Tópicos | Kléber Mendonça Filho

Em seu discurso na vitória do Oscar de Melhor Filme, Bong Joon-ho, diretor de Parasita, citou uma frase atribuída por ele a Martin Scorsese: 'o mais pessoal é o mais criativo'. Há obras que, mesmo autobiográficas, fazem com que memórias perdidas sejam recuperadas, ainda que o que surja na tela sejam as lembranças e experiências de vida de outra pessoa.

Com Retratos Fantasmas (2023), o pernambucano Kleber Mendonça Filho (Aquarius, Bacurau) recorda um Recife que lhe moldou como fã e realizador de filmes, mas que também é parte do imaginário popular de várias gerações. E essa é uma mistura perfeita.

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A época de ouro e a decadência dos cinemas de rua costuram o antes e o hoje do centro da cidade, mas, como era de se esperar, não assistimos a uma simples “declaração de amor ao Recife” ou “uma viagem no tempo”. O significado que essas clássicas salas de exibição têm para a capital pernambucana vai além de um empreendimento cultural que deixou saudades. 

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Quando as imagens de arquivos surgem na tela, mostrando os nomes Trianon, Art Palácio, Moderno, é como rever velhos amigos. Talvez, um dia, os mais novos sintam o mesmo com o letreiro do São Luiz, único ainda de pé, infelizmente funcionando a duras penas.

Mas como fazer com que essa visão particular alcance pessoas que não viveram tal época ou sequer pisaram no Recife? Tornando o contexto universal. Mostrando como o fluxo de dinheiro saindo de uma localidade para outra deixa estragos, inclusive no segmento cultural.

Os cinemas não fecharam porque o público enjoou da sétima arte, mas sucumbiram a novos valores capitalistas, incluindo aí uma espécie bizarra de “especulação imobiliária pentecostal”. Sim, salas populares viraram templos em várias cidades do país e no Recife não foi diferente. 

Porém, vamos parar. É claro que não existem spoilers em um documentário, mas entrar em detalhes do que é mostrado em tela acabaria estragando boa parte de Retratos Fantasmas. E ninguém vai fazer isso aqui, porque 'cinema é a maior diversão'

Um dos cineastas mais festejados do audiovisual nacional, o pernambucano Kleber Mendonça Filho, acaba de estrear um novo filme no Festival de Cannes: ‘Retratos Fantasmas’. O documentário chega ao Brasil apenas em agosto e, antes disso, o diretor falou, durante entrevista, se um de seus maiores sucessos, ‘Bacurau’, ganhará uma sequência.

Em ‘Retratos Fantasmas’, Mendonça volta ao gênero que deu início à sua carreira, o documentário. Segundo o cineasta, o filme “ reflete uma vida que tem sido dedicada a filmar, a contar histórias e a observar a forma como nos relacionamos com os filmes”, como explicou em entrevista à New Mag.

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Kleber também falou sobre a possibilidade de um de seus longas de maior sucesso, Bacurau, ganhar uma sequência. Ele não descartou, mas fez ressalvas. “Tenho uma fome grande por fazer filmes e gosto que cada um seja surpreendente de alguma maneira. Penso numa continuidade de “Bacurau” que seja uma surpresa total, nada que alguém espere”. 

O diretor Kleber Mendonça Filho anunciou, nesta quinta-feira (13), que seu próximo filme será lançado no Festival de Cannes. Desta vez sem participar da competição, o 5º Longa-metragem do cineasta se trata de um documentário ambientado no Centro do Recife. 

"Retratos Fantasmas" traz recortes entre o passado e o presente da cultura entorno dos cinemas Veneza e São Luiz, como explicou o diretor logo após o anúncio. O documentário será apresentado na Sessão Especial do festival e é a 4ª produção de Kleber Mendonça projetada em Cannes. 

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Antes, o pernambucano levou Vinil Verde, Aquarius e Bacurau à amostra. Os dois últimos participaram das competições de 2016 e 2019. 

Em sua 76ª edição, o tradicional Festival de Cannes, em Paris, começa no dia 16 de maio e vai até o dia 27. 

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Diretor do elogiado Bacurau, do Som ao Redor e um dos mais importantes cineastas brasileiros na atualidade, Kléber Mendonça Filho publicou carta aberta para a governadora Raquel Lyra, neste domingo (19). No documento, ele demonstra preocupação com o Cinema São Luiz, uma das mais tradicionais e antigas salas de cinema do Brasil.

O cineasta lembra que o São Luiz está fechado para reformas desde junho de 2022 e que Raquel Lyra tem promovido um desmonte na equipe do cinema público e não deu prazo para reabertura da sala. "Parte importante da valiosa equipe que cuida do Cinema São Luiz foi demitida", conta Kléber Mendonça Filho.

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Fazendo um resgate do histórico recente da sala de cinema, incorporada ao Estado no governo de Eduardo Campos, Mendonça Filho diz que o cenário é "perturbador" e cobra respostas da governadora sobre o destino do Cinema São Luiz.

Confira a carta na íntegra:

UMA CARTA ABERTA

Para a Sra. Governadora Raquel Lyra

Sra. Renata Duarte Borba, Presidenta da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco - Fundarpe.

Sr. Silvério Pessoa, Secretário de Cultura.

Amigas, amigos e colegas do audiovisual,

Conselhos do Audiovisual e de Cultura

Vereadores, Deputados que lutam pela Cultura. Bom poder compartilhar isso com todas vocês.

Uso esse espaço para externar algumas preocupações com o Cinema São Luiz. A nossa grande sala na Rua da Aurora fechou para uma reforma em julho do ano passado, ainda no governo do Sr. Paulo Câmara, e já estamos chegando em abril na vossa administração sem que existam informações concretas sobre a reabertura do São Luiz.

Quando o São Luiz reabre?

Nos últimos dias, circula a informação confirmada de que uma parte importante da valiosa equipe que cuida do Cinema São Luiz foi demitida. Essa equipe é composta por João Bosco, Miguel Tavares, Arthur Abdon, Arthur Frederick (Tuca), Gustavo Coimbra, Eliane Muniz, Bruno Alves, Joyce Suelen, Wilma Carvalho, Maria das Graças, Ione Jesuina, Inaldo Inácio, Alexandre Amorim, Luiz Gustavo Fernandes, Adriano Mota e Edmilson Severino de Barros.

Foram quatro demitidos da equipe principal. Três colaboradores dos serviços gerais foram supostamente transferidos para a Casa da Cultura, e há ainda a possibilidade de um corte de 50% nos vigilantes.

Em janeiro, já nesta gestão, o programador Luiz Joaquim, profissional de competência reconhecida nacionalmente, foi exonerado.

Luiz Joaquim substituiu Geraldo Pinho, que fez um trabalho histórico no São Luiz ao longo da última década. Geraldo esteve à frente dessa equipe que está agora sendo desmontada.

Geraldo Pinho faleceu em dezembro de 2021, uma perda trágica para o audiovisual pernambucano. Era um formador de público, assim como Luiz Joaquim, também um formador de público. Formar, seja numa escola, numa orquestra ou num cinema, passa por generosidade e senso de cidadania.

O aparente desmonte dessa grande equipe do São Luiz é perturbador. Quando em 2006 o SL deixou de ser uma sala comercial do Grupo Severiano Ribeiro - que inaugurou o cinema em 1952 - e foi adquirido pelo Governo Eduardo Campos no final da década de 2000, os desafios eram grandes. Como manter uma sala de mil lugares no centro do Recife, na era do shopping center e do multiplex?

A resposta foi construída aos poucos, e sem jamais seguir uma lógica de mercado, pois não seria nunca o caso. O São Luiz é um outro tipo de espaço, é um investimento do estado num nascedouro de idéias, um espaço de convívio que inspira o respeito à história da cidade e do Cinema. É um prédio histórico.

Esse cinema virou palco e tela para o cenário audiovisual pernambucano e a sala sozinha vendeu perto de 100 mil ingressos em dez anos somente para filmes produzidos em Pernambuco, filmes em lançamentos comerciais. Até antes da pandemia, o São Luiz era um caso já sendo estudado e observado, um micro clima isolado com uma programação aberta para o mundo, para a Cultura do Brasil e para o Cinema feito em Pernambuco.

Importante destacar que os equipamentos de projeção e som do São Luiz, com projeção 4K anos antes de o termo virar padrão técnico reconhecido, é melhor do que a maior parte das salas comerciais que cobram ingressos quatro ou cinco vezes mais caros nos shoppings.

Nos segundos semestres dos últimos 12 anos, uma sequência de festivais e mostras de audiovisual, realizados por produtoras e produtores pernambucanos, em grande parte incentivados pelo Funcultura, trazem grandes públicos para ver centenas de filmes. Com diversidade e um olhar democrático para a sociedade.

Cada festival tem a sua própria rede de trabalhadoras e trabalhadores da cultura, cada um tem seu público, e há um público que parece frequentar todos os eventos, interagindo com cineastas de todo o Brasil e do exterior que vêm ao Recife para estar no São Luiz.

Quais os ganhos de sociabilidade e cidadania para uma cidade como o Recife ao vermos mil pessoas saírem do São Luiz para a Rua da Aurora numa das suas sessões, com outros mil espectadores esperando a próxima sessão? E no centro da cidade, uma área que ainda aguarda o respeito que merece para além das estruturas temporárias do carnaval.

Observo ainda que, num carnaval tão maciçamente filmado e fotografado, a fachada do edifício Duarte Coelho acima do São Luiz - totalmente degradada - expõe o nível de abandono que não mostra preocupação nem com a cosmética de um centro de cidade que recebe visitas do país inteiro.

Essa equipe que está sendo desmontada é milagrosa porque desde que o São Luiz passou a ser uma sala pública via Governo de Pernambuco, falta um pensamento consistente de sustentação desse cinema como projeto de Cultura e espaço de investimento, algo que precisa ser resolvido o quanto antes. Isso significa que as deficiências e obstáculos do dia a dia do cinema caem nos ombros dessa equipe que ama o São Luiz e que, de fato, opera milagres.

Às vezes eu acho que o São Luiz, e o trabalho ali feito, impressionam tanto que muitos parecem achar que esse cinema é mágico, que vive de oxigênio e anda sozinho. O São Luiz é como uma pessoa idosa, que exige cuidados especiais, que precisa de dinheiro para sobreviver, que precisa de respeito e de amor. A equipe é toda formada por excelentes cuidadores que amam aquele lugar. Demitir a equipe é como uma punição para uma boa ação.

O que significam as demissões desta semana? Arthur Frederick (Tuca, trabalhador da bilheteria) gravou mensagem de video sobre o seu trabalho no São Luiz durante 12 anos, postado no YouTube. Suas palavras traduzem sentimentos complexos.

Como cidadão, eu imagino os desafios que existem num novo governo. E sei que há um pensamento corrente de que a Cultura fica em segundo plano quando comparada à Economia, à Saúde, à Segurança e à Educação. Isso me parece uma compreensão equivocada. Em Pernambuco, a Cultura é um tesouro de valor inestimável para o estado. A Cultura molda a imagem desse estado e manifesta-se em todas essas áreas ditas prioritárias. A Cultura é Economia, Saúde, Segurança e Educação.

A escrita desta carta tem o objetivo de lhes perguntar o que exatamente está acontecendo com o Cinema São Luiz?

Quais os planos?

Qual a data de reabertura?

Quais a idéias para a Cultura em Pernambuco nessa nova gestão?

Como se dará um diálogo com os que fazem o audiovisual em Pernambuco, reconhecido dentro do próprio São Luiz, no Brasil e internacionalmente? No último mês de setembro, o São Luiz completou 70 anos, e de portas fechadas.

Agradeço a atenção e lhes escrevo como Cidadão e Artista pernambucano, Roteirista, Cineasta e Formador de Público programando filmes.

Kleber Mendonça Filho

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Nesta segunda (23), o cineasta pernambucano revelou, através de uma postagem no Twitter, ter enviado uma cópia do seu filme Bacurau ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando ele estava preso. A revelação foi feita após Lula celebrar um encontro com o ator Silvero Pereira, que interpreta o Lunga na produção. 

Com uma foto na qual aparece abraçando Silvero, Lula fez menção ao filme Bacurau em uma publicação em suas redes sociais. “Bacurau me fez companhia enquanto estava preso. Me fez matar um pouco da saudade do Nordeste. E lembrar porque não baixamos nossa cabeça.” O ex-presidente também contou ter encontrado o cineasta Juliano Dornellas, no Recife,  que divide a direção do longa com Mendonça.

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Kleber compartilhou o post de Lula e aproveitou para contar uma curiosidade. Ele disse ter enviado uma cópia do filme para o ex-presidente quando ele ainda estava preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. “Bacurau tava nos cinemas com todos os cuidados para que o filme NÃO vazasse. Deu certo. Nenhum arquivo aberto saía, 0 links. A ÚNICA exceção foi enviar o pendrive p Lula em Curitiba, que sofria perseguição imunda e histórica já corrigida pela Justiça”.


 

Cinco mulheres e quatro homens integram o júri do Festival de Cannes de 2021, que acontecerá de 6 a 17 de julho.

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- Spike Lee, o presidente -

O diretor americano, de 64 anos, será o primeiro afro-americano a desempenhar a função de presidente do júri.

Lee apresentou sete de seus filmes no Festival de Cannes, como "Ela Quer Tudo", "Faça a Coisa Certa" e "Febre da Selva".

Em 2018, ele foi premiado com o Grande Prêmio por "Infiltrado na Klan", baseado na história real de um policial negro que se infiltrou na Ku Klux Klan.

Lee é uma figura importante da luta contra a discriminação racial nos Estados Unidos e apoiou a carreira de muitos cineastas afro-americanos.

- Kleber Mendonça Filho -

O diretor brasileiro, de 52 anos, disputou a Palma de Ouro pela primeira vez em 2016 com "Aquarius", protagonizado por Sonia Braga. Na ocasião, a equipe do filme protestou no tapete vermelho para denunciar um "golpe de Estado" contra a ex-presidenta Dilma Rousseff.

Três anos mais tarde, seu filme "Bacurau", codirigido por Juliano Dornelles, venceu o Prêmio do Júri em um empate com o francês "Os Miseráveis".

O cineasta também integrou o júri do Festival de Berlim em 2020 e presidiu a Semana da Crítica de Cannes em 2017.

- Mati Diop -

A diretora franco-senegalesa, de 39 anos, disputou a Palma de Ouro em 2019 com seu primeiro longa-metragem "Atlantique", que venceu o Grande Prêmio.

Ela é sobrinha do grande diretor senegalês Djibril Diop Mambéty ("Touki Bouki") e se declara admiradora do cinema onírico do tailandês Apichatpong Weerasethakul, que retorna este ano a Cannes com "Memoria".

- Mylène Farmer -

Conhecida como a "Madonna francesa", Mylène Farmer, de 59 anos, é uma cantora que já vendeu 35 milhões de álbuns e se tornou um ícone entre a comunidade homossexual.

Em 2018, a artista, que já colaborou com grandes cineastas para seus videoclipes como Peter Lindbergh e Abel Ferrara, participou do filme de terror "Ghostland".

- Mélanie Laurent -

A atriz e diretora francesa, de 38 anos, trabalha na França e nos Estados Unidos, onde integrou o elenco do filme "Bastardos Inglórios", de Quentin Tarantino.

Ela codirigiu o documentário "Demain", uma reflexão sobre os desafios do meio ambiente enfrentados pela humanidade. O trabalho se tornou uma referência no tema.

- Maggie Gyllenhaal -

Maggie Gyllenhaal, de 43 anos, foi revelada ao grande público com "Donnie Darko" (2001).

Ela foi indicada ao Oscar de atriz coadjuvante por seu papel em "Coração Louco" (2009). Também atua no teatro e na série "The Deuce", da HBO, sobre a indústria do pornô na década de 1970 e 1980, do qual também é produtora. Atualmente, trabalha em seu primeiro filme como diretora, baseado em um dos livros da escritora italiana Elena Ferrante.

- Song Kang-ho -

Ator fetiche de Bong Joon-ho, o sul-coreano interpretou o pai da família de "Parasita", que venceu a Palma de Ouro em 2019 e o Oscar de melhor filme em 2020.

Em sua carreira, já atuou em 40 filmes, como "Memórias de um Assassino" e "O Hospedeiro".

Em 2020, o jornal americano The New York Times o incluiu na lista dos "25 melhores atores do século XXI".

- Tahar Rahim -

O ator francês, de 39 anos, foi indicado ao Globo de Ouro e ao Bafta por seu papel de detento na prisão de Guantánamo no filme "O Mauritano".

Ele foi revelado em 2009 com "O Profeta", de Jacques Audiard, drama recompensado com o Grande Prêmio do Festival de Cannes. Pelo filme, venceu as categorias de melhor ator e de ator revelação no César, a grande premiação do cinema francês.

- Jessica Hausner -

A diretora austríaca, de 48 anos, participou do Festival de Cannes em 2019 com o filme "Little Joe", que rendeu o prêmio de melhor atriz para Emily Beecham.

A ex-estudante de Psicologia fundou uma produtora, Coop 99, pela qual lançou filmes como "Lovely Rita" e "Lourdes".

Fotos: Ilya S. SAVENOK, Charly TRIBALLEAU, Jonathan BROWN, Anne-Christine POUJOULAT, Yohan BONNET, Christophe SIMON, John LAMPARSKI, Frazer HARRISON, Kazuhiro NOGI

O cineasta brasileiro Kleber Mendonça Filho, o sul-coreano Song Kang-ho, protagonista de "Parasita", e a atriz americana Maggie Gyllenhaal estão no júri do Festival de Cannes, anunciou a organização de evento nesta quinta-feira (24).

Cinco mulheres e quatro homens integrarão o júri que anunciará em 17 de julho o vencedor da Palma de Ouro a um dos 24 filmes em competição, que incluem os trabalhos mais recentes de Wes Anderson, Paul Verhoeven, Sean Penn e Nanni Moretti, entre outros.

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Até agora, o festival havia anunciado apenas o nome do presidente do júri, o cineasta Spike Lee, o primeiro afro-americano a ocupar o posto.

Lee exibiu sete de seus filmes no Festival de Cannes e foi premiado com o Grande Prêmio em 2018 por "Infiltrado na Klan".

O ator sul-coreano Song Kang-ho retorna a Cannes depois que "Parasita" venceu a Palma de Ouro em 2019, antes de vencer o Oscar no ano seguinte.

O diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho também retorna ao festival. Ele competiu duas vezes pela Palma de Ouro: em 2016, com "Aquarius", e em 2019, com "Bacurau", codirigido por Juliano Dornelles. Este último venceu o Prêmio do Júri,, em um empate com o francês "Los Miserables".

Maggie Gyllenhaal, que atualmente trabalha em seu primeiro filme como diretora, também integrará o júri, assim como a diretora e atriz francesa Mélanie Laurent, que já atuou em vários filmes de Hollywood como "Bastardos Inglórios", de Quentin Tarantino.

O júri é completado pelo ator francês Tahar Rahim, de "O Profeta" e "O Mauritano", a cantora francesa Mylène Farmer e duas cineastas que já disputaram a Palma de Ouro, a franco-senegalesa Mati Diop e a austríaca Jessica Hausner.

O maior festival de cinema do mundo, que não foi realizado no ano passado devido à pandemia, acontecerá de 6 a 17 de julho.

Nesta quinta-feira (11), a partir das 22h, a plataforma Sesc Digital disponibiliza três filmes de Kleber Mendonça Filho: "O Som ao Redor" (2012), "Aquarius" (2016), e o fenômeno lançado pela cineasta pernambucano em parceria com Juliano Dornelles, "Bacurau" (2019). As produções estarão acessíveis por até 24 horas de maneira gratuita.

A mostra de filmes é um complemento da live "No Roteiro: Kleber Mendonça Filho", que acontece também nesta quinta-feira (11), no canal oficial do CineSesc no YouTube, às 20h, com o autor das produções. Durante o evento, o autor trará mais informações e curiosidades sobre o livro "Três Roteiros", onde é apresentado o roteiro original dos longas.

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"O Som Ao Redor" foi um dos trabalhos de grande repercussão do diretor. O longa traz uma mensagem sobre ter posses e como este contexto está presente na história do Brasil, mesmo em épocas diferentes. O cineasta havia sido premiado em festivais por curtas-metragens e, a partir deste trabalho, expressou um estilo próprio em contar histórias.

Já em "Aquarius", Mendonça amadurece como autor, e o ápice desse processo de contar histórias vem com "Bacurau", filme que mescla faroeste e suspense e mostra como o diretor é uma referência no cinema nacional.

Localizado à Avenida Beira Mar do bairro do Pina, Zona Sul do Recife, o Edifício Oceania virou estrela de cinema ao ‘co-estrelar’ o filme Aquarius, dirigido pelo pernambucano Kleber Mendonça Filho e protagonizado pela atriz Sônia Braga. O longa foi um grande sucesso, entre críticos e público, e o lugar onde foi rodado tornou-se atração turística na capital de Pernambuco. Agora, os fãs mais animados podem até hospedar-se no apartamento onde a história ganhou a vida. O imóvel está disponível para locação no Airbnb. 

Anunciado no site de hospedagem, o apartamento acomoda até oito pessoas em um espaço com três quartos, sete camas e dois banheiros. O imóvel tem decoração bastante elegante e dispõe de comodidades como TV a cabo e internet wi-fi. Já o edifício, no filme batizado de Aquarius, fica na praia do Pina, no estilo “pé na areia”, como diz o anúncio e, além da proximidade do mar, ainda pode garantir fotos 'turísticas' na emblemática entrada do lugar, eternizada na telona ao lado da imagem de Sônia Braga. 

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A diária no apartamento de cinema custa R$ 550 e, pelos comentários dos hóspedes que já estiveram na acomodação, a estadia é “impecável”. Além de ter sido set de filmagem para um dos filmes mais bem sucedidos do cinema nacional, o Edifício Oceania também é um imóvel de história relevante na cidade do Recife. Assim como na ficção, o imóvel foi cobiçado por grandes construtoras no passado e a resistência de alguns moradores impediu que ele fosse ao chão.

O prédio é uma das últimas construções do tipo residencial multifamiliar de meados do século XX na cidade. Após o filme de Mendonça, um pedido de tombamento do lugar, feito no início dos anos 2000, voltou a ser avaliado pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).

Após passar por salas multiplex e cineclubes de todo o mundo, conquistar 32 prêmios, inclusive em um dos mais importantes festivais de cinema da atualidade, o de Cannes - no qual levou o prêmio Especial do Júri, em 2019 -, o filme Bacurau chega à televisão aberta. O longa, assinado pelos pernambucanos Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, será exibido nesta segunda (30), na TV Globo, no tradicional Tela Quente. 

Bacurau foi assistido por 700 mil pessoas somente nos cinemas brasileiros. O filme narra a história de uma cidade do interior nordestino que reage à invasão e ataques de pessoas de fora, em um verdadeiro ‘faroeste’ brasileiro. Aclamado pelo público e pela crítica especializada, o longa conta com grandes estrelas no elenco, como Sônia Braga, Thomás Aquino, Silvero Pereira, e Bárbara Colen, entre outros. 

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Nas redes sociais, o diretor Kleber Mendonça Filho festejou a chegada do que ele chama de “cinema popular brasileiro” ao veículo que possibilita o acesso das grandes massas à arte e cultura. Em seus perfis, ele celebrou: “Nosso filme boneco na Tela Quente. Sensacional isso aqui. Ocupando o horário nobre”. 

A pandemia do coronavírus teve que mudar os planos de inúmeras pessoas. Por causa do isolamento social, nomes do entretenimento mundial usam a internet para fazer um alerta sobre a importância da quarentena. Nesta quarta-feira (8), o cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho surpreendeu os internautas ao falar da covid-19.

Na sua conta do Twitter, Kleber reuniu o elenco do filme Bacurau para dar um recado aos seguidores. O conteúdo publicado mostra algumas cenas do longa, que ele dirigiu ao lado de Juliano Dornelles, contendo uma mensagem do DJ Urso, personagem que foi interpretado por Jr. Black. A fala reforça o objetivo de combater o coronavírus.

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"A vida imita a arte, Bacurau se organizou e se livrou de uma tremenda presepada e a gente vai fazer o mesmo aqui", diz a locução. Assim que fez a postagem, Kleber Mendonça Filho foi bastante elogiado. "Absolutamente tudo pra mim! Simplesmente lendários. Obrigada por isso, Kleber! Em todos os dias da minha vida irei defender o cinema nacional", comentou uma pessoa no microblog.

Confira o vídeo:

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Morreu nessa sexta-feira (27), aos 72 anos, o desenhista, pintor e cartunista Daniel Azulay, vítima do novo coronavírus. Ele lutava contra a leucemia. Internado na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, Daniel ganhou notoriedade no Brasil nas décadas de 1970 e 1980, com trabalhos direcionados ao público infantil. Na internet, famosos lamentaram o falecimento do carioca.

O cineasta Kleber Mendonça Filho, no Twitter, fez uma postagem dedicada a Daniel. "Uma das lembranças de ser criança no Brasil, ver Daniel Azulay desenhar em plano fechado com Pilot azul ou preto numa folha de papel. 1979? 1980? 1981? Grande abraço e descanse em paz. Pelo Corona", escreveu. Assim como o diretor do filme Bacurau, o youtuber Felipe Neto repercurtiu a morte do desenhista.

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"Daniel Azulay marcou a infância de toda uma geração e impactou várias outras. Agora, nos deixa graças ao COVID-19... Que tristeza absurda...", escreveu ele.

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Após fazer sucesso nos cinemas ao redor de todo o país, o filme Bacurau, dos pernambucanos Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, ganhou uma versão em DVD. As primeiras cópias disponibilizadas, no entanto, se esgotaram rapidamente e o mercado pirata já se encarregou de resolver o problema. O próprio Kleber Mendonça tirou a prova ao encontrar o seu filme na banca de um vendedor ambulante. 

A primeira tiragem dos DVDs de Bacurau tiveram três mil cópias. O estoque esgotou-se rapidamente e, em seguida, deve ser lançada uma versão em Bluray. Enquanto isso, o comércio informal se encarrega de suprir o mercado. O próprio diretor do filme, Kleber Mendonça Filho, encontrou uma cópia do longa em um camelô, na última quarta (8).

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O diretor compartilhou a foto do DVD pirata nas redes sociais e ainda disse que as vendas estão muito boas por lá: "O piratex vendendo bem também no camelô".  Kleber não pareceu nem um pouco incomodado com a pirataria. Ao invés disso, ele celebrou o sucesso do longa: "Hoje teve fila no centro do Recife p/ ver Bacurau, DVD oficial esgotado, piratex vendendo, o filme estreia nos EUA e Inglaterra, tá passando na Argentina, esse mês na Suécia e Holanda. As pessoas estão vendo Bacurau e somos uns sortudos".

 

No início desta semana, profissionais do audiovisual detonaram a decisão da Agência Nacional do Cinema (Ancine) de retirar os cartazes de filmes nacionais do site oficial e das paredes da sede. Neste sábado (7), Kleber Mendonça Filho, diretor dos filmes O Som ao Redor, Aquarius e Bacurau, voltou a falar sobre a polêmica. Na sua conta oficial do Facebook, o cineasta reuniu astros do cinema internacional como forma de protesto contra a Ancine.

"Essa semana a Ancine tirou das suas paredes cartazes dos filmes brasileiros que a instituição sempre promoveu como parte da sua missão. O júri oficial do #festivaldemarrakech composto por atrizes, roteiristas, cineastas e escritores mandou fazer camisas para vestir no peito cartazes de filmes brasileiros e assim mostrar apoio ao Cinema Brasileiro", escreveu, publicando uma foto ao lado de David Michot, Rebecca Zlotowski, Tilda Swinton, Chiara Mastroianni, Atiq Rahimi, Andrea Arnold e Ali Essafi.

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Internautas que acompanham o trabalho do pernambucano elogiaram a atitude. "É preciso contra-atacar. Esses fascistas passaram do limite", escreveu um dos usuários da rede social. "O que nos resta é resistir", comentou outra pessoa.

Confira:

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Bacurau, dos pernambucanos Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho, conquistou mais um reconhecimento internacional. O filme foi eleito o melhor longa-metragem da 29ª edição do Festival do Cinema Fantástico da Universidade de Málaga (Fancine), na Espanha. 

O terceiro longa de Kleber Mendonça Filho em feito bonito nos festivais internacionais que vem passando e, também, nas bilheterias dos cinemas brasileiros. Em Málaga, o filme foi premiado como o melhor longa do festival, na última quinta (21). 

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Já no Brasil, até o mês de setembro, mais de 130 mil pessoas já haviam assistido à produção. O filme arrecadou R$ 1,5 milhão só no fim de semana de estreia. 

 

Estreia no dia 14 de novembro, nos cinemas brasileiros, Azougue Nazaré, o primeiro filme dirigido por Tiago Melo, que já chega ao circuito comercial com prêmios conquistados em diversos festivais pelo mundo. Porém, antes da data oficial de debute, o filme terá pré-estreias no interior de Pernambuco, nas cidades de Buenos Aires, Goiana e Nazaré da Mata, onde o longa foi rodado.

Com 15 anos de dedicação ao cinema, Tiago Melo soma diversos curtas-metragens teve participação em grandes sucessos do cinema nacional. É produtor associado de “Bacurau”, Prêmio do júri Festival de Cannes 2019 e “Boi Neon”, premiado nos festivais de Veneza, Toronto, Hamburgo, Warsaw e Rio de Janeiro. Também foi diretor de produção de “Divino Amor” (Sundance e Berlim) e “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho.

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“Este é um momento muito especial para estar lançando meu primeiro filme como diretor, reafirmando a força do cinema que estamos produzindo em Pernambuco e no Brasil”, comemora Melo.

Para o diretor, foi uma surpresa o longa ter sido exibido em tantos lugares do mundo. “Foi um dos filmes brasileiros que mais circulou internacionalmente no ano. Eu não esperava uma dimensão tão grande”, comenta. “Poder debater o filme em vários países com culturas tão diferentes foi incrível e o encantamento das pessoas quando veem o Maracatu pela primeira vez”, relembra.

A escolha por abordar essa manifestação cultural no longa não foi por acaso. O diretor conta que o Maracatu Rural está em seu sangue, pois sua avó, nascida em Nazaré da Mata, completou 102 anos, a mesma idade do Cambinda Brasileira, o grupo de maracatu mais antigo em atividade. “O Maracatu é uma arte de pura resistência e eu quis colocar isso na tela, mostrar como a arte pode superar preconceitos, bloqueios, ameaças, intolerância etc. Esses artistas são exemplo de que nada é capaz de destruir os sonhos”, finaliza o diretor.

O filme

Azougue Nazaré mergulha no universo do Maracatu Rural, uma tradicional manifestação da cultura popular brasileira que surgiu com a mistura de danças e religiões de matriz africana trazidas pelos povos escravizados no Brasil.

A trama se passa num imenso canavial onde um Pai de Santo pratica um ritual religioso com cinco caboclos, que ganham poderes, incorporam entidades e desaparecem. Enquanto isso, numa casa isolada, mora o casal Catita e Irmã Darlene. Ele esconde que participa do Maracatu e ela é fiel da igreja do Pastor Barachinha, um antigo mestre de maracatu convertido à religião evangélica, que se vê na missão de evangelizar toda a cidade.

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SERVIÇO

Pré-estreia Buenos Aires

Data: 1 de novembro

Local: Clube Municipal de Buenos Aires – PE 059 – Buenos Aires - Pernambuco

Horário: 19h

SESSÃO GRATUITA

 

Pré-estreia Goiana

Data: 2 de novembro

Local: Teatro Sesc Ler – Goiana - R. do Arame, s/n - Centro, Goiana - Pernambuco

Horário: 18h

SESSÃO GRATUITA

 

Pré-estreia Nazaré da Mata

Data: 3 de novembro

Local: Parque dos Lanceiros – BR 408 – Nazaré da Mata - Pernambuco

Horário: 18h

SESSÃO GRATUITA

 

Estreia oficial – Recife

Data: 14 de novembro

Local: Cinema São Luiz

Horário: 19h

Participação do diretor Tiago Melo, Mestre Barachinha, Valmir do Côco e equipe do filme.

Logo após a exibição terá uma grande festa de lançamento na Rua da Aurora, em frente ao cinema São Luiz com o Som na Rural, comandada por Roger, que apresentará o maracatu Cambinda Brasileira, o coco canavial com Valmir do Côco e Sambada com o mestre Veronildo do Cambinda Brasileira e convidados.

O filme Bacurau, dos diretores pernambucanos Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, levou mais de 80 mil brasileiros aos cinemas desde a última quinta (29). A estreia do longa arrecadou R$ 1,5 milhão de reais em bilheteria no seu primeiro fim de semana em cartaz. 

De acordo com dados da Comscore, mais de 86 mil pessoas foram aos cinemas para conferir Bacurau. Ao todo, o longa arrecadou R$ 1,5 em seu primeiro final de semana em cartaz no país. A primeira produção de Kleber Mendonça Filho, O Som ao Redor, conquistou um público de 96 mil pessoas, já Aquarius, segundo longa do diretor, levou aos cinemas 250 mil espectadores.

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Apesar dos bons números, a performance de Bacurau ainda está distante dos alcançados por outros filmes nacionais de maior apelo comercial. A comédia 'De pernas para o ar 3', protagonizado por Ingrid Guimarães, por exemplo, faturou R$ 7 milhões em seu primeiro fim de semana em cartaz, com mais de 400 mil espectadores. 

Na manhã deste sábado (24), os diretores Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, acompanhados de parte do elenco e produção do filme Bacurau, encontraram a imprensa, no Recife, para falar sobre a produção. O longa chega aos cinemas brasileiros, com pompas de 'filme-protesto' em meio a um momento de turbulência no cenário cultural do país, por conta de cortes em linhas de financiamento público e o cerco contra a temática LGBT no audiovisual nacional.

Muito embora tenha sido recebido pelo público e crítica especializada - que assistiu à produção nas diversas pré-estreias já realizadas - como um filme que vai de encontro ao momento atual do país, Bacurau começou a ser idealizado e produzido há 10 anos, em um contexto um tanto distinto ao de hoje. Finalizado em maio de 2018, o longa já passou por diversos festivais e mostras ao redor do mundo e conquistou prêmios importantes em Cannes (Prêmio do Júri) e no Festival de Cinema de Munique (Melhor Filme). Neste sábado (24), o público recifense pode conferir a pré-estreia de Bacurau em duas sessões no Cinema São Luiz.

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A identificação imediata do público como conceito de resistência, fortemente presente no longa, parece não ter surpreendido seus realizadores. Já Kleber cita ‘zeitgeists’, termo alemão usado para nomear o ‘espírito’ de uma época, e relembra seu segundo longa, Aquarius, lançado apenas um mês antes do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff: “Eram histórias parecidas, uma mulher forte sendo retirada de uma posição. Eu nunca poderia imaginar que isso aconteceria”. 

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O ator Rubens Santos, que interpreta o personagem Erivaldo, tenta sintetizar o tema dizendo que “Bacurau é uma grande reação”, mencionando a trama que conta a história de moradores de um pequeno município que lutam pela segurança e manutenção de sua terra diante acontecimentos quase inexplicáveis. “É como se a gente estivesse subindo o tom; O Som ao Redor, Aquarius e agora Bacurau”, complementa Kleber. O músico Jr. Black, que também atua na produção, também opina: “O cinema de Kleber é muito honesto, muito comunicador. Ele ressalta essa necessidade que a gente tem, o Brasil passa por uma crise moral, não é uma questão política, é uma questão moral que assola o Brasil há muito tempo, e o filme de Kleber é muito claro, só não interage quem não quer”.

Oscar

Bacurau é, sobretudo, um filme de gênero; um western misturado com ficção científica e aventura. O diretor Kleber Mendonça Filho revelou, durante a coletiva, que o seu desejo, e o do colega Juliano Dornelles, era fazer um filme sobre "como o Nordeste existe no Brasil" e como os nordestinos se percebem enquanto parte da nação brasileira. O longa foi rodado no Sertão do Rio Grande do Norte, e acabou mobilizando toda a cidade de Parelhas e seus moradores, que trabalharam como figurantes. 

Com bons resultados e respostas, mesmo antes de sua estreia, que acontece no dia 29 de agosto em todo o Brasil, Bacurau é um dos títulos mais cotados a entrar como representante brasileiro no Oscar. A equipe está bastante otimista. “Os filmes que têm sido indicados todos passaram pela competição de Cannes. O Bacurau é o único brasileiro selecionado para o Festival de Nova Iorque e muitos membros da academia têm esse festival como referência. Mas, vamos ver. Eu acho que a gente poderia representar muito bem o Brasil, assim como teríamos representado com Aquarius”. 

Enquanto a indicação para o Oscar não vem, a equipe de Bacurau continua divulgando o filme em festivais, mostras e pré-estreias até que o longa entre de fato no grande circuito de cinema. A despeito do cenário nebuloso que se instaura para produtores e artistas brasileiros, com diminuição de linhas de financiamento para produtos culturais e a fiscalização dos temas neles tratados, a exemplo da temática LGBT. “Estamos em território desconhecido. Há pouco tempo observamos um desrespeito pelo papel do artista no país e a gente tem que ver o que vai acontecer porque isso não é democrático. A gente espera continuar produzindo”, disse Kleber. 

Aqueles que enfrentaram uma longa fila para comprar ingressos para a pré-estreia de Bacurau, e ainda assim não conseguiram garantir sua entrada, podem ficar tranquilos. O longa terá algumas sessões de pré-estreia neste sábado, em diferentes cinemas da Região Metropolitana do Recife. Ao todo, 21 cidades ao redor do país, receberão pré-estreias da produção.

A ideia de abrir sessões extra de Bacurau se deu diante a grande demanda por ingressos. Neste sábado (17), os cinemas dos shoppings Guararapes, Patteo Olinda; do ETC Rosa e Silva; e da Fundação Unidade Derby, exibem o filme em diferentes horários.  

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Já no dia 24 de agosto, serão duas sessões no Cinema São Luiz, às 19h30 e às 23h. O elenco da produção comparece no dia para acompanhar a exibição e encontrar o público. A distribuidora Vitrine Filmes escolheu 21 cidades para receber a pré-estreia do filme, em algumas delas, as sessões serão abertas ao público.

As demais cidades que receberão a pré-estreia de Bacurau são Aracaju- SE, Belo Horizonte – MG, Brasília-DF, Salvador – BA, Camaçari – BA, Juazeiro – BA, São Paulo – SP, Campinas-SP, Indaiatuba – SP, Fortaleza – CE, Juazeiro do Norte-CE, Goiânia – GO, João Pessoa – PB, Maceió – AL, Natal – RN, Porto Alegre – RS, Rio de Janeiro – RJ e São Luís – MA. O longa estreia, em todo o país, no dia 29 de agosto. 

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Nesta terça-feira (13), o Cinema São Luiz, na área central do Recife, deu início à venda dos ingressos para a pré-estreia do filme "Barurau", dos pernambucanos Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, marcada para 24 de agosto. Antes das 11h, horário previsto para a compra dos bilhetes, uma fila gigantesca se formou na calçada do cinema.

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O filme entra nacionalmente em cartaz no dia 29 de agosto. No São Luiz, a exibição do longa, no próximo dia 24, ganhará duas sessões, às 19h30 e 23h. Foi liberada a venda de dois ingressos por pessoa, R$ 10 inteira e R$ 5 meia-entrada. 

Depois de ganhar o Prêmio do Júri no Festival de Cannes, na França, em maio, "Bacurau" também será exibido no Festival de Gramado nesta sexta-feira (16). Contando a história de um pequeno povoado do Sertão nordestino, o filme tem no elenco os atores Sônia Braga, Karine Teles, Silvero Pereira, Jonny Mars e James Turpin. 

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