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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quarta-feira (19) que a postura do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, é "triste" e que ele se comporta como um adolescente ao agredir o Congresso.

Augusto Heleno disse durante a reunião de ministros com o presidente Jair Bolsonaro que o governo não deveria ceder "às chantagens" do Congresso e orientou o presidente a "convocar o povo às ruas".

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"Nós não podemos aceitar esses caras chantagearem a gente o tempo todo", disse Heleno em um áudio captado em transmissão ao vivo da Presidência pela Internet, segundo o jornal O Globo.

Maia respondeu Augusto Heleno e afirmou que a fala do ministro em relação ao Congresso não era a mesma quando os parlamentares estavam votando o salário dos militares da reserva.

"Geralmente, na vida, quando a gente vai ficando mais velho, a gente vai ganhando equilíbrio, experiência e paciência. O ministro, pelo jeito, está ficando mais velho e está falando como um jovem, um estudante no auge da sua juventude. É uma pena que o ministro com tantos títulos tenha se transformado em um radical ideológico contra a democracia, contra o Parlamento. Muito triste. Não vi por parte dele nenhum tipo de ataque quando a gente estava votando o aumento do salário dele como militar da reserva", disse Maia, citado pelo jornal O Globo.

O presidente da Câmara completou dizendo que a postura de Augusto Heleno seria melhor aproveitada em um "gabinete de rede social, tuitando, agredindo, como muitos têm feito".

"Não é a primeira vez que ele ataca, mas dessa vez veio a público. É uma pena. Todos nós sabemos da competência dele na carreira militar. É uma pena que ele considere a relação com um Parlamento que tanto tem produzido para o Brasil, muitas vezes em conjunto com o governo, principalmente com a equipe econômica, como um Parlamento que quer chantagear. Muito pelo contrário. Esse Parlamento se quisesse apenas deixar as pautas correrem soltas, o governo não ganhava nada aqui dentro. Tudo é feito por responsabilidade com o Brasil", afirmou Maia.

Da Sputnik Brasil

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