Tópicos | escolhas de cursos

Encontrar pais desejando que os filhos cursem Medicina ou mesmo os próprios estudantes optando por essa profissão é bem comum de se ver. Já a escolha por Odontologia é dito, muitas vezes, como uma alternativa ao sonho de ser médico. Mas, indiscutívelmente, essas áreas da saúde reina na classificação das escolhas universitárias. A consequência desse fato é justamente a performance no mercado de trabalho de cada uma dessas profissões e, o que comprova isso, é o estudo Perspectivas Profissionais - nível técnico e superior, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) - fundação vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República -, divulgado nesta quarta-feria (3). 

No ranking multivariado de carreiras universitárias e mercado de trabalho, na tabela, disposta na pesquisa, a profissão que ocupa o primeiro lugar é Medicina. Liderando uma média salarial de R$ 8.459,45, faz 41,94 horas semanais, tem taxa de ocupação de 97,07% e cobertura previdenciária de 93,38%. Já Odontologia fica no segundo lugar, com sálario de R$ 5.367,31, 38,24 horas semanais, ocupação de 96,22 e cobertura previdenciária 83,23.

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A estudante Taciana Dantas, de 17 anos, já sabia o que queria desde os 15. "Eu quero ser médica para ajudar as pessoas. Não me imagino fazendo outra coisa. O único ponto negativo nisso é que as vezes terei que dar notícias ruins", conclui a pré-vesibulanda, que cursa o segundo ano do Ensino Médio. Ao compartilhar o sonho com a mãe, Taciana recebeu apoio, mas, ao mesmo tempo, uma pontinha de reprovação devido à dedicação em excesso exigida aos médicos. "Ela apoiou, no entanto, deixou claro que é uma profissão que vai tomar todo o meu tempo", afirma. 

Enquanto isso, a estudante do terceiro ano do Ensino Médio Ellen Lopes, que está fazendo vestibular para Odontologia, tinha o desejo desde pequena. "Nunca me deixei influenciar por ninguém e, como vou muito ao dentista, acabei criando um apreço por essa profissão", disse, completando sua linha de pensamento com a opinião de que "não concordo com quem diz que Odontologia é pra quem não passou em Medicina, pra mim são áreas bem diferentes. Quem faz isso é só pra não ficar parado e entrar na área de saúde com a nota que tirou. Mas não é o meu caso e não concordo com essa afirmação".  

Ainda sobre a disputa dos cursos da área de saúde, também de acordo com o estudo, Medicina já era líder no ranking desde a década passada e, hoje, ganha disparadamente com um índice de 30% a mais que a segunda colocada, Odontologia. "Essa pesquisa mostra onde falta mão de obra e ajuda a mapear o grau de escassez em vários segmentos do mercado de trabalho. Além disso, temos o objetivo de informar os jovens, o cidadão comum, que estão fazendo suas escolhas de cursos", afirma o presidente do Ipea, Marcelo Neri.

Outras profissões - Em contraponto aos ovos dourados do mercado de trabalho, outra constatação importante feita pela pesquisa é de que são os atuantes na área de Religião são os que recebe menos, com uma média de salário de R$ 2.175,00. Já quem trabalha mais são os engenheiros mecânicos, com 42,9 horas semanais, e quem tem a menor carga horária semanal são os formados em física, com 34,6 horas.

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