Tópicos | Desenvolvimento Social e Combate à Fome

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, disse nesta quarta-feira, 7, que a luta contra o preconceito contra os pobres será um desafio para a próxima gestão da presidente Dilma Rousseff. A declaração ocorre após a realização de uma campanha eleitoral em que os beneficiários de programas sociais se transformaram em alvo de ataques na redes sociais.

"Eu sempre digo uma frase que eu acho que tem que nortear também a nossa agenda no próximo período: ‘Foi muito mais fácil acabar com a miséria do que acabar com o preconceito contra os pobres’. Essa certamente é uma agenda do próximo período. A luta contra o preconceito se mantém como um desafio na nossa próxima gestão", discursou Tereza, que já ocupava o cargo no primeiro mandato de Dilma, durante cerimônia realizada hoje em Brasília na qual foi reconduzida ao cargo.

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A solenidade foi prestigiada por representantes de movimentos sociais e por seis colegas de Esplanada. O auditório do Ministério do Planejamento, local do evento, ficou lotado e a ministra foi muito aplaudida.

"Somos exportadores de tecnologias sociais e, ao mesmo tempo, parte das nossas conquistas é completamente desconhecida da maioria dos brasileiros. O acesso à informação é o melhor remédio contra o preconceito", disse a ministra.

Comparações

Retomando o tom de discurso da campanha à reeleição da presidente, marcada pela comparação dos governos Lula e Dilma aos oito anos da gestão de Fernando Henrique Cardoso, Tereza destacou que "nunca se gastou tanto na assistência social" como hoje.

"Um ano de gasto da assistência social do governo da presidenta Dilma equivale a tudo que se gastou, somado, em termos reais, nos oito anos de governo do presidente Fernando Henrique Cardoso", comentou. "A cada dois meses do governo Dilma, se gasta em transferência de renda mais do que se gastou em todos os oito anos somados do governo do presidente FHC", completou a ministra.

No ano passado, Dilma anunciou reajuste de 10% no benefício do Bolsa Família, em pronunciamento veiculado em rede nacional de rádio e televisão no Dia do Trabalho, antes do início oficial da campanha eleitoral. O então candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, disse que ia manter e aprimorar o programa caso fosse eleito, prometendo inclusive bônus para os beneficiários que cumprissem determinassem requisitos, como fazer cursos de qualificação profissional. "Foi decisão política de colocar o orçamento a favor dos pobres, de colocar os pobres no centro da agenda", afirmou Tereza.

Números

Quando Dilma assumiu o governo em 2011, existiam cerca de 13 milhões famílias cadastradas no Bolsa Família, o principal programa de transferência de renda do governo. Hoje são quase 14 milhões.

O principal diferencial do primeiro mandato de Dilma, em relação ao seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, foi o programa Brasil Sem Miséria, lançado em junho de 2001. Ele surgiu após a constatação de que boa parte das famílias beneficiadas pelo Bolsa Família continuava abaixo da linha de extrema pobreza. Com o reforço da renda repassada a esses grupos, 22 milhões de pessoas conseguiram superar a extrema pobreza em pouco mais de três anos, segundo o livro O Brasil Sem Miséria, mencionado pela ministra na sua posse hoje.

No mesmo período, o valor médio do benefício repassado às famílias passou de R$ 94 para R$ 170. Entre as mais pobres, variou de R$ 107 para R$ 242.

Brasília - Os recursos repassados por meio do Bolsa Família estão ajudando a evitar que trabalhadores rurais deixem o campo em função da estiagem que atinge o Semiárido brasileiro, considerada a mais intensa dos últimos 30 anos. A avaliação foi feita hoje (1º) pela ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência em parceria com a EBC Serviços.

Segundo ela, o dinheiro que as famílias recebem, associado a outros programas do governo federal, como a política de construção de cisternas, ajudam essa parcela de brasileiros a se manter em suas propriedades. “A população está sofrendo muito com a seca, mas tem recursos para se alimentar e, portanto, a gente não tem aquelas cenas de êxodo rural como no século passado. Com o Bolsa Família e outros programas, elas conseguem se manter [no campo], evitando o processo de concentração da propriedade e o aumento das populações nas cidades, muito comum no passado.”

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A ministra lembrou que, também como parte dos esforços do governo federal para combater os efeitos do clima na região do Semiárido, foram construídas nos últimos anos 500 mil cisternas, que podem armazenar água da chuva ou ser abastecidas por caminhões-pipa durante a seca. Ela destacou que o objetivo da presidenta Dilma Rousseff é universalizar o recurso, “levando água a todas as famílias por meio das cisternas”.

Tereza Campello citou ações complementares emergenciais do governo para atender a famílias e minimizar os efeitos da seca, como o seguro safra e a bolsa estiagem. Ela explicou que, com o primeiro, as famílias que perderam a safra e tomaram empréstimo no banco tiveram a dívida perdoada. No caso da bolsa estiagem, as famílias recebem recursos adicionais para comprar alimentos para seus animais, “para que não haja perda e elas não saiam da seca mais empobrecidas do que antes”. “Não temos como combater o clima, mas temos que conviver com o Semiárido com ações estruturantes”, concluiu.

Somente na Paraíba, um dos estados mais prejudicados pela estiagem, mais da metade dos municípios está em situação de emergência, decretada pelo governo estadual. Além da população, os animais também sofrem com os efeitos do clima. De acordo com a Federação de Agricultura e Pecuária da Paraíba, a falta de água agravou a situação do gado e está causando perdas no rebanho bovino.

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