Tópicos | Liga dos Campeões da Europa

O Bayern de Munique está na final da Liga dos Campeões da Europa. Depois de uma verdadeira batalha diante do Real Madrid, que precisou de prorrogação e pênaltis para ser decidida, o time alemão garantiu a classificação nesta quarta-feira, em pleno Santiago Bernabéu, ao vencer a disputa de pênaltis por 3 a 1.

Após 90 minutos regulamentares, o Bayern saiu derrotado por 2 a 1, mesmo resultado de sua vitória na partida de ida. Na prorrogação, o placar seguiu inalterado, mas, nos pênaltis, o time do técnico Jupp Heynckes contou com a estrela do goleiro Manuel Neuer, que defendeu duas cobranças, para vencer.

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Desta forma, o Bayern disputará a decisão diante de sua torcida, no Allianz Arena, no dia 19 de maio, em Munique. O adversário será o Chelsea, que na terça-feira havia eliminado o favorito Barcelona, na Espanha, ao empatar por 2 a 2. A final, aliás, contará com vários desfalques de ambas as partes. São três jogadores suspensos do time alemão - Alaba, Luiz Gustavo e Badstuber - contra quatro dos ingleses - Ivanovic, John Terry, Ramires e Raul Meireles.

O jogo desta quarta contou com uma primeira etapa muito movimentada, principalmente no início, quando o placar do tempo normal foi construído. O Real começou se aproveitando dos erros defensivos do adversário e abriu 2 a 0 antes dos 15 minutos. Pouco depois, o Bayern se recuperou, diminuiu para 2 a 1 e chegou a dominar parte da partida.

O segundo tempo perdeu em emoção, com as duas equipes tendo mais dificuldades para criar jogadas. Os madrilenhos, talvez cansados pela batalha diante do Barcelona no último sábado - quando venceram por 2 a 1 -, davam campo ao time de Munique, que comandava a partida, mas pouco levou perigo ao gol de Casillas.

Na prorrogação, os dois times preferiram não correr risco e, assim, o jogo foi para os pênaltis. Foi aí que Neuer brilhou. Ele defendeu as cobranças de Cristiano Ronaldo e Kaká para garantir a classificação alemã. Sergio Ramos ainda chutou sua cobrança por cima, enquanto Alaba, Mario Gómez e Schweinsteiger converteram para o Bayern, que saiu vencedor da disputa, por 3 a 1.

O JOGO - Precisando vencer para conseguir a vaga, o Real começou melhor, principalmente com jogadas pela direita, e chegou com perigo logo aos 2 minutos. Di María arrancou por este lado do campo, passou por Alaba e rolou para trás. Khedira chegou batendo, mas chutou em cima de Neuer.

Apenas dois minutos depois, o time da casa abriu o placar. Lançamento de Marcelo para Di María, que novamente aproveitou o espaço dado a ele e bateu de primeira. A bola tocou na mão de Alaba, que se jogou no carrinho, e o árbitro marcou pênalti. Na cobrança, Cristiano Ronaldo bateu no canto esquerdo de Neuer, que pulou para o direito, e abriu o placar. Era o resultado que o Real precisava pra avançar.

Se estava mal na marcação, Alaba tentou compensar no ataque e, aos 7 minutos, fez grande jogada pela esquerda, passou por dois marcadores e cruzou no pé de Robben. Na linha da pequena área, o holandês pegou mal na bola e jogou por cima a primeira grande chance do Bayern.

Neste momento o time alemão precisava marcar para se classificar e, por isso, foi para cima. Aos 11 minutos, Mario Gómez bateu forte, Casillas espalmou para o meio da área, mas Ribery foi travado ao bater para o gol.

Quando parecia que o panorama da partida seria alterado, o Real aproveitou-se de um erro do adversário para ampliar. Aos 14 minutos, Ozil aproveitou uma sobra de bola na intermediária e, com um toque rápido, achou Cristiano Ronaldo sozinho. O português aproveitou e só deslocou Neuer.

Com o 2 a 0 adverso, o Bayern deixou de vez a defesa e passou a controlar a posse de bola. Sem desespero, a equipe alemã buscava espaços e, como não encontrava, arriscava em chutes de fora da área. Aos 20 minutos, Mario Gómez levou perigo desta forma.

A pressão alemã deu resultado aos 25 minutos. Tony Kroos recebeu pela direita e cruzou para a área. Pepe empurrou Mario Gomez e o juiz apitou novo pênalti. Na cobrança, Robben bateu no canto direito de Casillas, que ainda tocou na bola, mas não impediu o gol.

O gol diminuiu um pouco o ritmo da partida, já que nenhuma das equipes queria se arriscar excessivamente e ficar sem a classificação. Assim, Benzema, pelo Real, Mario Gómez e Robben, pelo Bayern de Munique, tiveram as últimas duas chances do primeiro tempo, que terminou mesmo em 2 a 1.

O segundo tempo começou diferente do primeiro e nos dez primeiros minutos Mario Gómez e Benzema, novamente, até tentaram, levaram perigo, mas não mudaram o placar. O Bayern insistia em jogadas pela direita, com Robben, enquanto o Real buscava Cristiano Ronaldo, que, bem marcado, pouco aparecia.

A queda de produção fez com que o técnico José Mourinho decidisse mexer na equipe, colocando o brasileiro Kaká no lugar de Di María, que parecia cansado após uma ótima atuação no início do jogo.

A substituição não mudou muita coisa e o Bayern continuou dominando a posse de bola. O time de Munique, no entanto, também tina problemas para criar jogadas e, desta forma, a partida foi se arrastando, truncada, até o final. Mario Gómez ainda perdeu uma grande chance, travado na hora do chute.

Com a repetição do resultado de 2 a 1, desta vez com vantagem para o Real, o jogo foi para a prorrogação. Mesmo com o cansaço, o time da casa conseguiu mudar o cenário da partida e começou com o controle da posse de bola. No segundo tempo da prorrogação, as duas equipes preferiram não arriscar. Kaká teve dois bons momentos com a bola no pé, mas demorou para decidir-se e não aproveitou as chances. Assim, a disputa foi para os pênaltis.

Maior destaque do time, Cristiano Ronaldo perdeu a primeira cobrança madrilenha. Neuer fez grande defesa. Kaká também desperdiçou sua penalidade, em nova grande defesa do goleiro alemão. Casillas pegou o pênalti de Tony Kroos e recolocou o Bayern na disputa. Na sequência, o espanhol voltou a defender uma cobrança, desta vez de Lahm, mas Sergio Ramos chutou por cima a chance de igualar o placar. Schweinsteiger acertou a última cobrança e colocou o time de Munique na decisão.

O Barcelona não foi brilhante, não encantou ou goleou. Messi não fez golaços ou foi genial em campo. Ainda assim, o argentino marcou dois gols de pênalti, o time catalão venceu o Milan por 3 a 1, nesta terça-feira, no Camp Nou, e garantiu vaga nas semifinais da Liga dos Campeões da Europa. Na partida de ida, as equipes haviam ficado no empate por 0 a 0, na Itália.

Sem demonstrar um futebol empolgante, o Barcelona contou com a maior posse de bola - 60% a 40% - e a efetividade para vencer o Milan, que pouco atacou o gol adversário. Na semifinal, os espanhóis enfrentarão o vencedor de Chelsea e Benfica, que jogam nesta quarta, em Londres, pela volta das quartas de final. Na ida, em Portugal, o time inglês venceu por 1 a 0.

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Com os dois gols marcados nesta terça, Messi fez história mais uma vez. O primeiro foi seu 13.º na Liga dos Campeões da Europa desta temporada, ultrapassando Ruud van Nistelrooy, que era o maior artilheiro da competição em uma edição de sua atual fase - quanto o torneio passou a ter esse nome, em 1992/1993 -, com os 12 gols marcados em 2002/2003, pelo Manchester United.

Já o segundo gol fez com que o argentino igualasse a marca do brasileiro Mazzola, que em 1962/1963 marcou 14 gols pelo Milan e era até hoje o artilheiro isolado de uma mesma edição na história do torneio, que na época ainda se chamava Copa dos Campeões.

O equilíbrio visto na primeira partida não aconteceu no Camp Nou e o Milan desde o início dava indícios de que seria mais uma das vítimas do Barcelona em seu estádio, onde o time catalão não perde desde setembro de 2010. Messi abriu o placar de pênalti, mas, em uma única chegada perigosa no primeiro tempo, os italianos empataram. Pouco antes do intervalo, o árbitro Björn Kuipers marcou outro pênalti, polêmico, para os catalães e o argentino marcou mais um. Logo no início da etapa final, Iniesta anotou o seu e definiu o placar.

O JOGO - O Barcelona começou dominando amplamente a posse de bola, empurrando o Milan para seu campo de defesa. Aos 4 minutos, Messi recebeu na intermediária. Em sua jogada característica, cortou para o meio, passou por dois marcadores, e bateu, mas Abbiati impediu o primeiro gol.

Apenas dois minutos depois, o argentino recebeu grande passe de Fabregas e, de frente para o goleiro, tocou para fora. Aos 10 minutos, no entanto, não teve jeito. Messi arrancou pela esquerda, tocou para o meio, mas a zaga cortou. No rebote, Antonini deu um carrinho infantil e derrubou o atacante na área. Pênalti que o próprio Messi bateu, no canto direito de Abbiati, para marcar.

O gol fez com que o time da casa diminuísse o ritmo, mas seguia sem dar chances para o Milan, que pouco ficava com a bola. Apenas aos 24 minutos, os catalães voltaram a levar perigo, novamente com Messi, que recebeu ótima bola de Iniesta, mas bateu fraco de direita, fácil para Abbiati.

Quando parecia que o Milan estava entregue, os italianos conseguiram o empate. Aos 32 minutos, Nocerino recebeu bom toque de Ibrahimovic, aproveitou a falha da zaga do Barcelona, principalmente de Mascherano, único que dava condição ao meio-campista, e marcou.

Oito minutos depois, outro pênalti para o Barcelona. Em cobrança de escanteio, o árbitro viu Nesta puxando a camisa de Busquets. Na cobrança, Messi mudou de canto e marcou o segundo dele.

Logo no início da etapa final, o time da casa chegou ao terceiro gol. Aos 8 minutos, Messi arrancou pela intermediária e tentou a finalização. A bola tocou na zaga e sobrou dentro da área para Iniesta, que só teve o trabalho de deslocar Abbiati.

Com a maior vantagem, o Barcelona passou a jogar com menos responsabilidade e melhorou na partida. Aos 25 minutos, Fabregas deu belo lançamento para Messi, que achou Thiago Alcântara dentro da área. O brasileiro naturalizado espanhol bateu cruzado, de esquerda, para fora. Adriano e Messi ainda tiveram boas chances, mas o placar ficou mesmo em 3 a 1.

O Barcelona entrou em campo nesta quarta-feira podendo até perder por 2 a 0 para o Bayer Leverkusen, no Camp Nou, para se classificar para as quartas de final da Liga dos Campeões da Europa. No entanto, a equipe catalã mostrou porque é considerada uma das melhores da história do futebol, goleou por 7 a 1, com show de Lionel Messi, que anotou cinco gols, e avançou na competição.

Com os gols marcados nesta quarta, Messi disparou na artilharia da competição, com 12 gols em sete jogos, contra oito de Marek Bakos, do Viktoria Plzen, que já foi eliminado. O argentino ainda se tornou o único jogador a marcar cinco vezes em uma mesma partida da Liga dos Campeões em sua nova fase, desde 1992/1993 - antes o torneio era chamado de Copa dos Campeões.

O show de Messi começou aos 25 minutos do primeiro tempo. O atacante recebeu lançamento de Xavi, a zaga do Bayer tentou fazer linha de impedimento e deixou o argentino sair sozinho. Ele teve tranquilidade, caminhou com a bola e tocou por cobertura, na saída do goleiro.

Antes do fim do primeiro tempo, Messi voltou a marcar, ao seu estilo. Iniesta avançou e tocou para Messi, pela direita. O atacante cortou para o meio, passou por dois marcadores e bateu forte, rasteiro, no canto direito de Leno.

Na volta para a etapa final, o Barcelona aumentou o ritmo e transformou a vitória em goleada rapidamente. Aos 4, Messi recebeu ótimo lançamento de Fabregas, novamente aproveitando falha na linha de impedimento do Bayer. O argentino dominou, avançou e, de pé direito, tocou novamente por cobertura para marcar outro golaço.

Seis minutos depois o jovem Tello, que havia entrado três minutos antes, recebeu lançamento de Fabregas pela esquerda e tocou sem chance para Leno. Mais dois minutos e Messi voltou a marcar. Após tabela, ele aproveitou falha da zaga e do goleiro para fazer seu quarto, e o quinto do Barcelona.

Tello e Messi ainda voltariam a marcar mais uma vez cada um. Aos 16 minutos, Tello recebeu passe de Daniel Alves dentro da área e tocou de pé direito. O goleiro falhou e o Barcelona aumentou ainda mais a vantagem. Já aos 39, Messi recebeu na meia-lua e tocou no canto direito de Leno. Antes do fim, Bellarabi ainda anotou o gol de honra dos alemães.

A equipe da Catalunha conhecerá seu adversário nas quartas de final da Liga dos Campeões da Europa apenas no próximo dia 16, quando acontecerá o sorteio dos confrontos.

Dos 16 remanescentes na Liga dos Campeões da Europa, o Chelsea talvez seja aquele em pior fase. Apesar dos milhões investidos, a equipe passa por uma crise e a pressão já atinge o técnico André Villas-Boas, muito criticado pela torcida e imprensa inglesa. Com apenas uma vitória nas últimas seis partidas, o time londrino admite que jogará sob desconfiança diante do Napoli, nesta terça-feira, na Itália, pela ida das oitavas de final da competição europeia.

"Acho que podemos sentir que ninguém acredita na gente", declarou o atacante Didier Drogba, nesta segunda-feira. "Amanhã (terça) vamos mostrar que merecemos estar aqui. Vamos ter que conseguir um bom resultado. Temos que ser espertos e vamos fazer tudo o que o técnico nos pedir", completou.

O marfinense ainda demonstrou apoio a Villas-Boas, um dos mais pressionados pelos maus resultados do Chelsea. O treinador já admitiu que não conta com o aval de todos os jogadores do elenco e viu nomes como os de José Mourinho e Fabio Capello serem cogitados para seu lugar. De acordo com Drogba, no entanto, o mau momento é culpa de toda a equipe e um placar favorável nesta terça pode marcar a volta por cima do time londrino na temporada.

"Nós todos somos responsáveis pelos resultados. O Chelsea é responsável pelos resultados e precisamos jogar nosso jogo. Amanhã (terça) será a chance", disse. "No futebol sempre há um ou outro jogo que afasta a má fase ou o momento de dificuldade. Este é um destes jogos e precisamos de uma boa atmosfera para nos divertir e jogar como um time", afirmou.

O Real Madrid não poderá contar com o meia Kaká e o lateral-esquerdo Marcelo na partida contra o Lyon, quarta-feira, na França, válida pela quarta rodada do Grupo D da Liga dos Campeões da Europa. Os jogadores brasileiros estão contundidos e não foram relacionados para o confronto pelo técnico José Mourinho, assim como o lateral-direito Arbeloa.

Kaká ficou fora do treino do Real Madrid pelo segundo dia seguido por conta de uma lesão muscular na panturrilha direita, sofrida no último sábado, durante a vitória sobre a Real Sociedad por 1 a 0, em partida válida pelo Campeonato Espanhol.

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Marcelo sofreu sua lesão durante o último treinamento da equipe antes da viagem para a França. O lateral-esquerdo reclama de dores na coxa esquerda. Arbeloa ainda sofre com uma lesão no quadríceps da perna esquerda e não terá condições de encarar o Lyon. Assim, como Kaká, ele não treinou nos últimos dois dias.

O Real Madrid faz um bom início de temporada e, além de estar na primeira posição no Campeonato Espanhol, lidera o Grupo D da Liga dos Campeoes, com nove pontos. Caso derrote o Lyon na quarta-feira, a equipe vai se classificar antecipadamente às oitavas de final do torneio.

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