Tópicos | Índice de Saúde Financeira do recifense

No início do ano, os consumidores correm às compras, aproveitando o período das grandes liquidações e acabam se comprometendo pelo resto dos meses com parcelas financeiras. Esse perfil da sociedade de consumo tem posto em alerta os economistas do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, que realizaram recentemente uma análise sobre como esse consumo desenfreado está afetando diretamente a saúde financeira do recifense.

A pesquisa, Índice de Saúde Financeira do Recifense, realizada com 624 entrevistados, de faixa etária de 16 anos ou mais idade, possui um nível de confiança 95%, margem de erro estimada de 4 pontos percentuais e mostra qual a tendência de comportamento do consumidor e as práticas que tem agravado/ajudado a situação financeira dos recifenses. No estudo foi detectado que a saúde financeira da população do Recife está mal.

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De acordo com o coordenador da pesquisa, o professor Djalma Guimarães, a situação pode vir a piorar, principalmente, diante do agravamento do cenário econômico externo e de impactos recessivos na economia brasileira. No resultado da análise, entre os meses de julho de 2011 e março de 2012, foram utilizados dados da capacidade de consumo, poupança e pagamento do consumidor e o que se constatou foi uma redução no índice da saúde financeira recifense, sendo fevereiro o terceiro pior da série estudada.

Na análise, foram levantados quanto do percentual do valor do salário do recifense das classes sociais A, B, C e D estão comprometidos com dívidas, entre elas débitos com cartões de crédito. Percebeu-se que a classe C apresenta o maior nível de inadimplência e de indivíduos que pagam um valor inferior ao valor total da fatura do cartão de crédito.

Para Djalma os novos ricos não têm boas práticas no campo de suas finanças pessoais, pois, estão querendo adquirir bens o tempo todo e dentro do orçamento pessoal financeiro não existe possibilidade de poupar. Uma das curiosidades da pesquisa é que a inadimplência não chega a ser o principal perigo de uma crise financeira, mas, sim, pagar com valor inferior o cartão de crédito. "Mas o cartão de crédito vai te dar a sensação de mais dinheiro do que você realmente possui. Eu posso não ter pago a conta de água, a faculdade. Mas é diferente de deixar de pagar o cartão de crédito. Uma vez que os juros da faculdade serão bastante inferiores, se comparados ao cartão de crédito que por baixo gera um juro de 160% ano”, explicou.







Fonte:
A amostra foi definida com base nas fontes oficiais de dados: Censo, IBGE e TRE.

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