Tópicos | A lira do delírio

Nesta terça-feira (15) um grande número de pessoas foi ao Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), no Derby, para assistir à segunda sessão do longa Tatuagem, de Hilton Lacerda, durante a programação do 6º Janela Internacional de Cinema do Recife. Além da exibição, que atraiu muita gente pra fila bem antes das portas abrirem às 18h, aconteceu também um debate sobre o filme pernambucano, mostra competitiva de longas e a exibição de A lira do delírio (1978), de Walter Lima Jr.

Tatuagem, que teve exibição no Cine São Luiz na sexta-feira passada (11), na abertura do festival, se passa no Recife de 1978, período de grande provocação artística e repressão política no Brasil. “Este trabalho é como se fosse uma grande metáfora sobre os dias de hoje, sobre as intolerâncias, de que forma os governos têm se comportado diante da população, e de que forma a sociedade tem se visto”, revelou Hilton Lacerda ao Portal LeiaJá. Quando a exibição no cinema da Fundaj acabou, o público aplaudiu bastante.

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“Eu estou satisfeito com meu primeiro filme como diretor. Engraçado que quando você passa muito tempo trabalhando no longa tem uma hora que você espera a ultima etapa: a relação que terá com as pessoas para quem você fez o filme. Até agora a resposta tem sido muito boa”, avaliou o diretor pernambucano.

Quem estava na Fundaj, bastante surpreso com a repercussão de Tatuagem, foi Kleber Mendonça Filho, que dirigiu recentemente O Som ao Redor, pré-indicado ao Oscar. “Hoje teve a segunda sessão e foi uma loucura. Mais de 500 pessoas apareceram por aqui e o espaço só comporta 200 lugares. Me parece que esse filme vai chegar aos cinemas forte e isso é muito bom para a produção local”, comemorou Kleber.

Presente na trilha sonora de Tatuagem, a cantora Isaar também foi prestigiar o longa. “Fiquei maravilhada com o filme e estou muito feliz por ter participado com a minha voz”, disse a cantora recifense. Além dela, Deco, Jr Black, Ylana Queiroga, André Julião, Lucas Dos Prazeres, Leonardo Domingues, Yuri Queiroga e Parrô Mello também colaboraram na trilha, que teve direção de Hélder Aragão, o DJ Dolores.

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