Tópicos | Edilene Maria da Silva

Após uma passageira de 39 anos ser baleada na cabeça e morta dentro de uma vagão do metrô do Recife, na noite da quinta-feira (1º), a Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso na manhã desta sexta-feira (2). Imagens do circuito das câmeras de seguranças das estações,  monitoradas pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), podem ajudar na investigação. 

De acordo com o delegado Ricardo Silveira, da 3ª Delegacia de Polícia de Homicídios, duas testemunhas presentes no local na hora do crime já foram ouvidas e afirmaram que o disparo que vitimou Edilene Maria da Silva partiu de um suposto policial. Por volta das 21h20, ele teria efetuado os disparos na intenção de balear os assaltantes, mas acabou atingindo a passageira. 

##RECOMENDA##

À frente da investigação, Silveira esclareceu que durante o assalto, a passageira resistiu à abordagem da dupla de assaltantes e um deles afirmou que iria matá-la. "O que sabemos é que nesse momento, um outro passageiro se levantou, deu ordem de prisão aos bandidos e sacou uma arma", disse. Para o delegado, a versão colhida das testemunhas em depoimento é essencial para a investigação do caso, já que dentro do vagão não há câmeras de segurança, de acordo com a CBTU. "Apesar de agir como um policial, ainda é cedo para cravar que era um oficial à paisana", declarou. 

Segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), a usuária foi ferida quando o trem estava se deslocando entre a Estação Shopping e a Estação Imbiribeira, na Zona Sul do Recife. Para ajudar na identificação dos envolvidos no crime, as testemunhas descreveram os dois assaltantes como jovens com cerca de 20 anos. 

Já o suposto autor dos disparos estava vestido com uma camisa amarela e uma calça jeans. Ele aparentava ter 40 anos, é careca e tem um porte físico forte. Após o disparo atingir a vítima, o homem desceu na Estação Imbiribeira. "Possivelmente, a dupla de assaltantes também desceu no mesmo local, ainda não temos certeza", informou Silveira.

De acordo com o perito do Instituto de Criminalística (IC) à frente do caso, Antônio Neto, a perícia só foi realizada na manhã desta sexta-feira (2) porque a estação já estava fechada ontem a noite quando a equipe chegou ao local. "Encontrei uma impactação de projétil de arma de fogo que ricocheteou em uma das hastes que dá suporte aos passageiros. No local, também recolhemos um fragmento da bala, mas ainda não sabemos o calibre", explicou.

Pelo formato da cena do crime, perito acredita que a vítima recebeu o tiro na cabeça em pé e em seguida caiu no piso do vagão, se apoiando nas cadeiras do metrô. "Ainda não temos muitas evidências porque tudo que foi recolhido do local vai ser analisado no laboratório", afirmou. O Instituto de Criminalística tem dez dias para concluir o laudo pericial.

O deleagdo pede que testemunhas que presenciaram o crime ou tenham informações sobre o caso procurem a 3ª Delegacia de Homicídios, localizada na rua Doutor João Lacerda, no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste da capital pernambucana. O telefone é o (81) 3184.3553.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando