NÁUTICO
##RECOMENDA##O Timbu viveu uma temporada de complicações, polêmicas e poucos motivos para celebrar. A aposta ainda em 2014 foi no técnico Moacir Junior. O treinador fez as contratações, acertou o elenco, mas errou entre as quatro linhas. Os resultados ruins deixaram o time situação complicada no Campeonato Pernambucano e na Copa do Nordeste. E também deixaram o o mineiro sem emprego. A diretoria, então, chamou Lisca para assumir. Apesar da melhora inicial, o novo comandante não evitou as eliminações nas duas competições diante do Salgueiro: local e regional. A Série B iniciou muito bem e, apesar da irregularidade, a equipe se manteve no G4. Mas o consecutivos resultados ruins e a relação difícil com alguns diretores e jogadores culminou na saída do treinador gaúcho. O escolhido da vez foi o catarinense Gilmar Dal Pozzo. Enquanto o treinador se desdobrou para ajustar o time, a diretoria viu a relação com a Arena Pernambuco se complicar e acabou atrasando os salários novamente. Os alvirrubros ficaram no quase, terminaram o torneio na quinta colocação.
SANTA CRUZ
O ano do Mais Querido foi melhor do que os mais otimistas pudessem esperar. A temporada, entretanto, iniciou com complicações. Em amistoso marcado contra o Zalgiris, da Lituania, o Tricolorperdeu a Taça Chico Science nos pênaltis. Não disputou a Copa do Nordeste e não foi bem no começo do Campeonato Pernambucano. Mas se recuperou e conquistou o título sobre o Salgueiro, diante do Arruda lotado. Em seu primeiro ano de mandato, o presidente do clube, Alírio Morais, apresentou o planejamento para o triênio com promessa de cinco títulos e classificação à Sul-Americana ou Libertadores. Apesar de vencer o Estadual, o time não engrenou no Campeonato Brasileiro e o técnico Rircardinho foi demitido. Marcelo Martelotte foi contratado como substituto, assumiu o time na zona de rebaixamento e fez contratações pontuais, dentre elas o atacante e artilheiro Grafite - que chegou de helicóptero ao Mundão. A mudança foi definitiva para o crescimento coral no torneio. A briga deixou de ser para não cair à Série C e a meta se configurou novamente no acesso à elite. A equipe entrou no G4 apenas na 34ª rodada. E alcançou a principal meta desde 2006: voltar à Primeira Divisão. Os tricolores chegaram a lotar as ruas do Recife para comemorar com o time.
SPORT
Após se manter na Série A e permanecer com o técnico Eduardo Baptista, o Leão iniciou a temporada com boas expectativas. Mas os títulos não foram conquistados em 2015. O único troféu levantado foi na Taça Ariano Suassuna, um amistoso contra o Nacional-URU. A irregularidade foi marcante no início do ano. Os rubro-negros acabaram eliminados do Nordestão na semifinal pelo Bahia. Já no Pernambucano caíram diante do Salgueiro, que pela primeira vez foi à final do Estadual. A postura mudou completamente com o início do Brasileiro. O Sport engatou uma sequência invicta de 11 jogos, até perder para o Atlético-MG fora. Em casa, se tornou até o melhor mandante do mundo e chegou a assumir a liderança. Mas a falta de vitórias durante dois meses fora fez com que o time despencasse na tabela. O técnico Eduardo Baptista recebeu uma proposta do Fluminense e deixou a Ilha do Retiro com alguns membros da comissão técnica. Sonho antigo da diretoria leonina, Falcão foi contratado para a vaga de comandante e levou consigo o preparador físico Paulo Paixão. O Rubro-negro voltou a ganhar com boas atuações, mas não somou pontos suficientes para se classificar à Libertadores. Ainda assim, fez a melhor campanha no Brasileirão desde o início dos pontos corridos, em 2005.
FUTEBOL NACIONAL
Dentro das quatro linhas, os títulos foram voltados para a região do Sudeste. O Botafogo-SP não só conquistou o acesso à Série C, mas ficou com o título da D. Quem venceu a Terceira Divisão foi o Vila Nova. Nas duas principais divisões o troféu foi conquistado sem muita 'dificuldade'. Outro Botafogo, o carioca, garantiu a taça da B na penúltima rodada, contra o ABC, e terminou o torneio só com entrega de faixas e um empate por 0 a 0 diante do América-MG, que também subiu. O Corinthians disparou na liderança do Brasileirão e assegurou a sexta estrela da competição ainda na 35ª rodada. Ainda colocou cinco atletas na seleção do campeonato, além do técnico Tite - outros quatro foram do vice, Atlético-MG. O Palmeiras surpreendeu as críticas e superou o Santos na final da Copa do Brasil nas cobranças de pênalti.
FUTEBOL MUNDIAL
O ano de Cristiano Ronaldo não foi dos melhores, mas começou bem. Em janeiro, o atacante recebeu a Bola de Ouro pela boa temporada em 2014. Mas foi o único título conquistado. Isso porque o Real Madrid não ganhou mais nada. O Barcelona arrastou tudo, fez o triplete: levantou as taças da Copa do Rei da Espanhol, da Liga Espanhola e da Liga dos Campeões. Melhor para o brasileiro Neymar, que evoluiu muito em 2015 e pela primeira vez foi escolhido entre os três finalistas para a Bola de Ouro da Fifa. A Juventus perdeu na final da Champions, mas ficou com os títulos da Copa da Itália e da Primeira Divisão. Outros times que venceram os devidos campeonatos nacionais foram: Chelsea, Paris Saint-Germain, Bayern e Benfica. Já a Libertadores da América ficou com o River Plate. Um dos fatos mais marcantes e trágico foi o atentado terrorista no jogo entre França e Alemanha, em Paris. A partida foi paralisada, os torcedores foram obrigados a invadir gramado por medida de segurança.
SELEÇÃO
O ano da equipe comandada por Dunga foi focado na primeira competição oficial do treinador após voltar ao cargo: a Copa América. Expectativa de título. Resultado frustrante. O Brasil caiu na segunda fase, as quartas de final, para a Colômbia. Para piorar, Neymar se envolveu em confusão no fim da partida e foi suspenso por quatro jogos. A equipe estreou nas Eliminatórias Sul-Americanas com derrota para o Chile. Foi especulado que a Canarinho teria mudança de técnico e Tite assumiria no início de 2016, mas o próprio corintiano desmentiu. A seleção brasileira venceu dois jogos, contra Venezuela e Peru, e empatou com a Argentina em Buenos Aires.
OUTROS ESPORTES - BRASILEIROS
Número 1 do pentatlo nacional, a pernambucana Yane Marques foi a primeira atleta brasileira classificada para os Jogos Olímpicos de 2016, que serão disputados no Rio de Janeiro. Outro destaque do Estado foi a nadadora Etiene Medeiros. A recifense venceu os 100m costas e garantiu o primeiro ouro feminino da categoria em um Pan-Americano. Também durante o torneio, e na natação, Thiago Pereira se tornou maior vencedor da história da competição, com 23 medalhas, uma a mais que o ex-ginasta cubano, Erick López. Armador do Golden State Warriors, Leandrinho se tornou o segundo brasileiro a levantar a taça da NBA. A judoca Mayra Aguiar conquistou o inédito ouro no Mundial de Chelyabinsk. Meses depois, perdeu no Casaquistão, e ficou sem medalhas após oito anos. O ano verde-amarelo no UFC foi marcado pelas derrocadas. Anderson Silva voltou aos octógonos, venceu Nick Diaz, mas foi pego no exame antidoping e em seguida suspenso pelo comitê de Nevada. O 'efeito dominó' ainda destronou o brasileiro José Aldo, derrotado por McGregor em apenas 13 segundos. O único que se salvou foi o gaúcho Fabrício Werdum, campeão dos pesados, contra o mexicano Cain Velásquez.
OUTROS ESPORTES - ESTRANGEIROS
A temporada 2015 começou com conquistas importantes. Em 11 de janeiro, o tenista Roger Federer chegou à vitória de número 1.000 na carreira. Em fevereiro foi a vez do New England Patriots faturar o quarto título da NFL com atuação de gala do quarterback Tom Brady. O ano também foi marcado pela 'Luta do Século': Mayweather venceu Pacquiao nos pontos em resultado controverso. Por outro lado, o campeão inconstestável foi o Golden State Warriors, na NBA. Assim como o vencedor Usain Bolt. O jamaicano ganhou com sobra o Mundial de Pequim e protagonizou um dos momentos mais hilário de comemoração - porque não houve feridos, claro -. O corredor foi 'atropelado' por um cinegrafista chinês durante a celebração. Na Fórmula 1, Lewis Hamilton quebrou a marca de Ayrton Senna, pela Mercedes. A queda de campeões n UFC também foi marcante. A lenda Ronda Rousey caiu contra Holly Holm após 12 lutas de invencibilidade. Já Chris Weidman não conseguiu segurar o cinturão que tirou de Anderson Silva e perdeu para Luke Rockhold.
VERGONHAS
Escândalos sobre escândalos envolveram esportistas em 2015. De atletas a dirigentes. Os principais ficaram voltados à crise e as investigações na Fifa. Em 27 de maio, o ex-presidente da CBF, José Maria Marin foi preso - com mais oito cartolas - na Suíça, por corrupção. Dois dias depois, o presidente da entidade maior do futebol, Joseph Blatter se reelegeu. Por pressão, o mandatário renunciou uma semana depois. Em junho, a Interpol suspensdeu acordo com a organização após receber 20 milhões de dólares. Mais de cem contas foram investigadas, o delator que denunciou diretores foi banido do futebol e os escândalos seguiram. Secretário-geral e homem de confiança de Blatter, Jerome Valcke foi afastado. O vice-presidente Jack Warner foi banido, outro acabou suspenso por 90 dias. A corrupção gerou rombo de 1 bilhão de dólares na Fifa e a entidade buscou parceria com empresa chinesa. As investigações chegaram à CBF, fizeram com que o presidente Marco Polo Del Nero deixasse o comitê da Fifa e se afastasse da Confederação Brasileira. Mas os casos vergonhosos não envolveram apenas corrupções. Vários incidentes de preconceito foram relatados. Em racismos na da torcida ucraniana, do dono da equipe de Basquete da NBA, Clippers e de ginastas brasileiros; também contra Fabiana (vôlei), Michel Bastos (São Paulo), Hulk (Zenit-RUS), Arouca (Palmeiras). Até o técnico da seleção brasileira, Dunga, fez declarações de cunho racista.
ESPECIAIS LEIAJÁ ESPORTES
Este ano também foi marcado pelo centenário do Santa Cruz e o LeiaJá começou ano com uma produção especial em homenagem à história coral. Outro hotsite foi o Sonho de Várzea, sobre o futebol cru jogado nos campos pelo Recife, alguns entre estradas federais, outros em área de risco. A construção da Arena Pernambuco e suas zonas de acesso deixaram dezenas de desalojados, o portal conversou com pessoas que sequer foram indenizadas e passaram a viver em situação de extrema fragilidade. A épica Batalha dos Aflitos completou dez anos, agora, em 2015 e a equipe de Esportes entrevistou personagens do jogo para relembrar as histórias mais inesquecíveis.