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A economista Tereza Campello, de 60 anos, disse ao Estadão/Broadcast que sua principal missão é desarmar o que ela acredita ser uma bomba relógio deixada pelo governo de Jair Bolsonaro para a próxima gestão do Cadastro Único do Auxílio Brasil, que vai voltar a se chamar Bolsa Família. Ex-ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff (PT), quando coordenou o Plano Brasil Sem Miséria, ela entrou no Gabinete de Transição Governamental como uma das coordenadoras do Grupo de Trabalho de Assistência Social, onde atua ao lado da senadora Simone Tebet (MDB-MS).

Mesmo após fazer críticas ao aumento do Auxílio Brasil, para R$ 600, concedido pelo presidente, Jair Bolsonaro, Lula fez desse patamar uma promessa de campanha e tenta contornar o teto de gastos para garantir espaço no Orçamento.

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Na transição, a maior preocupação está relacionada à continuidade dos serviços. "Serão filas enormes no início do governo do presidente Lula com muita gente pobre, mas também muita gente sem vergonha. Queremos tirar os sem-vergonha", disse durante o Festival da Reforma Agrária do MST em São Paulo. leia a seguir, trechos de sua entrevista.

Qual a expectativa sobre o Bolsa Família para 2023?

O debate sobre conteúdo, reformulação e questões programáticas vamos começar agora no GT (Grupo de Trabalho). O que já sabemos, a partir das investigações, é que há distorções muito grandes no Cadastro Único. A imprensa fala muito em pente fino, como se a população pobre tivesse um comportamento de fraudador, mas não foi isso que aconteceu.

Quais são as distorções?

Temos duas situações muito graves. O governo Bolsonaro fez uma péssima gestão do Cadastro Único e do Auxílio Brasil e isso induziu as pessoas a se cadastrar errado. Não é que as pessoas tentaram fraudar, mas o modelo que eles implantaram induz as famílias a se cadastrarem por adulto. Se tem dois adultos na mesma casa, se cadastram os dois. O certo seria uma família, como era no Bolsa Família. Um adulto morando sozinho ganha R$ 600, e uma mãe com duas crianças ganha o mesmo. Isso gera uma desigualdade enorme. Eles criaram um modelo injusto e que induz que as famílias se fracionem. Nunca fizeram campanha explicando, não conversaram com os municípios e não treinaram as equipes na rede de assistência social. Criaram um aplicativo que quando você entra já puxa o CPF e induz (o beneficiário) a fazer o cadastro individualmente.

Vai ser muito difícil regularizar o cadastro?

Vai dar muito trabalho. Além da população pobre ter sido induzida por má gestão e do modelo equivocado, houve o movimento pré- eleitoral para ampliar o número de pessoas beneficiadas, o que é abuso de poder econômico e político. Por que explode o cadastro? Porque botaram dentro do Auxílio Brasil na última hora e véspera da eleição milhões de pessoas. Tem um monte gente que entrou que não faz parte da população pobre ou desinformada. Tem gente com má fé. Veja os casos do agressor do Gilberto Gil e a filha do Pazuello. Está coalhado de casos que são fraude mesmo. Será preciso apurar. Foram 79 mil militares que receberam o benefício. Temos que ir atrás do dinheiro.

A revisão do benefício não pode gerar uma revolta?

Estamos tentando administrar essa situação. Quando chegou em dezembro (de 2021), esses benefícios unipessoais - que são as pessoas que alegam estar morando sozinhas - deu um pulo de 2 para 3 milhões. Depois, passou para 3,5 milhões, para 4 milhões, 4,5 e chegou a 5 milhões em um ano. É um escândalo. O governo devia ter visto e tomado atitude para impedir, mas não tomou. Agora, após a eleição ele entrou com processo de averiguação, chamando as pessoas e dizendo que vai bloquear entre janeiro e fevereiro.

O governo Bolsonaro deixou uma bomba relógio?

Queremos criar um ambiente de construção de uma transição, mas ao mesmo tempo é irregular. A legislação é clara: as pessoas não podiam estar recebendo. Estamos conversando com os municípios. Esse povo vai bater na porta da prefeitura quando o recurso for bloqueado. Serão filas enormes no início do governo Lula com muita gente pobre, mas também muita gente sem vergonha. Queremos tirar os sem-vergonha.

Então essa é uma crise precificada logo no começo do governo Lula?

É uma crise conhecida porque estamos atuando. Somos transição. Não somos governo. Na quinta (na semana passada) fizemos uma reunião que o governo atual devia ter feito. Chamamos as prefeituras e as organizações dos municípios que fazem a gestão do Bolsa Família para tentar construir uma trajetória comum com o setor público que, na ponta, vai administrar essa filas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A economista Tereza Campello acredita que é um equívoco comparar o Auxílio Brasil — programa que deve conceder suporte financeiro aos mais pobres no país — com o Bolsa Família, programa reformulado no Governo Lula também pela Economia. Em entrevista ao UOL nesta segunda-feira (25), a também ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome do governo Dilma disse que o projeto de Jair Bolsonaro (sem partido) é desorganizado, excludente, e “calcado no preconceito e na ideia de que o pobre é pobre porque é preguiçoso”. A especialista também considera que mecanizar a assistência social desarticula o Cadastro Único (CadUn) e desumaniza o suporte aos brasileiros.

“(O Auxílio Brasil) destrói o conjunto das bases que organizaram o Bolsa Família. Como a pactuação e execução em parceria com os municípios; até agora os municípios não foram incluídos no processo de discussão e vão ser surpreendidos com uma execução que eles vão ter que implementar em 10 dias. Não foi pactuado, vai passar por cima dos municípios, destrói o Cadastro Único, que está congelado há mais de um ano. Eles (governo) criaram uma nova base, com informações superficiais, organizadas a partir de um aplicativo que já não funcionou com o auxílio emergencial em abril do ano passado. A população teve dificuldade em usar o aplicativo. Por não ter um telefone inteligente, internet, por não saber se relacionar com o aplicativo”, disse a ex-ministra.

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E continuou: “É mal feito, mal organizado. Tem acesso desumanizado, eliminando o sistema único da assistência social do processo. Isso passa a ser organizado por um robô. Calcado no preconceito e na ideia de que o pobre é pobre porque é preguiçoso. O pobre tem que se esforçar para arranjar emprego, como se a gente tivesse um país lotado de emprego e as pessoas estivessem deitadas na rede querendo ficar em casa, encostadas no Estado".

Para Campello, nem a semelhança e nem a diferença moram no nome: além de “querer ter um programa para chamar de seu”, o projeto só teria maior proximidade com o modelo petista caso expandisse o número de beneficiários e o valor do benefício. “O programa (Auxílio Brasil) tem nove diferentes benefícios, calcados não na inclusão, não em trazer essa população para dentro do Estado, as crianças para dentro da sala de aula, e garantindo atenção médica”, prosseguiu, ainda em comparação entre as bases dos dois programas, sendo o Bolsa Família articulado com a base nacional de dados, que ainda existe.

A ex-ministra também critica a rapidez com que o assunto está sendo tratado. Ela diz que ouve há três anos anúncios de que o Bolsa Família seria extinto. "Esperam a última hora, o último momento, a véspera do ano eleitoral, para, numa operação bastante atabalhoada, para dizer o mínimo, perigosa, para tratar da gravidade do ponto de vista de políticas públicas, fazer um anúncio pela metade", disse Campello.

A economista afirmou que a Medida Provisória que anunciou o novo programa, de 9 de agosto, não especifica uma série de questões que deveriam ser tratadas, como o valor do benefício, o público a ser destinado e os critérios para sua concessão.

“Me surpreendo até o Tribunal de Contas da União não ter feito nada. Me surpreendo que o presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira, não tenha devolvida a Medida Provisória, porque é uma Medida Provisória ilegal e inconstitucional”, concluiu.

As cidades pernambucanas onde o Exército é responsável pela distribuição de água através dos carros pipa também recebem, neste sábado (13), ações do Dia Nacional de Esclarecimento contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e do zika vírus. A mobilização faz parte da campanha "Zika Zero" lançada pelo Governo Federal em todo o país. 

Entre os locais que serão visitados pelos militares estão bairros de Garanhuns, no Agreste, e de Petrolina, no Sertão, mas ao contrário do que acontece na capital pernambucana e na Região Metropolitana do Recife (RMR) o foco dos grupos não serão as casas – estas também serão visitadas –, mas aqueles que administram os carros pipas. 

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De acordo com o comandante do Exército, general Villas Bôas, os pipeiros serão orientados para evitar que a água parada nos carros e durante a distribuição seja transformada em criadouro do mosquito. “É nosso trabalho e motivação fazer com que a informação chegue à população. Fomos preparados e nos planejamos para ampliar o máximo possível os meios de combate”, observou durante a cerimônia de abertura das atividades, que aconteceu no Comando da 7ª Região Militar, localizado no Engenho do Meio, zona oeste do Recife

Antes de seguir para Garanhuns, onde conversará com pipeiros, Villas Bôas esteve no bairro de Jardim São Paulo com a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello (PT). Ela também participou da abertura e, em coletiva à imprensa, defendeu a união dos poderes para reduzir os focos do mosquito.

"O processo de conscientização é a grande arma do Brasil, não podemos esperar se criar uma vacina. Todo dia é dia de combater o mosquito e de lutar nesta guerra", cravou. "Contamos com a unidade do país todo em torno deste assunto", acrescentou Campello.

Neste sábado, mais de 7 mil militares, além de membros dos Correios e agentes de endemias integraram as ações do Dia D contra o aedes. No Recife e Região Metropolitana, participam das atividades 1.345 militares, que percorrerão 31 bairros em grupos. Em todo o Nordeste, mais de 20 mil militares percorrendo as residências. 

O combate ao mosquito Aedes aegypti em Pernambuco ganhou um reforço neste sábado (13), quando mais de 7 mil militares, além de membros dos Correios e agentes de endemias integraram as ações do Dia Nacional de Esclarecimento contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunha e do Zika Vírus - mais conhecido como "Zika Zero". 

Durante a cerimônia de abertura, que aconteceu na sede do Comando Militar do Nordeste, no bairro do Engenho do Meio, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello (PT), destacou a união das esferas governamentais para o combate aos focos do mosquito. 

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"Contamos com a unidade do país todo em torno deste assunto", disse.  "Saímos às ruas hoje para conversar, orientar, mostrar o que a população deve fazer e convencê-la que este é um processo no qual todos devem fazer a sua parte. Se a população não se engajar, não vamos acabar com os criadores", acrescentou, logo após a abertura em entrevista à imprensa.

Para Tereza Campello, o principal meio de combate é a conscientização. "O processo de conscientização é a grande arma do Brasil, não podemos esperar se criar uma vacina. Todo dia é dia de combater o mosquito e de lutar nesta guerra", cravou. 

Apesar das ações combativas, os casos de Zika e microcefalia no país não reduzem. Indagada se há algum possível erro da gestão federal, Campello negou. “Não estamos errando. Na medida em que você mostra o problema ele aparece mais. Não podemos esconder o problema”, amenizou.

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Pernambuco é um dos Estados com o maior número de militares envolvidos neste Dia D, por conta das notificações das doenças causadas pelo mosquito – são 167 bebês confirmados com microcefalia. No Recife e Região Metropolitana, participam das atividades 1.345 militares, que percorrerão 31 bairros em grupos. Em todo o Nordeste, mais de 20 mil militares percorrendo as residências. 

Além dos municípios da RMR, outras cidades do Estado também recebem ações do "Zika Zero" neste sábado, entre eles Garanhuns, onde o Exército dará orientações para reduzir os focos em carros pipas.

Novas atividades - Esta é a segunda fase da campanha "Zika Zero". Na próxima sexta-feira (19), a investida dos governos acontece nas escolas da rede pública e privada. "Aí sim conseguiremos sucesso, pois as crianças convencem. As crianças são multiplicadoras, é muito importante esse trabalho de conscientização”, destacou a ministra.

Explicando como aconteceria a etapa da sexta em Pernambuco, o comandante Militar do Nordeste, general Manoel Pafiadache, disse que já está preparando palestras específicas para as faixas etárias estudantis. “Temos médicos já elaborando as duas palestras específicas para séries distintas”, reforçou. 

A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, afirmou, nesta segunda-feira (14), que o corte de R$ 10 bilhões no programa Bolsa Família “chega a ser uma burrice”. O programa teria R$ 28,2 bilhões no próximo ano, mas a redução foi confirmada pelo relator do projeto da Lei Orçamentária (LOA) para 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), na última sexta-feira (11). Campello disse que a presidente Dilma Rousseff (PT) é contrária ao corte e pediu sensibilidade aos parlamentares para rejeitar o dispositivo. 

"Cortar do Bolsa Família chega a ser uma burrice, porque não só está tirando o pouco dinheiro dos pobres como acaba afundando a economia. Esse dinheiro vai para a população mais pobre, ele tem um impacto na economia. Cada R$ 1,00 que a gente gasta no Bolsa família, retorna para a economia brasileira R$ 1,78. Aqui no Nordeste, retorna mais ainda", frisou, em entrevista a uma rádio local. O projeto da LOA deve ser votado na próxima quarta (16). 

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A ministra pediu para que a bancada nordestina se mobilizasse e votasse contra o texto. "A Comissão Mista de Orçamento é formada por muitos deputados, de muitos partidos. Quase todos os partidos têm nos apoiado contra o corte. A presidente Dilma é contra o corte. Aproveito o espaço para fazer um apelo aos deputados. Nós temos uma bancada forte, combativa, que conhece a situação do Nordeste brasileiro, que não vai deixar, ainda mais num momento de crise, que isso aconteça”, observou a ministra.

Pelas contas do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), 23 milhões de pessoas seriam retiradas do programa com o corte, cerca de 7 milhões de famílias, pela média do Bolsa Família. "Não podemos jogar em cima da população pobre o custo de uma crise", disse Tereza Campello. Em Pernambuco, o número de beneficiados pelo programa é de 3,6 milhões de pessoas.

 

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, disse nesta sexta-feira (13) que um corte no Bolsa Família pode aumentar a pobreza, a extrema pobreza e o trabalho infantil no país, e levar à retirada de 23 milhões de pessoas do programa.

Os recursos previstos para o programa na proposta de Lei Orçamentária da União para 2016 são de R$ 28,8 bilhões. O relator do Orçamento do ano que vem, deputado Ricardo Barros (PP-PR), está analisando um possível corte de R$ 10 bilhões na verba do Bolsa Família.

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“Acho que impactaria fortemente a extrema pobreza e a pobreza no Brasil, essa redução de R$ 10 bilhões. Como se distribuiria esses R$ 10 bilhões que o governo é contra cortar? Como a gente reduziria? De quem é menos pobre para quem é mais pobre, olhando a renda familiar? Teríamos um impacto, não só no nível de renda da população pobre, na extrema pobreza, como a gente teria, no curto prazo, impacto no trabalho infantil e na presença dessas crianças na escola”, disse Tereza Campello.

Com o Bolsa Família sob pressão de cortes, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, defendeu cada centavo dos R$ 28,8 bilhões previstos no Orçamento de 2016 para o programa de transferência de renda, que completa hoje 12 anos.

Qualquer corte no programa, segundo ela, terá impacto no aumento da extrema pobreza. "Essa é a opção do Brasil? Não acredito que o Congresso Nacional fará isso." Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, a ministra disse que o "debate político" está contaminado as políticas públicas e pediu o fim do "disse que disse" sobre fraudes no programa.

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Corte 'sem dó'.

Criado em 2004 pelo governo Lula, como junção de uma série de programas sociais, o Bolsa Família entrou na mira do relator-geral do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR). Ele disse à reportagem que não terá "dó" de cortar recursos do programa para compensar a frustração da arrecadação da nova CMPF, que não deve ser aprovada pelo Congresso. Fraudes no programa permitiriam o corte.

"Não está sobrando dinheiro. Os valores presentes no Orçamento do ano que vem são muito exatos. Fizemos a conta na ponta do lápis. Não fizemos uma conta aproximada", rebateu Tereza.

Segundo a ministra, fiscalizações de órgãos de controle apontam que as fraudes no programa não ultrapassam 1% das 14 milhões de famílias que ganham o benefício.

Desafio

De acordo com Tereza, há um cruzamento de dados que comprovam a condição vulnerável das pessoas que recebem o Bolsa Família. Ela disse que são checadas informações sobre trabalho, renda e até a possibilidade de o beneficiário ter morrido.

"Pouco se discute o Bolsa Família, principalmente no Sul e no Sudeste, a não ser com base em preconceitos. Vamos parar de disse que disse e vamos agir." A ministra desafiou as pessoas que afirmam conhecer "vizinho" ou "alguém" que receba o benefício sem necessidade a denunciá-lo.

De acordo com ela, o governo aprimora permanentemente os mecanismos de controle e retira, todo ano, pessoas que não merecem o benefício. Só no ano passado, 600 mil famílias deixaram de ganhar o Bolsa Família. Ao longo dos 12 anos, foram 3 milhões. Entre os canais de comunicação direta com os beneficiários, o governo anunciou ontem o lançamento de um aplicativo que pode ser baixado pela população de baixa renda.

Relação com o Congresso

Tereza disse que o Congresso precisa definir como seria a proposta. "Não dá para dizer que vai cortar R$ 10 bilhões sem dizer o que vai fazer", afirmou. Ela questiona se os parlamentares querem mudar as regras de acesso ao Bolsa Família para reduzir quase 40% no valor do benefício ou no número de famílias contempladas.

A ministra manifestou preocupação de que "esse nível de debate" sirva para trazer mais temor à população. "Esse programa é um legado do País, muito mais do que do PT", disse. Segundo ela, nos últimos anos, o Bolsa Família contribuiu para retirar 36 milhões de brasileiros da extrema pobreza, sendo 8 milhões de crianças. "Qualquer corte terá ampla consequência nesses indicadores sociais."

"É justamente no momento de maior dificuldade econômica do País que a população de baixa renda mais precisa de proteção. A discussão do Orçamento não vai poder prejudicar justamente aqueles mais vulneráveis, aqueles que mais precisam", afirmou.

Pressão

Com a ameaça de corte em um dos programas vitrines da gestão do PT, Barros, relator do Orçamento, pressiona a equipe econômica para tomar uma decisão rápida em relação a medidas de aumento de impostos. Ele já avisou que não pretende incluir a nova CPMF. Ele tem defendido enfaticamente o aumento da Cide do combustível, que não precisa de aprovação no Congresso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), instalou, nesta quarta-feira (11), o Comitê Estadual de Convivência com a Estiagem. O grupo, que já está em funcionamento desde janeiro, tem o objetivo de coordenar e articular as ações de combate à seca nos municípios do semiárido pernambucano. A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, também participou da cerimônia. 

De acordo com Paulo Câmara, o grupo deverá trabalhar a curto e longo prazo, visando minimizar os impactos da estiagem. “Não temos o controle com relação à chuva, mas podemos lutar contra a estiagem. Vamos trabalhar em cima de obras, como a instalação de cisternas, pequenas barragens e sistemas simplificados de abastecimento de água tentando minimizar a seca”, afirmou. 

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“O Comitê tem uma sistemática de trabalho e será monitorado por nós que vamos cobrar os trabalhos constantemente. Vamos trabalhar Pernambuco por inteiro, buscando que tenhamos realmente uma convivência para que o sofrimento que toda a estiagem traz seja melhor superado”, acrescentou o governador. 

Segundo ele, serão instaladas 30 mil cisternas de caráter produtivo e para o consumo, em parceria com o Governo Federal; construídas e ampliadas cerca de 900 pequenas barragens e 220 sistemas simplificados de abastecimento; implantados dessalinizadores. Além disso, também devem ser construídas médias e grandes barragens e adutoras.

As ações conjuntas da gestão estadual e federal, segundo a ministra Tereza Campello, deverão fortalecer as oportunidades dos pernambucanos conseguirem conviver com a seca. A expectativa, de acordo com ela, é de “chegar em 2016 sem ter crianças fora da escola por falta d’água”.

“Estamos entrando para o quarto ano de estiagem e quem conhece o trabalho que vem sendo feito sabe que a gente conseguiu mudar a cara do nordeste com a construção de cisternas - foram mais de 1,1 milhão delas”, argumentou. “Imagina o que seria desta estiagem sem o Bolsa Família, sem as cisternas e esse conjunto de ações que vem sendo executadas? Mas mesmo assim o povo continua sofrendo e temos que juntar ações para conseguir a convivência com o semiárido nos próximos anos”, acrescentou a gestora federal. 

O comitê será coordenado pelo secretário de Agricultura e Reforma Agrária (Sara), Nilton Mota, e terá a participação de diversos órgãos estaduais e da sociedade civil organizada. As reuniões serão mensais e sempre que necessário. Seus membros acompanharão o panorama climático, com o detalhamento do monitoramento da seca, prognósticos de chuva e evolução do volume dos reservatórios.

De passagem por Pernambuco nesta quarta-feira (11), a ministra do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Tereza Campello, reforçou a tese de que a crise econômica do país não deverá atingir as ações sociais do Governo Federal. Segundo ela, as ações voltadas para o desenvolvimento social “estão mantidas”. 

“As ações sociais do governo estão mantidas, o Bolsa Família está mantido, as nossas ações de cisternas estão garantidas. O Governo Federal, por orientação da presidente Dilma, já está reunido avaliando quais as melhores ações”, argumentou, após participar da instalação do Comitê de Convivência com a Estiagem, no Palácio do Campo das Princesas. 

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Sobre a questão da estiagem e a operação de ações sociais destinados aos locais que enfrentam a seca, como o Bolsa Estiagem, Tereza Campello cravou que a medida ideal está sendo estudada pelo Governo Federal. 

“Qual é a ação que nós vamos ter este ano vai depender, por exemplo, este ano vamos ter uma dificuldade maior no meio urbano do que no meio rural, então as medidas tem que ser compatíveis aos problemas”, observou a gestora. 

Pouco antes de participar da instalação do Comitê, a ministra esteve reunida com o governador Paulo Câmara (PSB) e secretários estaduais. Eles discutiram sobre as parcerias de Pernambuco com o Governo Federal e ampliaram as discussões sobre os programas já vigentes no estado. 

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, participa, nesta sexta-feira (6), da abertura do Encontro Regional do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) no Nordeste, no Centro de Convenções, em Olinda.

O evento, que está agendado para ser iniciado às 8h30, vai debater o funcionamento do Sistema Único da Assistência Social (Suas), centro das políticas públicas sociais no país, como o Bolsa Família e ações do Brasil Sem Miséria.

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A secretária nacional de Assistência Social do ministério, Denise Colin, também participa do encontro, apresentando painel sobre a gestão na implementação do Suas.

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, foi reconduzida nessa quinta-feira (7) ao cargo. No fim da cerimônia, em entrevista aos jornalistas, ela disse que o Programa Bolsa Família não sofrerá cortes e que o MDS, com outros ministérios, fará parte de um esforço para redução de gastos.

“Existe um esforço conjunto de reduzir custos da máquina administrativa. Sempre é possível melhorar o gasto público. Faremos parte do esforço, sem reduzir direitos. Esta é a orientação da presidenta”, salientou.

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Sobre as conquistas dos últimos anos, Tereza Campello enfatizou o investimento na área social. Para este ano, estão previstos cerca de R$ 70 bilhões. A ministra também chamou a atenção para áreas onde os recursos são gastos, como acesso à água, qualificação profissional e educação. “O grande legado dessa ação conjunta é o trabalho intersetorial com as áreas de saúde e educação”, ressaltou a ministra.

Entre os desafios da pasta para os próximos quatro anos, ela destacou a geração de oportunidades. “Temos um desafio grande com a qualificação profissional, porque nos interessa aproximar cada vez mais o público da qualificação profissional com as vagas de emprego no Brasil.”

Outro destaque foi o combate ao preconceito contra os mais pobres. “Há um esforço para reduzir o preconceito contra a população pobre, que é trabalhadora e quer oportunidades. Este esforço é de todo Brasil”.

No discurso, Tereza Campello registrou as ações realizadas pelo ministério. Lembrou, por exemplo, a antecipação do cumprimento de metas do Programa Brasil sem Miséria. “Fizemos tudo que nos comprometemos a fazer. Aliás, fizemos mais do que prometemos. Batemos todas as metas antes do prazo”, concluiu.

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, disse nesta quarta-feira, 7, que a luta contra o preconceito contra os pobres será um desafio para a próxima gestão da presidente Dilma Rousseff. A declaração ocorre após a realização de uma campanha eleitoral em que os beneficiários de programas sociais se transformaram em alvo de ataques na redes sociais.

"Eu sempre digo uma frase que eu acho que tem que nortear também a nossa agenda no próximo período: ‘Foi muito mais fácil acabar com a miséria do que acabar com o preconceito contra os pobres’. Essa certamente é uma agenda do próximo período. A luta contra o preconceito se mantém como um desafio na nossa próxima gestão", discursou Tereza, que já ocupava o cargo no primeiro mandato de Dilma, durante cerimônia realizada hoje em Brasília na qual foi reconduzida ao cargo.

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A solenidade foi prestigiada por representantes de movimentos sociais e por seis colegas de Esplanada. O auditório do Ministério do Planejamento, local do evento, ficou lotado e a ministra foi muito aplaudida.

"Somos exportadores de tecnologias sociais e, ao mesmo tempo, parte das nossas conquistas é completamente desconhecida da maioria dos brasileiros. O acesso à informação é o melhor remédio contra o preconceito", disse a ministra.

Comparações

Retomando o tom de discurso da campanha à reeleição da presidente, marcada pela comparação dos governos Lula e Dilma aos oito anos da gestão de Fernando Henrique Cardoso, Tereza destacou que "nunca se gastou tanto na assistência social" como hoje.

"Um ano de gasto da assistência social do governo da presidenta Dilma equivale a tudo que se gastou, somado, em termos reais, nos oito anos de governo do presidente Fernando Henrique Cardoso", comentou. "A cada dois meses do governo Dilma, se gasta em transferência de renda mais do que se gastou em todos os oito anos somados do governo do presidente FHC", completou a ministra.

No ano passado, Dilma anunciou reajuste de 10% no benefício do Bolsa Família, em pronunciamento veiculado em rede nacional de rádio e televisão no Dia do Trabalho, antes do início oficial da campanha eleitoral. O então candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, disse que ia manter e aprimorar o programa caso fosse eleito, prometendo inclusive bônus para os beneficiários que cumprissem determinassem requisitos, como fazer cursos de qualificação profissional. "Foi decisão política de colocar o orçamento a favor dos pobres, de colocar os pobres no centro da agenda", afirmou Tereza.

Números

Quando Dilma assumiu o governo em 2011, existiam cerca de 13 milhões famílias cadastradas no Bolsa Família, o principal programa de transferência de renda do governo. Hoje são quase 14 milhões.

O principal diferencial do primeiro mandato de Dilma, em relação ao seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, foi o programa Brasil Sem Miséria, lançado em junho de 2001. Ele surgiu após a constatação de que boa parte das famílias beneficiadas pelo Bolsa Família continuava abaixo da linha de extrema pobreza. Com o reforço da renda repassada a esses grupos, 22 milhões de pessoas conseguiram superar a extrema pobreza em pouco mais de três anos, segundo o livro O Brasil Sem Miséria, mencionado pela ministra na sua posse hoje.

No mesmo período, o valor médio do benefício repassado às famílias passou de R$ 94 para R$ 170. Entre as mais pobres, variou de R$ 107 para R$ 242.

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, foi reconduzida nesta quarta-feira (7) ao cargo. No fim da cerimônia, em entrevista aos jornalistas ela disse que o Programa Bolsa Família não sofrerá cortes e que o MDS, com outros Ministérios, fará parte de um esforço para redução de gastos.

“Existe um esforço conjunto de reduzir custos da maquina administrativa. Sempre é possível melhorar o gasto público. Faremos parte do esforço, sem reduzir direitos. Esta é a orientação da presidenta”, salientou.

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Sobre as conquistas dos últimos anos, Tereza Campello enfatizou o investimento na área social. Para este ano, estão previstos cerca de R$ 70 bilhões. A ministra também chamou atenção para áreas onde os recursos são gastos, como acesso à água, qualificação profissional e educação. “Acho que o grande legado dessa ação conjunta é o trabalho intersetorial com as áreas de saúde e educação”, ressaltou a ministra 

Entre os desafios da pasta para os próximos quatro anos de governo, ela destacou a geração de oportunidades. “Temos um desafio grande com a qualificação profissional, porque nos interessa aproximar cada vez mais o público da qualificação profissional com as vagas de emprego no Brasil”.

Outro destaque foi a luta contra o preconceito à população mais pobre. “Há um esforço para reduzir o preconceito contra a população pobre, que é trabalhadora e quer oportunidades. Este esforço é de todo Brasil”.

No discurso de posse, Tereza Campello registrou as ações realizadas pelo ministério. Lembrou, por exemplo, a antecipação do cumprimento de metas do Programa Brasil sem Miséria. “Fizemos tudo que nos comprometemos a fazer. Aliás, fizemos mais do que prometemos. Batemos todas as metas antes do prazo”, concluiu.

O Brasil e mais 12 países foram premiados neste domingo (30) pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) pelo progressos obtidos na luta contra a fome, entre eles a redução da proporção de subnutridos e do número absoluto de pessoas com fome. A premiação foi entregue na sede da entidade, em Roma.

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, recebeu o prêmio em nome do Brasil.  Também tiveram reconhecidos pela FAO seus esforços no combate à fome: Camarões, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Irã, Kiribati, Malásia, Mauritânia, Ilhas Maurício, México, Filipinas e Uruguai.

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O diretor da organização, José Graziano, elogiou as iniciativas que levaram os 13 países aos progressos recentes no combate à fome, mas lembrou que ainda há muito a fazer para erradicar o problema globalmente.

“Vocês superaram grandes desafios em condições econômicas globais e ambientes políticos difíceis. Vocês demonstraram vontade e mobilizaram os meios”, disse Graziano aos representantes dos países vencedores. “Vocês confirmaram que acabar com a fome e a desnutrição no nosso tempo é um desafio, mas também mostraram que é viável”, acrescentou, de acordo com informações da FAO.

Segundo Graziano, apesar dos avanços, 805 milhões de pessoas no mundo ainda sofrem de desnutrição crônica. “É necessário melhorar a qualidade e eficiência dos sistemas alimentares, promover o desenvolvimento rural, aumentar a produtividade, aumentar a renda rural, melhorar o acesso aos alimentos e reforçar a proteção social”, listou.

Entre os esforços reconhecidos pela FAO estão o cumprimento antecipado do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) 1, de reduzir pela metade a proporção de pessoas com fome até 2015, e a meta proposta durante a Cúpula Mundial da Alimentação (CMA), em 1996, de reduzir pela metade o número absoluto de pessoas com fome também até 2015. O Brasil, Camarões e o Uruguai alcançaram as duas metas antecipadamente este ano.

Ao todo, segundo a FAO, 63 países em desenvolvimento atingiram a Meta 1 dos ODM, e mais seis devem alcançá-la em 2015. Dos 63, 25 também alcançaram a meta da CMA.

O Brasil, de acordo com a organização da ONU, avançou por colocar o combate à desnutrição no centro da agenda política, desde a implantação o Programa Fome Zero, em 2003, combinado com programas de apoio à agricultura familiar. A ligação entre proteção e apoio produtivo contribuiu para a geração de empregos e aumento real dos salários, levando à redução da fome e das desigualdades.

A fome deixou de ser um problema estrutural brasileiro para se tornar um fenômeno isolado, disse nesta terça-feria (16), a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, reforçando o que aponta a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em um relatório sobre a situação alimentar no mundo.

Segundo a entidade, o Brasil é um dos países de maior destaque entre o grupo de 63 nações em desenvolvimento que atingiram a meta de reduzir à metade a proporção de pessoas subnutridas até 2015. Mas ainda há 3,4 milhões de pessoas que não comem o suficiente para levar uma vida ativa e saudável. O universo corresponde a 1,7% da população brasileira. Para a FAO, quando o percentual da população subnutrida é inferior a 5%, o problema deixa de ser estrutural.

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“O país tem muito o que comemorar. É uma vitória, mas não achamos que nossa missão terminou. Pelo contrário. Isso torna nossa tarefa muito mais complexa, pois após a construção de políticas públicas bem-sucedidas, temos agora que partir para estratégias muito mais focalizadas, procurando identificar a população que continua em situação de insegurança alimentar. É um novo patamar”, disse a ministra. Segundo Tereza Campello, os 3,4 milhões de pessoas que ainda não comem o suficiente estão distribuídas por todo o país, vivendo em comunidades indígenas, quilombolas e isoladas; nas ruas e entre alguns grupos de ciganos.

Em seu relatório, a FAO destaca os resultados alcançados pelo Brasil como um caso de sucesso mundial. O país mereceu inclusive um estudo específico sobre as estratégias adotadas para combater a fome e a subnutrição. “O Brasil é hoje uma referência internacional de combate à fome. As experiências exitosas como transferência de renda, compras diretas para aquisição de alimentos, capacitação técnica de pequenos produtores, entre outras, estão sendo transferidas para outros países”, destaca a FAO na publicação intitulada O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil: Um Retrato Multidimensional.

Perguntada sobre quais fatores mais contribuíram para o resultado alcançado - se o Programa Bolsa Família, o aumento da renda da parcela mais pobre da população ou a crescente oferta de alimentos -, a ministra destacou o sucesso do conjunto de políticas públicas adotadas ao longo dos últimos anos.

“O aumento da renda é um diferencial e o fator que mais acentuou a redução da subnutrição, mas destaco a importância de outras iniciativas”, disse a ministra. “Tendo acesso à renda por meio do aumento salarial, do número de pessoas empregadas com salário digno e do Bolsa Família, as pessoas passaram a poder se alimentar melhor. Melhoramos também a produção e distribuição de alimentos com políticas como o programa de merenda escolar, que beneficia 43 milhões de crianças e jovens com refeições, e que pesa tanto quanto o aumento da renda”, disse a ministra, reconhecendo que, desde a década de 1990, a parcela da população subalimentada no Brasil vem caindo.

Dez anos depois da criação do Bolsa Família, em 2003, estudos apontam que o programa melhorou indicadores de saúde e contribuiu para o empoderamento da mulher e o desenvolvimento regional, disse nesta quarta-feira (30) a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.

Em cerimônia em comemoração aos dez anos do programa, a ministra destacou que a iniciativa foi decisiva para diminuir a desigualdade educacional no país, porque cresceu a proporção de crianças com 15 anos na série escolar adequada entre os 20% mais pobres. Segundo a ministra, a distância entre esse grupo e o restante da população caiu 37% no período. A frequência escolar é condição para a família receber o benefício.

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De acordo com a ministra, 15 milhões de alunos são beneficiados pelo programa. Tereza Campello informou que a taxa de permanência das crianças do programa é maior em todos os períodos do ciclo escolar e o índice de aprovação dos alunos já alcançou a média nacional, tendo superado esse patamar no ensino médio. No Nordeste, por exemplo, a taxa de aprovação dos beneficiários está acima da média nacional em todo o ciclo escolar.

"O programa garantiu as crianças na escola, melhorou a taxa de aprovação e contribuiu para todo o sistema de ensino, reduzindo as desigualdades nas trajetórias educacionais", disse. "Pela primeira vez, temos um indicador social entre os mais pobres superior à média nacional", acrescentou.

Na área da saúde, ela destacou que a taxa de frequência das gestantes do Bolsa Família ao pré-natal é 50% superior em comparação a das não beneficiárias em condições semelhantes, o que contribuiu para a queda de 14% no índice de crianças prematuras. Além disso, 99,1% das crianças do programa são vacinadas. No período, os dados revelam, ainda segundo a ministra, que as mortes por diarreia caíram 46% e por desnutrição, 58%, nos municípios com alta cobertura.

"Esses estudos evidenciam que, no caso das crianças do Bolsa Família, os efeitos virtuosos se acumularam. A mãe fez pré-natal, se alimentou, o menino nasceu com peso adequado, forte, tomou as vacinas, foi acompanhado, comeu direito e venceu, ultrapassou uma barreira e está onde seus pais nunca estiveram. Aos 5 anos, está em condição similar à das demais crianças e pronta para entrar na escola", disse a ministra.

Atualmente, o programa atende a 13,8 milhões de famílias em todo o território nacional. "A redução da extrema pobreza no Brasil chegou a 89% na década", disse.Um estudo apresentado este mês pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que o Bolsa Família também estimula a economia do país, por meio do consumo da camada mais pobre da população. Segundo o estudo, cada R$ 1 investido no programa de transferência de renda provoca aumento de R$ 1,78 no Produto Interno Bruto (PIB).

Presente à cerimônia, a moradora de Guaíba (RS), Odete Terezinha Dela Vachio, 45 anos, uma das beneficiárias, disse que o benefício ajuda na qualificação. "Ele ajuda as pessoas a se qualificarem. Tenho muitas mulheres amigas que seguiram esse caminho”, disse, contando que trabalhava como auxiliar de produção em uma indústria. Com a qualificação profissional obtida por meio dos cursos oferecidos pelo Brasil Sem Miséria, formou-se carpinteira e armadora de ferragens e trabalha, atualmente, em uma empresa de construção civil, ampliando a renda.

A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o programa Bolsa Família não existiria sem uma "determinação política" para transferir recursos para os mais pobres. Em ato em Brasília, de celebração de 10 anos do programa de transferência de renda condicionada, tido pelo governo como o maior do mundo, Tereza exaltou a atuação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um dos presentes ao encontro.

"Nós sabemos que a engenharia política e a liderança foi sua, que o cartão seria entregue às mulheres, (também foi ideia) sua. As decisões se mostraram acertadas. Hoje é fácil defender o Bolsa Família, mas nem sempre foi assim. Agora, a discussão não pode mais se dar no campo ideológico, basta de achismo, basta de suposições. Temos dados, estatísticas e estudos que sepultam os mitos e os preconceitos e comprovam os benefícios do Bolsa Família", afirmou.

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Em um discurso entremeado de palmas, a ministra exemplificou que a taxa de aprovação no ensino médio dos estudantes integrantes do programa é superior a da média nacional. Segundo ela, o programa tem efeitos cumulativos. "Elas (crianças) têm acesso à merenda melhor, são mais expostas ao ambiente escolar, porque têm frequência mínima exigida de 85%", destacou.

Tereza Campello disse que o programa contribuiu para a redução das desigualdades. Mas destacou que o Brasil sem Miséria, lançado pela presidente Dilma Rousseff em 2011, complementou o Bolsa Família. "Foi possível dar mais um salto, a presidente Dilma construiu o Brasil sem Miséria. Com o Brasil sem Miséria não admitimos que nenhum brasileiro ganhe menos do que R$ 70", afirmou. "Se somarmos o Brasil Sem Miséria ao Bolsa Família original, podemos dizer que ele é responsável por manter 36 milhões de brasileiros acima da extrema pobreza", completou.

Ministros e prefeitos pernambucanos se encontram nesta segunda-feira (2), em Gravatá, para uma reunião direcionada para esclarecer as técnicas sobre os programas da União direcionados ao fortalecimento municipal. A iniciativa foi intermediada pelos senadores Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro (PTB). Dentre os gestores das pastas nacionais devem participar a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, a ministra do Planejamento, Mirian Belchior, e a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello. 

Além delas, técnicos de doze ministérios, representantes da Funasa, Controladoria-Geral da União e Caixa Econômica Federal, estarão à disposição dos prefeitos e de seus assessores para prestar esclarecimentos sobre as parcerias firmadas entre os municípios e a União. Oficina sobre Regime Próprio de Previdência dos Municípios e palestras sobre Políticas de Saúde e Educação, devem preencher o dia, juntamente com os atendimentos especializados. 

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“Esta será uma oportunidade importante para que os gestores possam buscar dados detalhados com os principais ministérios de interesse de suas regiões específicas. Tenho certeza de que o resultado dessa parceria entre o governo federal e os municípios será fundamental para qualificar a gestão pública e aumentar o repasse de verba federal às cidades”, destacou Ideli Salvatti.

Na programação do encontro, consta como participante da mesa de abertura o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que ainda não confirmou a participação no evento. Além dele também devem participar da abertura do encontro o prefeito de Gravatá, Bruno Martiniano(PTB), e o prefeito de Afogados da Ingazeira e da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota (PSB). 

 

O PSDB está cobrando novos esclarecimentos do Governo Federal sobre a antecipação do pagamento do Bolsa Família, que acabou gerando tumulto em todo o País. De acordo com a nota do partido, divulgada no fim da tarde desta terça-feira (16), a legenda apresentou requerimento de convocação da ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello (PT) para falar sobre o caso.

O partido espera que a ministra esclareça a contradição entre as versões do presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, e do próprio Ministério do Desenvolvimento social sobre o pagamento do benefício.

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No fim de maio, o presidente da Caixa havia declarado à imprensa que o Ministério do Desenvolvimento Social foi informado previamente da antecipação do pagamento dos benefícios, contrariando uma portaria da pasta que só autoriza esse tipo de antecipação mediante o seu aval.

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, classificou há pouco de "lamentável" o boato segundo o qual o Bolsa Família iria acabar. Os rumores sobre o suposto fim do programa no final de semana levaram milhares de pessoas às agências bancárias da Caixa para realizar saques, o que causou confusão e tumulto. "Estamos aqui para garantir o Bolsa Família e para anunciar não só a sua continuidade como o seu fortalecimento", disse a ministra, que é a convidada desta terça-feira (21), do Programa 'Bom Dia, Ministro', produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Perguntada por um jornalista do Recife (PE) sobre as declarações de Maria do Rosário, ministra dos Direitos Humanos, que, na manhã de segunda-feira (20), associou os boatos à oposição, a ministra Tereza Campello minimizou a situação. "De fato a Maria do Rosário falou isso ontem, mas logo em seguida se retratou. O importante é que hoje a Polícia Federal está investigando", disse. A Polícia Federal instaurou, no Distrito Federal, inquérito para apurar os boatos. A PF informou que inicialmente ouvirá as primeiras pessoas que sacaram os benefícios nos Estados do Nordeste.

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De acordo com a ministra, o governo vai começar a monitorar também os pagamentos do Bolsa Família nos finais de semana para que o problema "não volte a acontecer". "Cabe a todos nós garantir que isso não volte a se repetir", resumiu.

Redes sociais

Para Tereza Campello, as redes sociais contribuíram para que o boato se alastrasse. "O boato também se espalhou por causa das redes sociais, até por causa do próprio desespero da população", disse. Os rumores levaram milhares de pessoas às agências da Caixa para fazer saques, principalmente em capitais do Nordeste, o que gerou confusão no final de semana.

Teresa Campello informou ainda que, devido ao tumulto nas agências, a Caixa decidiu permitir a antecipação do pagamento do benefício, embora pelo calendário oficial o repasse estivesse previsto apenas para famílias beneficiadas com cartão de final 1. Essa possibilidade, no entanto, já foi encerrada pelo banco e os pagamentos voltaram a ocorrer de acordo com o calendário do Ministério.

A ministra afirmou não saber a quem interessaria espalhar os boatos. "Não acredito que desorganizar e desestabilizar o Bolsa Família possa interessar a alguém. O principal prejudicado foi a população".

Por diversas vezes Tereza Campello reforçou que os repasses do programa estão garantidos. "O dinheiro (do Bolsa Família) está garantido. Nunca houve a menor possibilidade (de o programa acabar). O recurso do Bolsa Família nunca foi contingenciado. Nunca faltou dinheiro do Bolsa Família: isso nunca aconteceu e não vai acontecer".

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