Tópicos | Júpiter Maçã

“Estive praticamente sepultado em função do alcoolismo”, foi com essas palavras que Jupiter deu início à nossa entrevista. Dono de um público específico e cativo no Recife, ele explica que está em uma de suas fases “Apple” (leia-se gringa), mas sem neutralizar o seu “outro” – Maçã.

Flávio Basso é o nome por trás de Jupiter Apple e essa linha tênue permeia entre o seu ego “mega e alto-irônico, no sentido mitológico da palavra, mas sempre lembrando a leveza e a brincadeira do Scifi”, explica Apple, referindo-se a uma espécie de ficção científica, ou coisa do tipo.

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Quando perguntado quanto a sua participação no Abril pro Rock, em 2008, Jupiter responde com uma retomada à edição de 1998, ano de sua estreia no Recife. “Foi muito rápido o hiato entre o público e a crítica, e a música Lugar do Caralho despontava no programa Sopa Diário (Rádio Cidade) com Roger de Renor. O show no pavilhão começou tímido e foi contagiando, em instantes, todo os espectadores”, relembra o compositor sobre uma de suas “canções-ícones”, importante no cenário recifense.

“Já em 2008 eu estava mais a vontade, e as pessoas conheciam melhor o meu trabalho”, complementa Jupiter. Fato curioso é que entre as duas participações no evento, mais precisamente em abril de 2006, durante o Festival Cine PE, aconteceu o lançamento do longa “Wood and Sotck – Sexo, Orégano e Rock'n'Roll”, do também gaúcho Otto Guerra. Durante os quase 90 minutos de filme, “56%” da trilha sonora, segundo o próprio, foi assinada por Jupiter Maçã e uma delas, inclusive, entrou para o CD promocional do APR 2008 – As mesmas coisas.

Este simpático gaúcho também confessa que Recife já faz parte do seu “biomapa”. “O meu coração está aberto para o mundo – esse biomapa é perigoso. Na verdade, na medida que eu vou passando pelos lugares eu me apaixono por eles (lugares/público) e vice-versa”. 

Obeserva e Toca – A apresentação do Jupiter Maçã foi a atração principal da noite de encerramento da 43º edição do festival Observa e Toca, que aconteceu nos meses de novembro e dezembro, na Torre Malakoff, Bairro do Recife. A noite contou ainda com a apresentação e intermediação do cantor e veejay da MTV, China, que mediava a interação entre público e artista ao longo das apresentações de Jupiter Maçã, Embuás, Novanguarda e da poetisa Gabriele Vitória.

De acordo com Rafael Cortez, coordenador de música da Secretaria de Cultura, “o principal objetivo do Observa e Toca é a troca de experiências e informações. Público e artista juntos refletindo sobre música” 

Após um mês de encontros marcados todos os domingos, o projeto Observa e Toca 2011 chega ao fim neste domingo (4). O evento acontece na Torre Malakoff, no Bairro do Recife, a partir das 16h. A atração principal será o músico Júpiter Maçã e banda, com aparesentação prevista para a 17h30. Também subirão ao palco as bandas Novanguarda e Embuás. A programação também conta com a palestra 'Intercâmbio com o Mercado Latino Americano'.

O músico gaúcho Júpiter Maçã gravou o primeiro álbum - “A sétima Efervescência” - em 1996. Foi a partir daí que o artista ganhou destaque e firmou seu nome nos principais jornais culturais do país.  Ele já integrou as bandas de rock gaúchas TNT e Os Cascavelettes, antes de partir para a carreira solo. Júpiter tem um currículo vasto como cantor, compositor, cineasta e guitarrista.

O público que vai conferir a apresentação do artista poderá dançar ao som de ritmos como tropicalismo, pop, rock e bossa nova. No repertório, canções em português e em inglês.

O projeto Observa e Toca consiste em um conjunto de ações permanentes para o desenvolvimento da música em Pernambuco. Ele é concebido e realizado pela Coordenadoria de Música da Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco.

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