Tópicos | Manuela D'Ávila (PCdoB)

Depois de um início de campanha marcado por debates sobre temas da cidade, os candidatos Sebastião Melo (MDB) e Manuela D'Ávila (PCdoB) chegam ao dia da eleição após troca de acusações e uma guerra judicial. A temperatura subiu quando a questão do racismo entrou na campanha, em razão da morte de João Alberto Freitas, no Carrefour, no último dia 19, e da eleição de cinco vereadores negros, um recorde para a cidade.

Na terça-feira, Manuela veiculou um vídeo no qual apoiadores de Melo - o vice-presidente Hamilton Mourão e o ex-candidato Valter Nagelstein (PSD) - dão declarações polêmicas. Na gravação, Mourão diz que não há racismo no Brasil.

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Na quarta-feira, Melo registrou boletim de ocorrência contra Manuela por "crime eleitoral", alegando ter sido associado ao racismo pela adversária, e recorreu ao Judiciário para suspender a propaganda. O pedido foi rejeitado, pois a Justiça Eleitoral entendeu que o vídeo não divulgou fatos inverídicos.

A candidata alegou que o adversário tentou criar um "fato eleitoral" e afirmou que vai entrar com uma ação contra ele por danos morais e denunciação caluniosa. Manuela ganhou direito de resposta na propaganda de Melo, depois de ele a acusar de propagar "fake news". Durante a campanha, o TRE retirou das redes sociais mais de 600 mil compartilhamentos de notícias falsas sobre Manuela.

O impacto de decisões judiciais já tinha marcado o primeiro turno: José Fortunati (PTB) teve a candidatura impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral, retirou-se da disputa e anunciou apoio a Melo. Na votação, o emedebista teve 31% dos votos válidos e Manuela, 29%.

Fortunati, Melo e o prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB), que enfrenta um processo de impeachment, disputavam quem iria para o segundo turno com Manuela, segundo as pesquisas. A saída de Fortunati mudou o cenário e Melo avançou na preferência do eleitorado. Na campanha, ele prometeu cancelar o aumento do IPTU autorizado por Marchezan. Manuela apontou como prioridade a aquisição de vacina contra covid para a população.

Pesquisa Ibope divulgada no sábado mostrou Manuela com 51% dos votos válidos e Melo com 49%. Nas intenções de voto, quando são computados os indecisos, brancos e nulos, ela tem 45% e Melo, 43%. A pesquisa, que ouviu 805 pessoas nos dias 27 e 28, foi contratada pela RBS TV, tem margem de erro de 3 pontos porcentuais, nível de confiança de 95% e registro no TRE: RS-05561/2020. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Onze pré-candidatos à Presidência da República participam, nesta terça-feira (8), da 73ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), que acontece em Niterói, no Rio de Janeiro. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), foi o primeiro a participar do “Diálogo com os presidenciáveis”. Ele, assim como todos os demais postulantes, teve 25 minutos para discorrer diante dos prefeitos de todo o país sobre assuntos como saúde, educação, segurança e emprego, sob a perspectiva do Pacto Federativo.

Os assuntos integram a Carta de Niterói, que começou a ser construída no Recife em 2017, e deve reunir propostas que os gestores municipais vão apresentar aos eventuais candidatos. Depois de Maia, quem vai discursar ainda nesta manhã para os prefeitos é o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), seguido por Guilherme Afif Domingos (PSD), a deputada  Manuela D'Ávila (PCdoB), a ex-senadora Marina Silva (Rede) e o senador Álvaro Dias (PODE). 

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Já à tarde, de acordo com a programação, falam Ciro Gomes (PDT), Aldo Rebelo (SD), Guilherme Boulos (PSOL), Paulo Rabello (PSC) e Henrique Meirelles (MDB). Iniciada no último domingo (6), a 73ª Reunião Geral da FNP é a última edição antes das eleições de 2018. 

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