Tópicos | dados socioeconômicos e estruturais

Foi apresentado, nesta quinta-feira (9), um projeto de mapeamento das áreas críticas do Recife como forma de conhecer as necessidades destas áreas e combater os fatores de risco para a população. Pensado em quatro etapas, o mapeamento propõe tornar exato e atualizado dados socioeconômico e estrutural nas áreas mais carentes da cidade. O secretário de Planejamento e Gestão da cidade, Alexandre Rebêlo, apresentou as propostas dessa ação. “Nosso desafio é transformar o Recife numa cidade melhor para todos, através do mapeamento, conhecimento dos problemas e intervenção direta nessas áreas”, explicou.

Como base, foram utilizados levantamentos feitos na cidade do Recife nos anos de 1978, 1988 e 1998, por entidades da prefeitura e universidades. Há 15 anos esses números não eram atualizados. “Essa é a nossa proposta: atuar de forma permanente para atualizar sempre essas informações”, comentou Rebêlo. Através da divisão feita nos levantamentos anteriores, as áreas foram detalhadas e divididas em micro áreas para um melhor detalhamento do material recolhido.

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A primeira etapa será marcada pelo mapeamento das 2,5 mil micro áreas, para ser feito, sem seguida, um cadastro censitário das famílias destes locais, e, posteriormente, uma concepção urbanística (projetos) para as localidades. Todas as informações serão recolhidas por uma equipe formada por arquitetos, engenheiros e assistentes sociais, com a utilização de tablets e repassadas para uma central, responsável pelo armazenamento e divulgação numa plataforma no site da prefeitura. “A última fase será a execução de obras para a reestruturação destas áreas, a partir das urgências detectadas”, frisou. Até junho deste ano, o mapeamento deve ser finalizado, para então, cerca de 50 mil moradias serem visitadas para o cadastramento censitário, que deve ser concluído em junho de 2015.

“Precisamos deixar como legado a clareza do desafio, quanto teremos que investir e quanto de tempo isso vai demandar”, concluiu o secretário. “Esse projeto vai permitir você entrar na casa das famílias e conhecer a realidade de seu José, de dona Maria e tantos outros recifenses”, recordou a secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Ana Rita Suassuna.

“Este projeto me chama muito a atenção porque, intuitivamente, não existe um recifense que more a mais de um quilômetro de uma comunidade carente. Mas não podemos nos apoiar na ideia do intuito, temos que acabar com o chutômetro sobre essa realidade”, afirmou o prefeito Geraldo Júlio. Ele lembrou que uma das marcas de sua gestão é o foco no governo popular. “Não queremos estas informações para a prefeitura, queremos que estas informações, que serão dinâmicas, fiquem disponíveis para todos os que querem ver o Recife como uma cidade melhor”, esclareceu o prefeito. As ações foram iniciadas nesta manhã (9), com atuação dos pesquisadores nos bairros de Santo Amaro, Campo Grande, Afogados e Ilha Joana Bezerra.

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