Nesta segunda-feira (11), várias gerações se renderam à folia no bloco Pau e Corda, no Marco Zero, no bairro do Recife. Catorze agremiações fizeram o público se divertir ao som dos instrumentos de pau e corda e de letras de músicas que falavam de saudade e recordações de antigas paixões.

Também se apresentaram os tradicionais Bloco das Flores, Bloco Carnavalesco Misto Madeira do Rosarinho, Bloco Flor da Lira entre outros.  

Com informações da assessoria

O Troça Mista Etílica Carnavalesca Amantes de Glória animou os foliões no bairro do Recife nesta segunda-feira (11). O bloco foi idealizado por estudantes de jornalismo, psicologia e publicidade no ano de 1997, após discussão sobre a trama de filmes que haviam assistido.

Segundo o Rei da Troça, Paulo Aguiar, o bloco não é previamente organizado. “Nos reunimos todas as segundas-feiras de Carnaval e saímos pelas ruas arrastando quem estiver no caminho”, comenta. O nome da troça foi escolhido com facilidade.” Glória era a mulher perfeita, uma arqueira imaginada que aparece apenas durante o Carnaval”, completa Paulo.

Com informações da assessoria

Mais de 400 palhaços animaram foliões que desfilaram pelas ruas do bairro do Recife nesta segunda-feira (11). O bloco Segunda tem Palhaço surdiu no ano de 2008 como uma maneira de homenagear os artistas que não se apresentam em circos.

O presidente Pedro Soares ressalta a importância do bloco: “Nosso objetivo é chamar atenção para aquele palhaço pobre, que não tem emprego fixo, mas que todo dia se caracteriza para alegrar as pessoas e garantir seu sustento”, comenta.

A Zona Norte do Recife curtiu uma noite de carnaval feita para a população local. No pátio da feira de Casa Amarela, a cantora pernambucana Mônica Feijó cantou músicas bastante conhecidas dos foliões, samba, frevo, e até o brega romântico de Reginaldo Rossi estavam presentes no repertório da cantora. O público por sua vez entrou na brincadeira e cantou junto.

Além de Mônica Feijó o polo de Casa Amarela recebeu nesta madrugada o sambista Jorge Aragão. Oriundo de Padre Miguel, subúrbio do Rio de Janeiro fez a platéia ir ao delírio, quando a 1h  subiu no palco. Apesar do atraso de uma hora no inicio do show, Jorge atendeu aos jornalistas e convidados reafirmando sua fama de gentil e solicito. O prefeito do Recife Geraldo Julio, a primeira dama e assessores compareceram a festa. Geraldo subiu aos bastidores onde cantou e dançou as musicas de Aragão, chamado pelo artista ao palco.

Geraldo presenteou o sambista com uma camisa onde estava escrito “Eu amo o Recife”.  Devido ao pouco tempo, Jorge Aragão não conseguiu comer a macaxeira com charque que pediu como prato principal em seu camarim a organização do evento.

O sambista declarou que estava muito lisonjeado de poder comparecer a esta festa, lembrou da primeira vez que veio ao Nordeste trazido por Martinho da Vila, (Jorge era cavaquinista de Martinho). “Eu percebo isto como um reconhecimento ao dom que tenho de fazer samba. São 40 anos de carreira, eu já tenho 63 anos, e quando vejo todo mundo cantar a minha música, me sinto muito privilegiado. Mas isso não é uma mágica é a minha essência o samba está em mim.”

O reduto da cultura de raiz em Pernambuco, a população de Casa Amarela esperava ávida pelas apresentações e desde cedo famílias chegavam aos locais da festa trazendo consigo, bancos, cadeiras, mesas e bebidas. Devidamente equipadas e prontas para ouvir os bons shows que prometiam animar a noite do domingo e a madrugada de segunda de carnaval, já no pólo do Alto José do Pinho a principal atração da noite foi a cantora Elba Ramalho, os foliões curtiram o show da cantora que animada fez o povo frevar até 1h30 da madrugada.

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Um “mar de gente” já acompanha o Galo da Madrugada na Avenida Guararapes, área central do Recife. No início da tarde deste sábado (9), vários trios elétricos animam os foliões que, mesmo com o forte calor, não cansam de dançar ao som de muito frevo. Veja ao vivo a transmissão do Galo da Madrugada pelo Portal LeiaJá. 

Mas, se balançar no ritmo das músicas não é uma tarefa tão fácil. Por causa da grande quantidade de foliões, o imprensado quase impossibilita as pessoas de se mexerem. Andar é outra missão difícil no Galo da Madrugada. O vem e vai de foliões complica a locomoção, porém, todos seguem a mesma direção, que é curtir a folia.

A “Frevioca” é um dos trios que anima a galera, fazendo o povão se agitar ao som de muito frevo instrumental. O Palhaço Chocolate é outro que agitou o povão, deixando de lado o contexto somente infantil, e animou os foliões na passagem de seu trio.

Para colorir e abrilhantar a festa que estima um público de mais de 1 milhão de pessoas, os foliões se vestem com diversas fantasias. Outros, apenas usam pequenos adereços, porém, o alto nível de alegria é comum entre todos. 

“Tudo está muito bom. A animação do Galo da Madrugada contagia todos nós”, declarou Manoel Luiz Pereira. Caracterizado como palhaço e cheio de alegria, Paulo Sérgio da Silva também elogiou o bloco.  “Estou achando ótimo. Não visualizei nenhuma confusão e a grande massa de foliões só quer saber mesmo é de se divertir”, falou. A única reclamação do folião é a alta temperatura. “Para ficar melhor, só está faltando chover”, finalizou Paulo Sérgio. 

Usando uma charmosa peruca, Danúzia Aragão era só alegria. “O calor está grande, mas, estou gostando. A festa está um show e quero curtir o Carnaval até o último dia”, disse a folião, que não parou de dançar um só minuto. 

Até o final desta tarde, os foliões que prestigiam o desfile do Galo da Madrugada seguem fazendo a festa. A apoteose do bloco ocorrerá também na Avenida Guararapes. “O Rio São Francisco Deságua no Mar do Frevo” é o tema deste ano do Galo.

Sábado de Zé Pereira, dia de desfile do Galo da Madrugada, no Recife, sorrisos, fantasias e muita irreverência ocupam as ruas e avenidas dos principais focos da folia, ao menos para algumas pessoas é assim. Para outras, o momento é de agonia, desperdício de tempo e dinheiro e uma desculpa para cair na algazarra.

Não adianta escapar, todo mundo conhece alguém que não gosta de carnaval. Sempre tem aquele tio que vai para o interior, o vizinho que viaja para a praia e outros que se trancam em suas residências e só aparecem na quarta-feira de cinzas para criticar a sujeira e bagunça deixada nas ruas.

Representante dos caseiros, o estudante Daniel Ferreira diz que prefere olhar a brincar. "Gosto de ficar em casa e ver filmes. Cresci na igreja e acho que isso me influenciou, mesmo não sendo mais evangélico hoje", explica. Daniel ainda conta que já foi um dia à Olinda, mas não gostou da multidão e do calor, questionado se ele ainda sairia depois desta experiência ele falou: "Dependendo do lugar eu iria, fui convidado para ir ao Rec Beat, mas ainda não sei se vou. Na verdade eu não vou".

Outra que não gosta nem um pouco da multidão é a jornalista, Anaíde Lima. Para ela, a folia "aumenta o nível de violência, as ruas ficam sujas e malcheirosas, tem muita gente". Em sua primeira experiência como foliã, ela revelou que foi assaltada e isso não a estimula para ir outra vez. "Este ano eu vou para a praia de Japaratinga em Alagoas. Lá é super calmo, vou fugir da agitação" revela.

A vendedora Leilane Bezerra também não tem uma boa experiência, em sua primeira vez em Olinda, ela, a irmã e algumas amigas quase foram violentadas. "Na terça-feira do carnaval de 2003 nós estávamos passando por uma rua de Olinda onde acontecia um show de uma banda de samba, cinco homens vieram agarrar eu, minha irmã e minhas amigas a força, eu consegui escapar e fui ajudar minha irmã e depois uma outra amiga, depois saímos correndo e desde esse ano que não fui mais".

Quase dez anos depois do ocorrido Leilane se prepara para voltar às ladeiras da cidade histórica. O motivo? "Agora está diferente, tem mais segurança e eu acho que agora está mais tranquilo. E eu vou para um camarote também. Mas, não entendo como podem gostar (de ficar na rua) eu acho que eles gostam é da cachaça", complementa ela.

Para aqueles que preferem se resguardar e viver momentos de paz e introspecção, também existe a opção de retiros para oração, como o coordenado por Ana Fábia. Voltado para pessoas que não gostam do carnaval, o retiro recebe neste ano 182 pessoas que vão passar os quatro dias do carnaval em meio a orações e atividades diversas.

"A ideia para realização da primeira edição veio de uma revelação de uma das nossas coordenadoras da renovação carismática há 15 anos. Depois um grupo resolveu fazer (o retiro) em uma granja e desde então eles se reúnem", fala Ana Fábia.

A programação diária começa com uma missa, depois eles compartilham suas vivências no local e partem para gincanas, ver filmes religiosos, brincadeiras, luau com karaokê e também um louvorzão em ritmo de carnaval. Ana ainda diz que um baile de máscaras e um bloco infantil também são realizados.

Composto basicamente por jovens, esse ano o retiro ocorre no Damas em Aldeia. "No alojamento dos meninos vai ter um torneio de playstation e no das meninas elas querem fazer uma festa do pijama", conta a coordenadora. Ela disse que as histórias contadas pelas pessoas que foram ao ambiente é que a fizeram ter vontade de ir pela primeira vez: "Eles passavam tanta alegria que eu quis experimentar", diz ela.

Para defender a folia de momo, as estudantes Djan Alvez e Ísis Albuquerque chegam com tudo. A primeira afirma que até concorda com quem não gosta, por respeitar, mas vê na festa uma oportunidade de expressar sua opinião e insatisfações. "(O carnaval) É uma espécie de manipulação massiva, a ideia do pão e circo, mas também é quando eu me encontro como cidadã e posso manifestar minha revolta sarcasticamente, inclusive em minha fantasia".

Ísis já defende a festa como uma forma de mostrar a identidade cultural: "De certa forma o carnaval inclui uma cultura a qual fazemos parte. É uma manifestação que nos faz participantes de nossa cultura. Por exemplo, em Pernambuco eu vejo um caboclo de lança, no Rio de Janeiro as escolas de Samba, é identidade cultural de cada lugar".

Ela ainda polemiza: "Quem não gosta é uma alienação. Especialmente se não gosta sem conhecer a festa. Mas, se a pessoa tem seus motivos, eu ainda a escuto. Só acho que ninguém pode dizer que não gosta sem conhecê-lo". E você, gosta de carnaval? Ou vai ver a folia de longe?

Aberto oficialmente desde 31 de janeiro, com o tradicional Baile da Cidade – onde o Rei Momo e Rainha do Carnaval foram coroados –, as festas momescas da capital sergipana resgatam a cultura dos antigos bailinhos carnavalescos, com direito ao uso de fantasias, apresentação de marchinhas e muita serpentina e confete.

Da capital ao interior, a mistura de ritmos e a tradição cultural vão animar os foliões. Basta escolher o destino de acordo com o tipo de festa desejada. Tem frevo, axé, pagode e muita animação. Do litoral da praia do Caueira, em Itaporanga D’Ajuda, até as margens do rio São Francisco, em Canindé, a diversão é garantida.

Em Aracaju, a animação fica por conta dos blocos de rua, que desfilam pelos bairros da capital, arrastando familiares e amigos. As pessoas saem fantasiadas atrás de bandinhas de frevo, com muita disposição. E a alegria já começa no próprio nome dos blocos: Carro Quebrado, Rasgadinho, Siri na Lata e Mamãe Quero Beber.

O Rasgadinho merece uma atenção especial. O bloco existe há 10 anos e mantém a tradição do estímulo ao uso de fantasias com premiação para as mais caprichadas, além de ser considerado um dos mais apropriados para levar toda a família. Com apresentações em trios elétricos, este ano, terá pela primeira vez um espaço infantil, onde as crianças terão a oportunidade de se divertir e os pais poderão curtir a festa sem muita preocupação.

Na cidade do Cânion de São Francisco, a 213 km da capital, o axé predomina na programação. Já o Carnaval de Canindé será totalmente inclusivo, onde as pessoas poderão sair nos blocos realizando a troca de abadás por alimentos não perecíveis e leite. Os mantimentos arrecadados serão doados para as famílias vitimadas pela seca.

 A prefeitura de Aracaju também fará um carnaval na praia de Atalaia, com uma programação voltada totalmente para a apresentação de artistas locais. À beira-mar, em frente à Passarela do Caranguejo, um dos pontos mais visitados por turistas, ficarão dois palcos onde as atrações se apresentarão, durante os cinco dias de festa.

Por Thamires Nunes

Os preparativos para o desfile do Galo da Madrugada 2013, que acontece no próximo sábado (9), começou na noite desta quarta-feira (6). Durante a madrugada já era possível observar as cores e brilhos do ícone da festa.

A montagem, que começou às 22h, adentrou a alvorada e começou a ganhar forma. Segundo o artista plástico, - criador artístico, estrutural e logístico-, Sávio Araújo, o Galo está com previsão de ser finalizado às 14h, desta quinta-feira (7), podendo ser concluído antes. Na extensão da ponte, cerca de 20 pessoas trabalham para montar as 26 peças que dará corpo ao personagem do maior bloco do mundo.

Desfile de fantasias, bonecos gigantes e muito frevo marcaram a abertura do bloco Virgens Abraça Brasil, que ocorre na manhã deste domingo (27), em Olinda.

O aposentado Ronaldo Gomes, 46 anos, que carrega bonecos gigantes há cinco anos e presencia o bloco das virgens pela primeira vez, diz estar se divertindo muito com a agitação dos foliões. “Carregar um boneco, é bastante pesado, mas a animação faz com que a gente nem sinta o peso e muito menos, sinta dor nas costas. Está valendo muito a pena estar aqui”, fala.

Os foliões também abusaram da criatividade na hora de bolar suas fantasias. Vestido de “pomba-gira moderna”, o folião Luciano Barreto, 37 anos, juntou-se com os amigos, Hugo Alves e Antônio Neto, para curtir o bloco pela primeira vez. “Nós somos daqui, de Recife, mas essa é a primeira vez que estamos reunidos e fantasiados para aproveitar o carnaval. Somos virgens de verdade”, brinca.

Para o folião João Paulo, que aproveita o bloco das Virgens há 20 anos, decidiu, junto com os amigos, sair fantasiado na edição deste ano de “Coelhinha da Playboy”. “Todo ano saímos com uma fantasia diferente. Mas dessa vez, resolvemos sensualizar (sic) vestidos de coelhinhas da Playboy. Sempre que pudermos participar do carnaval, iremos. Vale a pena sair de casa para curtir esse bloco, que é maravilhoso e atrai foliões de toda parte”, declara.
Já Leguito Gomes, que frequenta o bloco há 12 anos, resolveu sair de gueixa em homenagem à música pop mais tocada nos últimos meses, “Gangnam Style”, do cantor Psy. “Estávamos, eu e meus amigos, na dúvida de que fantasia escolher para este ano, mas como essa música continua sendo tocada em qualquer lugar que a pessoa vá, decidimos juntos sair de gueixa, já que o cantor é coreano. Ele quem nos inspirou”, explica.

Para a agitação dos foliões, a primeira banda de axé a se apresentar foi a banda Pinguim, que fez o público cantar e pular com suas canções. Em seguida, a banda Calypso foi o segundo grupo musical a se apresentar. A atração ainda contará com a presença de Elba Ramalho, André Rio, Calypso, Nena Queiroga, Almir Rouche, João do Morro e É o Tchan. A festa só acabará na Praça João Pessoa, no Carmo.