Tópicos | judô: Mayra Aguiar

Uma das principais judocas do Brasil, Mayra Aguiar passou por um longo processo de recuperação, após enfrentar duas cirurgias, uma no joelho direito e outra no cotovelo esquerdo. Afastada desde agosto do ano passado, ela voltou a competir no último fim de semana. E já ganhou a medalha de ouro no importante Grand Slam de Tyumen, na Rússia, o que lhe dá confiança para a disputa do Mundial de Judô, de 25 a 31 de agosto, na cidade russa de Chelyabinsk.

"Quando a gente volta de lesão é muito difícil saber como está até pisar no tatame da competição. Ainda tenho muito a trabalhar, mas esse resultado (em Tyumen) me deu mais confiança para entrar no Mundial", contou Mayra, que integra o grupo de 18 judocas brasileiros já convocados para a disputa do campeonato em Chelyabinsk - ela está, inclusive, com a seleção feminina na Alemanha, onde realização um período de treinos.

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Terceira colocada do ranking mundial na categoria até 78kg, Mayra treinou cerca de três meses antes de voltar a competir. E o título em Tyumen lhe deu a esperança de conquistar a inédita medalha de ouro em um Campeonato Mundial - nas últimas três edições do evento, tem uma de prata e duas de bronze (também foi bronze na Olimpíada de Londres em 2012). "Depois de oito meses de cirurgia, não poderia ter um retorno melhor às competições", comemorou a judoca.

Mesmo competindo com uma lesão no pulso direito, Mayra Aguiar manteve nesta sexta-feira a sua rotina de pódios. O tão esperado ouro não veio dessa vez, mas, com o bronze conquistado no Maracanãzinho, no Rio, a gaúcha de apenas 22 anos faturou sua sétima medalha seguida em um Mundial de Judô.

Essa sequência de pódios começou em 2006, quando Mayra Aguiar foi medalhista de bronze no Mundial Júnior (Sub-20). Na época, tinha apenas 15 anos. O talento precoce se confirmou nas edições seguintes do campeonato: prata em 2008, bronze em 2009 e finalmente o título de campeã mundial júnior em 2010.

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Naquele mesmo ano de 2010, Mayra Aguiar já havia começado sua sequência de pódios na categoria adulta, com a prata no Mundial de Tóquio. Em Paris/2011, ela foi medalhista de bronze, a mesma que ganhou nos Jogos Olímpicos de Londres, no ano passado, e agora no campeonato que acontece no Rio.

Depois da Olimpíada de Londres, Mayra Aguiar só voltou a lutar em abril, quando foi campeã pan-americana. Na sequência, conquistou o título do Masters, torneio que reúne apenas as 16 melhores do ranking mundial. Também foi vice-campeã no Mundial Militar e no Grand Slam de Moscou.

Assim, virou a líder do ranking na categoria até 78kg e chegou ao Mundial do Rio como favorita. Cabeça de chave, ela estreou apenas na segunda rodada nesta sexta-feira, diante da italiana Assunta Galeone, e forçou a adversária a receber duas punições, além de aplicar um wazari no final.

Em seguida, diante da holandesa Marhinde Verkerk, Mayra Aguiar começou melhor a luta e viu a adversária levar uma punição. A brasileira, então, recebeu duas punições, o que pôs sua oponente em vantagem. Além disso, sofreu um ippon quando faltavam apenas quatro segundos para o final.

Com a derrota nas quartas de final, Mayra Aguiar caiu na repescagem, quando passou pela ucraniana Viktoriia com uma imobilização. Assim, fez a luta pela medalha de bronze diante da canadense Catherine Roberge, ganhando com um belo ippon e subindo novamente ao pódio.

Agora, o Brasil passa a ter quatro medalhas no Mundial do Rio, que acaba no domingo. E todas foram conquistadas pela seleção feminina. Antes do bronze de Mayra Aguiar, já tinha conseguido o ouro inédito com Rafaela Silva, além da prata de Érika Miranda e do bronze de Sarah Menezes.

SEM SUCESSO - Outra judoca brasileira chegou à repescagem nesta sexta-feira no Rio, mas não teve a mesma sorte. Na categoria até 70kg, Maria Portela precisava ganhar da francesa Lucie Decosse, que é bicampeã mundial e atual campeã olímpica, para poder ter o direito de disputar a medalha de bronze no combate seguinte. Mas perdeu a luta para a poderosa adversária da França e ficou fora do pódio.

Maria Portela chegou ao Mundial como a oitava colocada do ranking da categoria. E começou a campanha com vitórias sobre a dinamarquesa Emile Sook e a casaque Dinara Kudarova. Mas acabou perdendo nas quartas de final para a sul-coreana Ye-Sul Hwang. Aí, teve nova chance na repescagem, quando fez uma luta bastante equilibrada contra Lucie Decosse e só foi derrotada no golden score.

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