Tópicos | Luiz Fernando Carvalho

A criação artística de Ariano Suassuna é, para o senso comum, quase um sinônimo da palavra teatro. Mas o escritor paraibano, que faleceu na última quarta-feira (23), também inspirou com seu legado literário o surgimento de obras exibidas através outras linguagens artísticas, a exemplo do cinema e da TV. Entre tantos casos, os exemplos mais conhecidos são O Auto da Compadecida e O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, transformados em minisséries e em longas-metragens.

Na TV, suas obras ganharam adaptações pelas mãos de diretores como Luiz Fernando Carvalho e Guel Arraes. Em 2007, ano que Ariano Suassuna completou 80 anos, o diretor Luiz Carvalho homenageou o autor através da microssérie A Pedra do Reino, escrita com Luís Alberto de Abreu e Braulio e exibida em cinco capítulos na Globo. Participaram do elenco Irandhir Santos, Nill de Pádua e Mayana Neiva. Outro detalhe é que Carvalho incorporou à trama elementos de Torturas de um Coração e O Santo e a Porca, também peças de Suassuna. 

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Mas a relação do escritor paraíbano com a televisão já estava consolidada nesse período. Em 1994, a atriz Tereza Seiblitz interpretou Rosa Maranhão na peça Uma mulher vestida de sol, dirigida por Carvalho e exibida na Globo. Sob o comando de Guel Arraes, O Auto da Compadecida também foi adaptado para a TV e a minissérie - que contou com Selton Mello e Matheus Nachtergaele como protagonistas - teve bastante sucesso. No ano seguinte, os quatro capítulos que narram a trajetória de Chicó e João Grilo viraria filme.

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No entanto, a chegada de Suassuna ao cinema é antiga e data o ano de 1969, quando George Jonas assinou dirigiu A Compadecida, estrelado por Regina Duarte e Armando Bógus. Anos mais tarde, em 1987, outro filme que se inspirou na mesma obra foi Os Trapalhões no Auto da Compadecida (1987), de Roberto Santos.

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As adaptações para o teatro existem desde os anos 1950, através de nomes como Zbigniew Ziembinski (O Santo e a Porca), Antunes Filho (A Pedra do Reino), Ademar Guerra (O Auto da Compadecida) e Aderbal Freire-Filho (A Farsa da Boa Preguiça). Entre os espetáculos mais recentes, estão O Casamento Suspeitoso, com direção de Sérgio Ferrara, e As Conchambranças de Quaderna, de Inez Viana. 

Para 2014, Ariano Suassuna planejava lançar novo romance, O jumento sedutor, pela Editora José Olympio. O escritor chegou a declarar publicamente que era mais conhecido como dramaturgo, menos como romancista e pouquíssimo como poeta, e que para esta obra tentaria fundir estes três elementos. Será que virá um filme ou uma série nova por ai?

A estreia de Meu pedacinho de chão, uma novidade artística da teledramaturgia brasileira, alcançou a média de 18 pontos nesta segunda-feira (7). De acordo com a colunista Patrícia Kogut, de O GloboJoia Rara, novela anterior do horário das 18h, teve uma estreia melhor, com 21 pontos. 

O primeiro capítulo da fábula de Benedito Ruy Barbosa, dirigida por Luiz Fernando Carvalho, mostrou a chegada da Professorinha Juliana (Bruna Linzmeyer) à Vila Santa Fé. Outro destaque foi para a rivalidade entre o coronel Epa (Osmar Prado) e Pedro Falcão (Rodrigo Lombardi).

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Apesar de ter audiência inferior à estreia de Joia Rara, Meu Pedacinho de Chão teve seu elenco como um dos assuntos mais comentados do twitter, com destaque para Juliana Paes, Osmar Prado e Rodrigo Lombardi.

 

 

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