O primeiro-ministro britânico Boris Johnson promoveu nesta sexta-feira um novo programa expandido de vacinação contra a gripe no Reino Unido, chamando os oponentes das vacinas de "malucos".
"Agora existem todos esses antivacinas. Eles são malucos", disse durante uma visita a um centro médico em Londres.
Temendo que os serviços de saúde entrem em colapso no caso de uma nova onda de coronavírus, o governo conservador de Johnson expandiu seu programa de vacinação contra a gripe.
A partir de agora, a vacina será gratuita para maiores de 50 anos, os grupos mais vulneráveis e crianças pequenas. O objetivo é vacinar 30 milhões de pessoas.
De acordo com um estudo encomendado pelo governo, uma segunda onda de novos coronavírus neste inverno pode causar até 120.000 mortes em hospitais do Reino Unido.
O estudo recomenda o lançamento de uma campanha de informação com conselhos específicos para pessoas vulneráveis, aumentando a capacidade de testar e vacinar pessoas em risco e profissionais de saúde.
O Reino Unido, com 45.000 mortes, é o país da Europa com mais óbitos devido à pandemia. O uso da máscara é obrigatório nas lojas a partir desta sexta-feira na Inglaterra.
Segundo a ONU, uma vacina é a única maneira possível de retornar ao "normal". Mas, de acordo com uma pesquisa recente da Yougov, 16% dos britânicos "provavelmente" ou "certamente" rejeitariam a vacina.
O movimento antivacina ganhou terreno nos últimos anos, principalmente por causa de estudos científicos enganosos que vinculam a vacinação ao autismo.