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Outra reviravolta para a coleção do governo Bolsonaro. Desta vez, o presidente desistiu de exonerar o Ministro da Saúde Luiz Mandetta, pouco mais de uma hora depois de dois funcionários do Planalto confirmarem sua intenção ao jornal O Globo. De acordo com a revista Veja, na tarde desta segunda (6), o presidente foi desencorajado por alguns dos militares que compõem o governo, a exemplo dos ministros Walter Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Governo).

A possibilidade de exoneração, contudo, continua grande. As rusgas entre o presidente e Mandetta aumentaram depois que o Datafolha divulgou, no dia 3 de abril, que a aprovação popular do Ministério da Saúde era de 76%, em contraposição aos 33% do governo. A rejeição de Bolsonaro chegou a 39%. A margem de erro é de três pontos percentuais.

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O presidente, então, chegou a dizer que nenhum ministro era “indemissível” e que alguns membros do governo “viraram estrelas” e “falam pelos cotovelos”. Bolsonaro ainda disse que “falta humildade” a Mandetta. Por sua vez, o ministro comentou que era um médico ao lado de um paciente e só sairia do ministério demitido.

Ao contrário de Bolsonaro, Mandetta respeita as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e vem estimulando o isolamento social preventivo ao novo coronavírus. Talvez a única ponte do governo com a comunidade científica em meio à pandemia, o ministro da saúde parece ter conquistado, por méritos próprios, alguma sobrevida no cargo.

Resta esperar para descobrir se nos próximos dias Bolsonaro irá contra alguns de seus poucos apoiadores no exército para indicar o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) como substituto de Mandetta. Nesta segunda, o presidente chegou a se reunir com o médico gaúcho, que vem agradando o Planalto por suas críticas ao isolamento social e ao próprio Mandetta em seu Twitter, rede social em que, inclusive, divide a foto de perfil com o presidente.

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