Depois de diversas polêmicas envolvendo a insatisfação de funcionários, a Foxconn, montadora de aparelhos como o iPad da Apple, está investindo na melhoria de suas fábricas localizadas na China.
Funcionários ganharam cadeiras mais confortáveis e também curso extra de tricô e desenho. Também houve a inclusão de dispositivos para desligamento automático de máquinas, redução da jornada de trabalho e aumento dos salários.
##RECOMENDA##
O jornal americano The New York Times acompanhou as melhorias nas fábricas e relatou alguma, como por exemplo, o da funcionária Pu Xiaolam, contratada no ano passado. Segundo a chinesa, ela sempre trabalhou sentada em uma cadeira de plástico sem apoio e no fim do dia, tinha dores nas costas intensas que a impediam de dormir.
Mesmo simples, as mudanças já têm um efeito benéfico na autoestima dos trabalhadores.
Porém o jornal ainda denuncia que alguns problemas graves continuam, como funcionários trabalhando em excesso e funções que colocam a vida deles em risco. No mês de março, a organização Fair Labor Association (FLA) fez uma inspeção nas fábricas chinesas da Foxconn e constataram diversas irregularidades, entre elas horas de trabalho excessivas a legislação local e risco de saúde dos funcionários.
Depois das denúncias, a Foxcoon afirmou que até julho de 2013, nenhum trabalhador de seus fábricas faria turno de mais de 49 horas por semana, limite do país. Antes disso, funcionários chegavam a fazer 100 horas de trabalho por semana.
A companhia já aumentou os salários em até 25% (os trabalhadores recebem agora entre 1.800 e 2.500 iuan, algo em torno de R$490 e R$600.) e mesmo com a redução de carga horária afirmou que não irá diminuí-los.