O Metrô de São Paulo demorou uma hora para autorizar as buscas de funcionários pelo menino Luan, de três anos, que foi encontrado morto em um túnel da estação Santa Cruz, na linha 1-Azul, no dia 23 de dezembro. A informação consta em um relatório do Sindicato dos Metroviários.
O documento aponta que a companhia recebeu uma mensagem de texto às 11h07 dizendo que uma criança havia desembarcado sozinha na estação Santa Cruz e que, em um primeiro momento, a procura foi na plataforma e no shopping que fica em cima da estação.
##RECOMENDA##Sem encontrá-la, às 11h20 os funcionários começaram a cogitar a hipótese de procurar no túnel, e às 11h28 formalizaram a necessidade de buscar pelo menino nos trilhos, mas somente às 12h08 foi autorizada a entrada de funcionários no local. O corpo foi encontrado somente às 12h46. Cerca de uma hora e meia depois do desaparecimento da criança.
O sindicato afirmou que o Metrô preza a excelência e a eficiência na operação, mas deveria prezar também a possibilidade de a criança estar nos trilhos. Segundo a entidade, faltam funcionários de plataforma e no interior do túnel deveria ter uma trava que não permitisse o acesso e até mesmo um tipo de sensor com alarme sonoro para chamar a atenção sobre a entrada de alguém no túnel.
No dia 23 de dezembro, a criança estava acompanhada da família a caminho da praia, quando desceu do colo da mãe e correu para fora do vagão na estação Santa Cruz. Depois que as portas do trem se fecharam, os familiares de Luan desceram na estação seguinte, Praça da Árvore, e pediram ajuda aos seguranças para procurar pela criança. Luan foi encontrado com ferimentos na cabeça, a 200 metros da estação Santa Cruz. A morte do menino foi confirmada pelo Hospital São Paulo.