Tópicos | Man Booker Prize

O escritor israelense David Grossman foi agraciado nesta quarta-feira (14), em Londres, com o Man Booker Prize International, por "A Horse Walks into a Bar", um doloroso retrato da sociedade israelense.

O Man Booker Prize International, que todo o ano premia uma obra estrangeira traduzida para o inglês e publicada no Reino Unido, é uma das mais prestigiosas distinções literárias do mundo.

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Esta é a primeira vez que um autor israelense é escolhido.

O romance foi traduzido para o inglês pela britânica Jessica Cohen, cuja "extraordinária" tradução foi "elogiada pelos jurados", declarou o presidente do júri, Nick Barley.

"Obrigado a todos. Amarei este prêmio e esta noite", agradeceu Grossman, após receber o prêmio em uma cerimônia realizada em Londres.

"E obrigado, acima de tudo, a minha maravilhosa, dedicada tradutora, Jessica Cohen", acrescentou o escritor, de 63 anos.

Composto por cinco membros, o júri se encantou pela obra do israelense, que competia com trabalhos como "Judas", do também israelense Amós Oz (no Brasil, publicado pela Companhia das Letras), e "Distância de resgate" (publicado em português no ano passado pela Editora Record), da argentina Samanta Schweblin.

Desde o ano passado, o prêmio é entregue ao autor e ao tradutor da obra. Jessica Cohen e David Grossman vão dividir um cheque de 50.000 libras (56.800 euros).

Os livros de Grossman foram traduzidos para 30 idiomas, e o autor já recebeu vários prêmios internacionais.

O australiano Richard Flanagan venceu nesta terça-feira, 14, o Man Booker Prize por seu romance The Narrow Road to the Deep North, inédito no País. A obra, que levou 12 anos para ser escrita, é dedicada ao pai do autor, prisioneiro do exército japonês durante a Segunda Guerra Mundial e cuja experiência é resgatada nessa história centrada na construção de uma estrada de ferro durante os conflitos. Esta é sua sexta obra - duas delas saíram no Brasil: A Terrorista Desconhecida e O Livro dos Peixes de William Gould (esgotado).

Flanagan concorria com nomes como Ali Smith (How To Be Both), Howard Jacobson (J, a ser publicado pela Bertrand), Neel Mukherjee (The Lives of Others), Joshua Ferris (To Rise Again at a Decent Hour) e Karen Joy Fowler (We Are All Completely Beside Ourselves, que sairá pela Rocco).

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O Man Booker Prize é considerado o mais prestigioso prêmio dado a autores de língua inglesa. Desde sua criação, em 1969, até o ano passado, ele premiou escritores do Reino Unido, Irlanda e Commonwealth. Mas este ano, pela primeira vez, ele incluiu americanos na disputa - e isso dividiu opiniões. Vencedor duas vezes do Booker, o australiano Peter Carey, por exemplo, disse em entrevista ao Guardian que é inimaginável que o Pulitzer ou o National Book Award, dos Estados Unidos, abram seus prêmios aos britânicos e australianos. Desde 2005 e a cada dois anos, escritores de outros países publicados no Reino Unido já concorrem ao Man Booker International Prize.

Os vencedores dos últimos três anos foram Eleanor Catton (2013), com Os Luminares (Globo), Hilary Mantel (2012), com O Livro de Henrique (Record) e Julian Barnes (2011), com O Sentido de um Fim (Rocco).

O prestigioso Man Booker Prize anunciou nesta terça-feira, 9, a lista final com os concorrentes ao prêmio de 2014. São três autores britânicos: Ali Smith, com How to Be Both, Howard Jacobson, com J, e Neel Mukherjee e The Lives of Others. Dois americanos: Joshua Ferris, com To Rise Again at a Decent Hour, e Karen Joy Fowler com We Are All Completely Beside Ourselves. Um australiano: Richard Flanagan com The Narrow Road to the Deep North.

Os favoritos são Ali Smith e Howard Jacobson, que ganhou o prêmio em 2010 com The Finkler Question, de acordo com o editor William Hill.

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Entre os autores que não sobreviveram ao corte - uma lista com 13 nomes tinha sido divulgada em julho - estão Joseph O'Neill e David Mitchell.

"Este foi um ano muito, muito rico para a ficção", disse o filósofo A. C. Grayling, presidente do júri do prêmio.

Este é o primeiro ano em que escritores de todas as nacionalidades foram elegíveis ao Man Booker Prize, anteriormente aberto apenas para autores da Grã Bretanha, Irlanda e da Commonwealth. O fato gerou preocupação de que os Estados Unidos dominariam o tradicional prêmio.

O vencedor das 50 mil libras do prêmio será anunciado em um cerimônia em Londres, em outubro.

Mais importante prêmio da literatura em língua inglesa, o Man Booker Prize anunciou ontem (10) seus seis finalistas. Concorrem ao prêmio de £ 50 mil NoViolet Bulawayo, com We Need New Names; Eleanor Catton, com The Luminaries; Jim Crace, com Harvest; Jhumpa Lahiri, com The Lowland; Ruth Ozeki, com A Tale For The Time Being; e Colm Tóibín, com O Testamento de Maria - lançado este ano no Brasil pela Companhia das Letras. No primeiro semestre de 2014, a Globo edita a obra de Lahiri.

Também no ano que vem sai, pela Casa da Palavra, o título de Ozeki. Em 2012, quem venceu foi Hilary Mantel por seu romance histórico O Livro de Henrique (Record).

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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