Tópicos | Joaquim Mamede

Faleceu no último domingo o polêmico ex-presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) Joaquim Mamede de Carvalho e Silva, que comandou a entidade por 21 anos e estava com 86 anos. A CBJ não informou a causa da morte, apenas que o sepultamento do ex-dirigente será às 16h desta segunda-feira no cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador, no Rio.

Joaquim deu início à conturbada dinastia Mamede à frente da CBJ, marcada por denúncias de desvio de verbas e boicotes a atletas críticos à sua gestão. Aurélio Miguel, ouro no judô nos Jogos de 1988, não foi à Olimpíada de Los Angeles, quatro anos antes, porque discutiu com Mamede.

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À época, Mamede era superintendente da CBJ, cargo que ocupou de 1979 até 1985, quando foi eleito presidente. Ficou no cargo até 1990, abrindo espaço para o filho, Joaquim Mamede de Carvalho e Silva Júnior. O pai era quem tocava a CBJ na mão de ferro, ocupando o cargo de superintendente. Era inelegível por causa de contas vetadas do TCU. À época, a filha Cristina Madeira era técnica da seleção e o genro, Marcos Madeira, tesoureiro.

A chamada 'dinastia Mamede' só chegou ao fim em 2001, quando Paulo Wanderley Teixeira, opositor ao grupo, contou com o apoio dos atletas para se eleger presidente. O dirigente, que completou 15 anos no cargo, comentou a morte do ex-desafeto.

"O Professor Mamede foi um dirigente marcante no esporte brasileiro, em especial no judô. Se autointitulava como ‘rude’, sempre em tom de brincadeira e, adepto da ‘democratura’ que, segundo suas palavras, unia a democracia - consultava seus os aliados - e ‘ditadura’ - não mudava a decisão tomada. Uma das suas marcas positivas foi a abertura do espaço para o judô difundir-se nas regiões Norte e Nordeste do Brasil e o incentivo ao judô feminino competitivo", disse Paulo Wanderley, em nota

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