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O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), confirmou nesta sexta-feira, 5, que o presidente dos Correios, Guilherme Campos, pedirá demissão nas próximas semanas. No lugar dele, assumirá o comando da estatal o atual vice-presidente de Finanças, Carlos Roberto Fortner, também ligado a Kassab. A data exata da saída será acertada em reunião entre Campos e o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, na próxima semana.

Segundo Kassab, Campos sairá para se dedicar à campanha eleitoral. O executivo pretende concorrer a uma vaga na Câmara em 2018 por São Paulo. Ele já foi deputado por três mandatos, mas não se reelegeu em 2014. "Já estava acertado que ele deixaria o cargo no fim de março, mas resolvemos antecipar para se dedicar à campanha e para participar de um grupo para ajudar na aprovação de matérias de interesse do governo, como a reforma da Previdência", disse o ministro.

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Campos deixará o comando dos Correios em meio à crise financeira da empresa, que é vinculada ao ministério de Kassab. Pelo quinto ano consecutivo, a estatal fechou 2017 no vermelho - o balanço do ano passado ainda não foi publicado. A companhia, palco inaugural do mensalão há mais de dez anos, também amargou rombos em 2015 e em 2016. Para tentar reverter a crise, a estatal fez plano de demissão dos funcionários (PDV), propôs alterações no plano de saúde dos empregados e fechou agências.

Baixas

A saída de Campos é pelo menos a segunda baixa no terceiro escalão do governo em razão das eleições. No fim de novembro, o paraibano Leonardo Gadelha pediu demissão da presidência do INSS para se dedicar à campanha para deputado federal no pleito de outubro deste ano. No lugar dele, foi nomeado Francisco Paulo Soares Lopes, que era assessor da Presidência da Dataprev e, assim como Gadelha, foi indicado pelo PSC.

As eleições também motivaram saídas no primeiro escalão nas últimas semanas. No final de dezembro, o deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS) pediu demissão do Ministério do Trabalho. No lugar dele, foi nomeada a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ). Na última quarta-feira, 3, Marcos Pereira (PRB) pediu exoneração do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Seu substituto ainda não foi definido. Pereira e Nogueira querem concorrer a uma vaga na Câmara em 2018.

Com a finalidade de diminuir prejuízos registrados pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), o presidente da instituição, Guilherme Campos, fez um anúncio nesta sexta-feira (16) sobre um plano de demissão voluntária dos profissionais. 

De acordo com ele, a confirmação será dada na próxima semana, pois o projeto está em fase final de autorização. Ainda segundo informações, os documentos necessários já foram adquiridos e, agora, o texto final foi encaminhado à Coordenação de Controle de Empresas Estatais (Cest), no Ministério do Planejamento. 

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Foco do plano de demissões voluntárias

Campos informou que a medida visa alcançar os servidores com idade de aposentadoria ou já aposentados pelo INSS. Com isso, a expectativa é alcançar entre seis e oito mil funcionários durante os cinco meses de vigência da adesão. Os valores serão pagos ao longo de oito anos.  

O intuito desta medida é reduzir os prejuízos tidos pela empresa entre 2015 e 2016. No ano passado, as perdas somaram R$ 2,1 bilhões e, neste ano, a previsão é semelhante.

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