Tópicos | formação de quadrilha

A partir de uma denúncia do Ministério Público de Alagoas, uma operação da polícia indiciou na última semana, empresários, diretores da Usina Utinga Leão, além de prender o prefeito e nove vereadores da cidade de Rio Largo, município alagoano que fica a 27km da capital Maceió. O principal objeto da denúncia é uma negociata envolvendo um terreno no município de Rio Largo, que teria gerado um negócio milionário regado a muita propina e irregularidades.

O terreno de mais de 252 hectares (equivalente a mais de 300 campos de futebol), pertencente à usina Utinga Leão, foi desapropriado pela prefeitura de Rio Largo para a construção de casas populares e a empresa recebeu a módica quantia de 700 mil reais.  

##RECOMENDA##

Num processo totalmente “amigável”, apesar do baixíssimo valor recebido, e recordista em velocidade, a área foi desapropriada e, apenas 23 dias depois, vendida pela prefeitura pelos mesmos 700 mil reais para a empresa MSL Empreendimentos Imobiliários, que está comercializando o loteamento Cidade Jardim, com 9.902 terrenos disponíveis para venda.

O curioso é que poucos dias depois, em uma avaliação da própria prefeitura, com objetivo de gerar os cálculos para o IPTU, o terreno foi avaliado em mais de 21 milhões de reais. Apesar da gigantesca mudança de capital, não houve qualquer protesto por parte dos diretores da Usina Utinga Leão, que com a desapropriação, liberaram o terreno lesando os cofres públicos e os credores.

Ao todo foram indiciados 18 pessoas, sendo empresários, um engenheiro a serviço da prefeitura (responsável pela avaliação “depreciada” do terreno) todos os dez vereadores de Rio Largo, o prefeito e os diretores da usina. Segundo a denúncia, todo o processo foi feito em acordo entre os sócios da Usina Utinga Leão e da empresa MSL, e com a conivência dos vereadores e do prefeito, que chegaram a receber até caminhonetes como propina, além de dinheiro, que pode ter chegado a um milhão de reais no caso do prefeito.

Mesmo sendo alvo da investigação, o terreno continua em obras aceleradas, realizadas pela empresa Buriti Empreendimentos, conforme comprovou a reportagem do jornal A Gazeta de Alagoas, que esteve no local na última quinta-feira e deu destaque ao caso na sua edição do último domingo(27) do Jornal.

Vale lembrar que Rio Largo foi um dos municípios da região Nordeste mais atingidos pelas chuvas em 2010, quando cerca de 400 famílias ficaram desabrigadas, e que essas operações irregulares teriam começado cinco meses após o término das chuvas, ainda em 2010 e usaram o estado de emergência declarado na cidade como pretexto e cobertura. 

O início – Segundo a denúncia, o prefeito Toninho Lins, em acordo com os sócios da MSL e os diretores da Usina Utinga Leão, usou o pretexto de beneficiar a população de baixa renda da cidade, vítimas da chuva, para desapropriar o terreno, que era plenamente produtivo com plantação de cana. Para tanto, várias artimanhas políticas foram necessárias para agilizar o processo e encobrir as ações do grupo.

Segundo fontes ligadas ao Movimento de Combate à Corrupção de Rio Largo, que preferiram não se identificar, vários integrantes do movimento já foram ameaçados por pessoas ligadas ao grupo, por causa do trabalho que desenvolvem, e alguns se encontram fora do estado por medo de morrer.

A Polícia Civil apresentou nesta quinta-feira (19) um grupo de cinco pessoas responsáveis por falsificar documentos. Eles foram detidos por tentar obter visto no consulado americano no Recife.

Quatro integrantes foram pegos no momento em que estavam tentando embarcar para Goiás. A quinta pessoa, de 24 anos, foi presa em flagrante no consulado, portando a documentação ilegal. Eles foram autuados por formação de quadrilha, estelionato e tentativa de estelionato.

##RECOMENDA##

A polícia conseguiu encontrar o hotel onde os suspeitos estavam hospedados e, através de fotos, conseguiram localizá-los no Aeroporto Internacional dos Guararapes. De acordo com a polícia, eles apresentavam alguns documentos verdadeiros como a identidade e um dos suspeitos já teria o pré-visto aprovado. 

O acusado de ser o líder do grupo, que tem 40 anos, trabalhava treinando as pessoas, como se comportar no consulado e melhorando os dados para que ela fosse aprovada. 

Segundo a polícia, eles conseguiram localizar a base do grupo que é divida em vários estados, inclusive Goiás. As investigações vão continuar com o intuito de encontrar pessoas que teriam sido favorecidas com os serviços dos suspeitos. 

A quadrilha cobrava em torno de R$ 1.400 reais para fazer os documentos falsos e retirar os vistos ilegais.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando