Tópicos | Marcelo Nobre

O advogado do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Marcelo Nobre, afirmou na tarde desta terça-feira, 12, que vai ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso Marcos Rogério (DEM-RO) vote no recurso de seu cliente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

Rogério é o relator do processo contra Cunha no Conselho de Ética da Casa. Por isso, para o advogado, o parlamentar não seria isento para julgar o recurso ao processo na CCJ. No recurso, a defesa também questiona a relatoria de Rogério, que pertence a partido que faz parte do mesmo bloco do PMDB, sigla de Cunha. "Como é que pode um juiz que deu a decisão ir para um tribunal que julgará o recurso contra a decisão e votar?", disse.

##RECOMENDA##

Ontem, Marcos Rogério já havia anunciado que não participaria da votação na CCJ. Em seu lugar deve entrar Pauderney Avelino (DEM-AM) ou Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

Na apresentação da defesa, Nobre insistiu que há uma série de erros no processo de seu cliente. Ele voltou a dizer que Cunha não tem conta no exterior e não poderia declarar no Imposto de Renda uma conta que não possui. "Estamos no exercício da defesa, da sobrevivência política de um homem", disse.

Na avaliação de Nobre, os deputados estão acolhendo argumentos que são contra o regimento da Casa pelo fato de o nome de Cunha estar "impresso na capa do processo". Para ele, os encaminhamentos seriam diferentes se o julgamento fosse de outro deputado. "Se decidir desta forma, no fundo o que estará se fazendo é um linchamento", afirmou.

O advogado de defesa do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Marcelo Nobre, afirmou, na tarde desta terça-feira (1º), durante a reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, que o processo contra o peemedebista não tem provas sustentáveis e é “natimorto”. A sessão do Conselho pretende decidir se dará prosseguimento ou não ao pedido de cassação de Cunha. 

“Não há provas nesta representação contra ele [Eduardo Cunha]. Meu cliente não omitiu em seu imposto de renda os valores que ele tem [na Suíça] e não mentiu na CPI [da Petrobras]. Seria um absurdo abrir este processo. Se abrir ele será arquivado. Já sabemos o fim. Não existe outra possibilidade”, projetou Nobre. “Este processo é natimorto. Abrir um processo para sangrar o deputado, a defesa não tem como concordar”, acrescentou. 

##RECOMENDA##

O advogado também questionou as denúncias feitas pelo Ministério Público contra o peemedebista. “Denúncia não prova nada. Quantas denúncias são propostas diariamente no Brasil e não são aceitas pelo judiciário. Nunca, jamais, podemos admitir que uma denúncia possa servir como prova, sem a clareza do devido processo legal. O Ministério Público não prova nada. Quem condena se houver culpado ou não é o judiciário”, disparou.

A sessão do Conselho de Ética foi aberta por volta das 14h40. O clima entre os deputados é tenso. Discussões sobre a designação do relator, a montagem dos blocos da Casa e outras questões de ordem acaloram o debate. 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando