Tópicos | Em canto e poesia

As bandas e artistas que se apresentaram na primeira noite do Abril pro Rock, nesta sexta (29), aproveitaram o momento para, além de divertir o público, colocar suas posições políticas. Os músicos usaram a música como meio para seus discursos colocando o atual cenário político do país no palco do festival.

Usando uma máscara do tipo 'ninja', o pernambucano Pierre Tenório declamou os versos do escritor Alexandre Revoredo em que dizia: "Lutemos com a mão no peito. Golpistas não passarão". A bandavoou emendou um discreto coro de "Fora Cunha", no refrão de uma de suas músicas e a Em Canto e Poesia perguntou em formato de poesia popular: "Reformar o que, o sistema ou você?". Já a cantora Alice Caymmi deixou uma mensagem sutil logo após interpretar a canção Me dê motivo, de Tim Maia dizendo: "É o recado, Brasil". 

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O músico do Sul, Fillipe Cato, antes mesmo de subir ao palco já garantiu a presença do tema em sua apresentação "Este show fala de coisas muito latentes, questões muito presentes. Acho que isso é importante dentro da cofiguração que a gente tá vivendo hoje", disse em entrevista ao Portal LeiaJá. Durante a apresentação, o gaúcho falou da importância de haver um espaço como este para que os artistas pudessem passar suas mensagens. O público reagia a cada incitação com gritos e aplausos sem manifestações mais expressivas.

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A primeira noite do 24º Abril pro Rock foi bastante pernambucana. Das nove atrações do line up, quatro eram do Estado onde o festival nasceu e fez história. Nesta sexta (29), o início da festa foi ao som do mais genuíno sotaque nordestino com as apresentações de Pierre Tenório, Em Canto e Poesia, bandavoou e Graxa.

Diretamente da cidade de Belo Jardim, Pierre Tenório foi o primeiro a subir ao palco com a responsabilidade de abrir os trabalhos. Ele conseguiu botar o pouco público presente pra dançar numa apresentação performática com direito a poesia, discurso político e malemolência. Ao final do show, o artista deixou um recado: "Nosso tempo está acabando, de começar". Em seguida, a bandavoou assumiu o segundo palco com suas batidas leves e dançantes. A banda já possui um público cativo pelas participações em diversos festivais.

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Terceira atração da noite, a Em Canto e Poesia, de São José do Egito apresentou um som vigoroso carregado de poesia popular. O som do grupo botou todo mundo pra dançar numa mistura de reggae, rock e ritmos tradicionais pernambucanos como o coco de roda. O músico Graxa foi o último pernambucano a subir ao palco. Ele mostrou seu som maduro, lapidado pela passagem por diversas bandas importantes da cena independente do Recife desde 2004 - como Canivetes e Insistes - em melodias que transitam pelo rock, black music e folk.  

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O domingo do Teatro Santa Isabel vai ser cheio de poesia e apresentações culturais. O projeto Farra Poética, realizado pelo Sesc Santa Rita, leva para o palco do Santa Isabel recitais poéticos, que são abertos à participação do público, intervenções literárias e as apresentações dos grupos BemDita e Em Canto e Poesia. A entrada é gratuita. 

Às 14h, as escritoras Joshi Guimarães, Adélia Coelho e Renata Santana apresentam seus trabalhos através de performances e leituras. Em seguida, às 16h, o grupo BemDita, integrado pelas poetas e declamadoras Mariane Bigio, Rita Marize e Susana Morais, reverenciam grandes nomes da literatura feita por mulheres ao redor do mundo passeando pelo cordel, verso livre e prosa. 

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Encerrando a programação, o grupo Em Canto e Poesia - formado pelos integrantes Greg Marinho (voz e cordas), Antonio Marinho (voz e efeitos), Miguel Marinho (voz e pandeiro) e Nego Henrique (percussão e efeitos) - mostram ao público todas as referências de sua terra, São José do Egito, no Sertão pernambucano.

Serviço

Farra Poética

Domingo (30)| 14h

Teatro Santa Isabel (Praça da República, s/n - Santo Antônio)

(81) 3355 3323

De volta à rua após dois anos em espaço fechado, a Festa do Livro encerra A letra e a voz – 11º Festival Recifense de Literatura neste sábado (31) e domingo (1º), de 10h às 19h, na Praça do Arsenal, localizada no Bairro do Recife. A programação conta com uma feira de livros para todas as idades e atrações musicais, como Ivanildo Vilanova e a Cordelândia. 

O público encontrará 24 estandes na Praça do Arsenal entre editoras locais e livreiros da cidade. A novidade deste ano é que o processo de seleção democratizou ainda mais a participação dos livreiros, sebos e editores, a partir da convocatória pública, que incentiva a participação popular legalizada. Foram 18 selecionados e cinco editoras foram convidadas como a UBE (União Brasileira de Escritores), CEPE, Bagaço, Carpe Diem e Tarcísios Edições.

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Além disso, os Agentes de Leitura, programa da Prefeitura do Recife, estarão presentes na festa interagindo com o público em três pontos da ciclofaixa Dona Lindu, Jaqueira, Lagoa do Araçá e também na Praça do Arsenal onde acontece o evento. Durante a festa um microfone estará aberto para as performances. Além disso, um ônibus da UTEC (Unidade de Tecnologia na Educação e Cidadania) estará no local para utilização do público equipado com computadores (notebook), impressora, TV, conexão à internet, ambiente climatizado, elevador e rampa para pessoas com dificuldade de locomoção.

A animação do encerramento da A letra e a voz – 11º Festival Recifense de Literatura ficará por conta do grupo Pantera Cordelaria, o Cordel Animado com a dupla Camila e Mila Bigio, os músicos Ivanildo Vilanova e Rogério Menezes, além da banda infantil Cordelândia e o grupo direto de São José do Egito, Em canto e poesia. 

Serviço

A letra e a voz – 11º Festival Recifense de Literatura

Sábado (31) e Domingo (1º) l 10h às 19h

Praça do Arsenal (Bairro do Recife)

Gratuito

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