O imperador japonês, Akihito, tem a intenção de abdicar em favor do filho mais velho nos próximos anos, informaram nesta quarta-feira (13) vários meios de comunicação nipônicos. De acordo com o canal público NHK, o monarca de 82 anos teria afirmado aos parentes que é melhor que o posto seja ocupado por alguém capacitado para exercer suas funções.
A lei japonesa não prevê nenhuma via legal para a abdicação e, portanto, uma alteração seria necessária. A agência Kyodo News deu a mesma informação, citando uma fonte anônima, mas até o momento não há confirmação oficial.
De acordo com a NHK, tanto o príncipe Naruhito, o filho mais velho do imperador, como a esposa de Akihito, a imperatriz Michiko, apoiam a decisão do monarca. O Japão, que tem uma das monarquias mais antigas do mundo, não registrou nenhuma abdicação em 200 anos, de acordo com a NHK.
O papel de Akihito, puramente simbólico, está definido na Constituição imposta pelos Estados Unidos ao Japão depois da II Guerra Mundial. Seu pai Hirohito, que reinou durante a expansão imperial do Japão no século XX, foi tratado como um deus vivo até a derrota do Japão em 1945.