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O presidente Michel Temer disse nessa terça-feira (14) que vai anunciar o novo ministro da Justiça "logo, logo". A declaração foi dada após ele participar de um evento organizado pela Frente Parlamentar da Agropecuária, numa casa de festas em Brasília.

Durante o dia, Temer recebeu o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Velloso, um dos cotados para assumir a pasta, no Palácio do Planalto. O ex-ministro foi levado para conversar com Temer pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG). Durante a conversa, o jurista não chegou a ser formalmente convidado por Temer para comandar a pasta, mas o porta-voz Alexandre Parola, disse que "o presidente seguirá conversando com o antigo amigo".

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O nome de Velloso, que tem o apoio de tucanos, ganhou força esta semana. Já o do deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) está praticamente descartado após a divulgação de um vídeo no qual criticou o poder de investigação do Ministério Público Federal, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato.

Na semana passada, Temer havia dito que iria levar "muitos dias" para escolher o novo ministro. A ideia inicial é que ele iria esperar a aprovação do nome de Alexandre de Moraes para o STF para depois escolher o seu substituto. A sabatina de Moraes na Comissão Constituição de Justiça (CCJ) está marcada para a próxima terça-feira (21).

Em seu discurso, Temer agradeceu o apoio que os parlamentares da frente, formada por 244 senadores e deputados, havia dado à aprovação das reformas propostas pelo governo no ano passado. "Imaginamos que levaríamos dois anos para realizar as reformas imprescindíveis para o País, com o entusiasmo da frente, verificamos que em seis meses já havíamos aprovado a PEC do Teto dos Gastos, encaminhado modernização legislação trabalhista", disse.

O presidente também afirmou que vai precisar do apoio do grupo para apoiar a reforma do sistema tributário.

Também presente na cerimônia, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), terminou o seu discurso elogiando Temer, ao constatar que os ministros da Agricultura, Blairo Maggi, e do Meio Ambiente, Zequinha Sarney, estavam sentados lado a lado na mesa. "(São) forças políticas muito diversas que se somam tendo em vista um interesse comum. Acho que esse é um símbolo também do seu governo", disse. Caberá ao TSE julgar as ações que pedem a cassação da chapa formada por Temer e a ex-presidente Dilma Rousseff. (Isadora Peron - isadora.peron@estadao.com)

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Moreira Mendes (PSD/RO), disse nesta terça que lamenta a falta de entendimento com o governo para chegar a um acordo em relação ao artigo 62 do novo Código Florestal, que trata da recuperação das áreas de preservação permanente às margens dos rios.

O deputado afirmou que "faltou racionalidade", pois seria possível chegar a um meio termo, como o escalonamento da área a ser recuperada, de acordo a largura dos rios, que poderia partir do mínimo de 5 metros de margem. O texto aprovado pelo Senado estabelece que em rios com até 10 metros de largura, os produtores rurais devem recompor 15 metros de vegetação nativa.

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Moreira Mendes avalia a que manobra do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), que defendeu o texto aprovado no Senado e apontou controvérsia regimental no relatório do deputado Paulo Piau (PMDB-MG), será mais obstáculo a ser superado para colocar o projeto em votação.

O líder ruralista afirmou que os deputados da Frente Parlamentar, que participaram de almoço nesta terça com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, e o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Alves (RN), decidiram votar em bloco pela aprovação do relatório de Paulo Piau.

Moreira Mendes aposta na vitória dos ruralistas na votação do plenário da Câmara, pois apenas o Partido Verde e o PSOL devem votar em bloco contra o relatório. Ele diz que, embora o PT tenha fechado posição, deve haver dissidências, "pois alguns deputados petistas não irão contra os interesses dos pequenos produtores que representam".

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