Tópicos | depois das eleições

A atitude do diretório nacional do PSB de agendar, para a próxima segunda-feira (29), uma reunião visando escolher o novo presidente do partido gerou desconfortos entres os socialistas pernambucanos. O cargo esteve sob a batuta do ex-governador Eduardo Campos de 2005 até agosto deste ano, quando ele morreu, e desde então passou a ser ocupado por Roberto Amaral, antes vice-presidente. 

A convocatória de Amaral foi interpretada, por alguns, como uma forma de manter o carioca na presidência. No entanto, Pernambuco quer continuar no comando da sigla que já foi ocupada, antes de Eduardo, por Miguel Arraes. A data da possível eleição coincide com a visita da candidata à presidência da República, Marina Silva (PSB), ao estado fazendo assim com que pelo menos 20 membros, dos 101 da nacional, estejam impossibilitados de participar da reunião. 

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A cargo de tentar reverter o imbróglio, o presidente estadual e membro nacional, Sileno Guedes, quer adiar para dezembro a reorganização da direção do PSB. “Estamos defendendo o adiamento para dezembro. Uma reunião na próxima segunda-feira causa transtorno no País inteiro. Temos 20 diretorianos em Pernambuco. Imagine deslocar 20 pessoas, às 14h, na data em que Marina Silva está programada para nos visitar? Não tem condição”, protestou Guedes. O dirigente enviou um e-mail para a Nacional alertando sobre os estados estarem focados na reta final da eleição.  

Nos bastidores o maior medo dos socialistas locais é que Pernambuco perca protagonismo nacional, com a morte de Eduardo Campos, e, por isso, tem ventilado a postulação do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), ao cargo. A cúpula local se reuniu, nessa terça (23), para alinhar o discurso e traçar a estratégia, no entanto não há consenso ainda sobre um nome pernambucano para pleitear a presidência nacional.  

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