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Após o empate diante do Flamengo neste domingo, o São Paulo conquistou o primeiro título de Copa do Brasil de sua história, em sua segunda final da competição. O time de Dorival Júnior havia vencido a partida de ida, no Maracanã, por 1 a 0, gol de Jonathan Calleri. Com o troféu, além de garantir R$ 70 milhões para os cofres do clube, se classifica automaticamente à fase de grupos da Libertadores e Copa do Brasil de 2024.

O jogo

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Depois de vencer o confronto de 1 a 0 no Maracanã, o São Paulo subiu ao gramado do Morumbi precisando de apenas um empate para ficar com o título. Assim como na partida do Rio, o calor não deu trégua e a temperatura chegou a 36,5 graus - dia mais quente do ano - enquanto a bola rolava no primeiro tempo. Contando com o retorno de Arrascaeta após lesão, o Flamengo começou tomando a iniciativa da partida, buscando jogadas pelo meio e principalmente na esquerda. O São Paulo apostou nas bolas esticadas para Calleri e teve dificuldades em construir tabelas.

Aos oito minutos, Arboleda sentiu a coxa e precisou ser substituído por Diego Costa. A torcida são-paulina gritou o nome do zagueiro equatoriano, mas não escondeu a apreensão depois da saída do experiente defensor. O Flamengo começou a explorar mais o lado direito da defesa e levou perigo aos 18 minutos, obrigando Rafael a fazer defesa à queima-roupa na finalização de Gerson. A torcida entendeu o momento e passou a empurrar o São Paulo, que começou a ganhar terreno no campo adversário e, consequentemente, a controlar mais o jogo.

O São Paulo não tinha pressa. Se defendia relativamente bem, mas chegava pouco. O Flamengo encontrou poucos espaços para entrar na área, mas quando achou, foi letal. Aos 43, Pulgar chutou cruzado e Bruno Henrique completou para o gol após a bola ainda bater na trave. O Morumbi emudeceu apenas por um instante e os torcedores logo começaram a apoiar a equipe. O estádio foi ao delírio pouco tempo depois, quando Rodrigo Nestor acertou um lindo chute de fora da área e deixou tudo igual, aos 49. O meia de 23 anos não segurou as lágrimas e foi ovacionado na saída para o intervalo.

O São Paulo voltou para o segundo tempo com uma postura diferente, dividindo bolas e saindo mais para o ataque. Calleri teve função importante ganhando disputas no alto, enquanto Nestor e Lucas eram os responsáveis por reger a criação de jogadas. O Flamengo insistiu nas jogadas pelo lado esquerdo, mas encontrou menos espaço do que na etapa inicial e levou perigo em chutes de longe.

Após os 20 minutos, a partida começou a ficar picotada, com o árbitro Braulio da Silva Machado marcando muitas faltas. O São Paulo começou a administrar a vantagem e Dorival recorreu ao banco de reservas para oxigenar o time. Rodrigo Nestor teve mais uma vez o nome gritado pela torcida ao ser substituído por Michel Araújo. Sampaoli colocou Gabigol em campo, mas o centroavante tocou pouco na bola depois que Gerson e Arrascaeta foram substituídos.

Conforme o tempo regulamentar ia se aproximando do fim, os são-paulinos começaram a cantar cada vez mais alto, batendo com as mãos no alambrado do Morumbi, emulando o som de tambores. O anúncio do público de 63.077 mil pessoas foi muito aplaudido, uma saudação ao 12º jogador que foi o torcedor durante a campanha do título - a partida registrou também a segunda maior renda bruta da história do futebol, com R$ 24.520.800,00 arrecadados. Nos acréscimos, o torcedor vibrou a cada bola isolada para longe da área e a cada dividida, soltando em uníssono o grito de campeão após o apito final.

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FICHA TÉCNICA

SÃO PAULO 1 x 1 FLAMENGO

SÃO PAULO - Rafael; Rafinha, Arboleda (Diego Costa), Beraldo e Caio Paulista (Wellington); Pablo Maia, Alisson (Gabriel Neves), Wellington Rato (Michel Araújo) e Rodrigo Nestor (Luciano); Lucas e Calleri. Técnico: Dorival Júnior.

FLAMENGO - Rossi; Wesley, Fabrício Bruno, Léo Pereira e Ayrton Lucas; Erick Pulgar, Thiago Maia (Luiz Araújo), Gerson (Victor Hugo) e Arrascaeta (Everton Ribeiro); Bruno Henrique e Pedro (Gabigol). Técnico: Jorge Sampaoli.

GOLS - Bruno Henrique (aos 43) e Rodrigo Nestor (aos 49 do primeiro tempo).

CARTÕES AMARELOS - Alisson, Pablo Maia, Rafinha e Gabriel Neves (São Paulo); Léo Pereira, Fabrício bruno (Flamengo).

ÁRBITRO - Braulio da Silva Machado (Fifa-SC).

PÚBLICO - 63.077 torcedores.

RENDA - R$ 24.520.800,00.

LOCAL - Morumbi (SP).

Título inédito

O time tricolor entra para a seleta lista de clubes que já conquistaram a competição nacional, fundada em 1989. Contando com o São Paulo, 17 equipes já se sagraram campeãs da Copa do Brasil. O último campeão inédito, antes dos comandados de Dorival Júnior, havia sido o Athletico-PR, em 2019, quando Tiago Nunes ainda dirigia o time.

Com seis títulos, o Cruzeiro continuará como o maior campeão isolado, ao menos até 2024; isto porque em segundo lugar está o Grêmio, com uma conquista a menos do que os gaúchos. Palmeiras e Flamengo, com quatro títulos cada, são seguidos pelo Corinthians com três taças e completam o top 5.

Em 1989, ano em que a competição foi fundada, o Grêmio se sagrou campeão. Na ocasião, derrotou o Sport, após empate por 0 a 0 e vitória por 2 a 1 em Porto Alegre. Agora sem o São Paulo, outras sete equipes já foram finalistas da competição, mas nunca puderam comemorar o título. São elas: Goiás (1990), Ceará (1994), Botafogo (1999), Brasiliense (2002), Figueirense (2007), Vitória (2010) e Coritiba (2011 e 2012)

Fundada em 1989, o São Paulo participou de 22 das 34 edições. A melhor campanha do time, antes do título, havia sido em 2000, quando foi vice-campeão diante do Cruzeiro, em uma partida com um sabor amargo para os tricolores. Depois de empate sem gols no Morumbi, o time paulista abriu o placar, no Mineirão, no início do segundo tempo, com Marcelinho Paraíba. Porém, levou a virada aos 45 minutos depois de a barreira abrir em cobrança de falta de Geovanni, tirando as chances de Rogério Ceni defender a bola.

TODOS OS CAMPEÕES

1989 - Grêmio

1990 - Flamengo

1991 - Criciúma

1992 - Internacional

1993 - Cruzeiro

1994 - Grêmio

1995 - Corinthians

1996 - Cruzeiro

1997 - Grêmio

1998 - Palmeiras

1999 - Juventude

2000 - Cruzeiro

2001 - Grêmio

2002 - Corinthians

2003 - Cruzeiro

2004 - Santo André

2005 - Paulista

2006 - Flamengo

2007 - Fluminense

2008 - Sport

2009 - Corinthians

2010 - Santos

2011 - Vasco da Gama

2012 - Palmeiras

2013 - Flamengo

2014 - Atlético-MG

2015 - Palmeiras

2016 - Grêmio

2017 - Cruzeiro

2018 - Cruzeiro

2019 - Athletico-PR

2020 - Palmeiras

2021 - Atlético-MG

2022 - Flamengo

2023 - São Paulo

CAMPEÕES POR NÚMERO DE TÍTULOS

Cruzeiro (6): 1993, 1996, 2000, 2003, 2017 e 2018

Grêmio (5): 1989, 1994, 1997, 2001 e 2016

Flamengo (4): 1990, 2006, 2013 e 2022

Palmeiras (4): 1998, 2012, 2015 e 2020

Corinthians (3): 1995, 2002 e 2009

Atlético-MG (2): 2014 e 2021

Athletico-PR (1): 2019

Criciúma (1): 1991

Fluminense (1): 2007

Internacional (1): 1992

Juventude (1): 1999

Paulista (1): 2005

Santo André (1): 2004

Santos (1): 2010

São Paulo (1): 2023

Sport (1): 2008

Vasco (1): 2011

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