grandes portes, workshops, concertos eruditos e populares, aulas teóricas de arranjo, harmonia e formação de professores de música. Durante os 18 dias de aulas, músicos dos Estados Unidos, do Canadá, da França, da Holanda, de Israel e da Suécia se apresentarão no auditório da escola.

O contrabaixista brasiliense Marcelo Duarte, músico profissional há sete anos, já fez seis cursos na EMB. Este ano ele se matriculou nas aulas de improvisação em prática de conjunto e disse que as experiências vivenciadas durante o tempo de curso faz toda a diferença para seus estudos. "Poder encontrar pessoas de todo o país e até do mundo é uma das experiências mais válidas no curso de verão, sem contar com a qualidade dos professores que lecionam aqui. São inúmeras dicas. Não existe limitação e serve como reciclagem", contou Duarte.

Já o moçambicano Queirós Júlia mora em Brasília e faz o curso de verão pela quarta vez. Há quatro anos, ele participa de um intercâmbio entre a Escola Nacional de Música de Moçambique e a EMB. O músico africano disse que o curso é muito importante para a sua formação, mas reclamou da falta de apoio das autoridades em relação aos alunos vindos do exterior. "O curso é muito intensivo. No curso de verão poderiam melhorar a situação do aluno em intercâmbio. [O governo] poderia oferecer melhores condições de estadia para os alunos que vêm de fora e que precisam ficar nos alojamentos", disse o moçambicano.

O diretor da EMB, Ataídes Mattos, disse estar otimista que, em breve, será possível atender a pedidos como o de Queirós Júlia, pois há planos de reformas na estrutura da escola, melhorando os alojamentos destinados aos estudantes de fora da cidade. “Existem vários projetos da Secretaria de Educação que preveem a reforma e ampliação de alguns espaços da EMB ao longo deste ano”, disse.

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