Tópicos | Marguerite Duras

Cinema, teatro, dança e poesia são reunidos no encerramento do evento Descobrindo Marguerite Duras. O festival não se prende à obra de Duras, e busca investigar o universo construído pela escritora em livros como O amante e A dor ou filmes como India Song e Hiroshima, meu amor (do qual escreveu o roteiro).

Nesta quinta-feira (13), às 21h, após a última apresentação da peça Pouco me importa se tu me amas. Eu sou Duras, o público do teatro poderá conferir o solo performático OSSevaO, de Silvinha Góes. No trabalho, a bailarina escritora tenta provocar o público com palavras e poesia. Na ocasião, ela usará trechos escritos de Marguerite Duras em seu processo criativo.

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O evento Descobrindo Marguerite Duras segue até o dia 15 de novembro com exibição de filmes, música, performances, peça de teatro, debates e um menu temático, além de mercado gastronômico e um mercado de pulgas a la Paris.

Programação

Quinta, 13

18h – Exibição do filme Nathalie Granger, escrito e dirigido por MargueriteDuras | Com Jeanne Moreau e Gérard Depardieu 

20h – Peça Pouco me importa se tu me amas. Eu sou Duras

21h – Solo de dança OSSevaO, de Silvinha Góes

Sexta, 14

19h30 – Exibição do filme O amante + palestra com Catarina Andrade (Cineclube da Aliança Francesa Recife)

Serviço

Descobrindo Marguerite Duras

Até 14 de novembro de 2014

Aliança Francesa do Derby (Rua Amaro Bezerra, 466)

Gratuito *com entrada a R$ 15 para a peça “Não importa se tu me amas. Eu sou Duras”

Informações (81) 3202 6262

A partir desta quinta (6), Recife mergulha no universo criativo de Marguerite Duras, em comemoração ao centenário de nascimento de uma das mais expressivas escritoras do século 20. O evento Descobrindo Marguerite Duras segue até o dia 15 de novembro com exibição de filmes, música, performances, peça de teatro, debates e um menu temático, além de mercado gastronômico e um mercado de pulgas a la Paris.

O festival não se prende à obra de Duras, e busca investigar o universo construído pela escritora em livros como O amante e A dor ou filmes como India Song e Hiroshima, meu amor (do qual escreveu o roteiro). Vai além: repercute e atualiza o pensamento de Duras, fazendo paralelo com a realidade recifense. A questão de gênero, importante na vida da autora, é debatida no bate-papo 'Simplementes bissexualidade', com a psicóloga social especialista em assuntos LGBT Tatiana Ranzani Maurani, e também está presente em 3 curtas e um longa exibidos durante o festival.

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Descobrindo Marguerite Duras é uma parceria entre a Aliança Francesa Recife e o chef Cláudio Kovacic, apaixonado conhecedor da vida e da obra da francesa, que atua como curador do festival. Ele criou, ao lado do chef Claúdio Manoel, um cardápio especial temático servido no Bistrot L Comedie (na Aliança Francesa do Derby), com entrada, prato principal e sobremesa servidos a R$ 35.

O chef Kovacic ressalta a existência de uma opção com carne (Viande a la Cocotte) e outra vegetariana (Quiche de tomates de forno) entre os pratos principais e explica onde buscou inspiração para a criação do menu. "O modo de fazer é da gastronomia francesa, mas os cheiros e sabores fazem referência a Asia, para onde Marguerite volta sempre", diz. O cardápio inclui petiscos como o Escabeche de linguado, todos vendidos a R$ 20.

Mostra audiovisual

Marguerite Duras teve obras adaptadas para o cinema, escreveu roteiros e dirigiu filmes. Sua relação com o audiovisual tem uma atenção especial durante o evento. O longa O amante, baseado no livro mais famoso da francesa, ganha exibição no dia 14, às 17h, seguida de bate-papo com Catarina Andrade, mestra e doutoranda em cinema responsável pela programação audiovisual da Aliança francesa.

Hiroshima, meu amor, filme dirigido por Alain Resnais cujo roteiro foi feito por Duras, é exibido na quinta (13), às 18h. No sábado anterior (8), às 15h, cinco documentários debatendo a questão de gênero são exibidos. Uma parceria com a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) traz também obras de videoarte. Todas as exibições são gratuitas.

"Eu sou Duras"

Um dos destaques da programação é a apresentação da peça Pouco me importa se tu me amas. Eu sou Duras, monólogo interpretado pela atriz Ceronha Pontes. O espetáculo, escrito e dirigido por Cláudio Kovacic, terá sessões desta (6) até a próxima quinta (13).

"O palco será montado no meio da sala e o público ficará como numa arena", avisa Kovacic, afirmando que o monólogo tem pouca luz e música insinuante. Em Pouco me importa..., Marguerite Duras é interpretada em um contexto pernambucano, e "reflete sobre o sentido do amor e da morte", como explica o autor. A entrada para a peça custa R$ 15.

Confira a programação completa no site oficial do Descobrindo Marguerite Duras.

Serviço

Descobrindo Marguerite Duras

Quinta (6) a 15 de novembro

Aliança Francesa Derby (Rua Amaro Bezerra, 466 - Derby)

(81) 3202 6262

O último amor de Marguerite Duras, seu companheiro de vida durante 16 anos e com quem ela mantinha uma relação singular, absorvente e literária, o escritor Yann Andréa, foi encontrado morto na quinta-feira (10) em seu apartamento de Paris, aos 63 anos. "As brigas acontecem em todos os casais, não é nada original", minimizava Yann Andréa, ao mencionar o tumultuado relacionamento com Marguerite Duras, repleto de rupturas e reencontros, de paixão e submissão, mas que durou até a morte de Duras em 3 de maio de 1996.

De silhueta frágil, rosto jovem e bigode, Yann Andréa era homossexual e seu nome verdadeiro era Yann Lemée. Ele revelou que se apaixonou por Duras ao lser seu romance "Les petits chevaux de Tarquinia". Durante cinco anos, escreveu cartas para a autora, sem receber respostas da escritora famosa. Até que um dia, em 1980, o jovem bateu na porta da casa de Marguerite Duras em Trouville (oeste da França). Ela tinha 66 anos e ele 28, mas o relacionamento prosseguiu até a morte da escritora em 1996.

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Yann Andréa escreveu diversos livros, como M.D. (1983), "Cet amour-là" (1999), "Ainsi" (2000), "Dieu commence chaque matin" (2001). "Cet amour-là" foi adaptado ao cinema por Josée Dayan em um filme no qual Marguerite Duras foi interpretada por Jeanne Moreau. O livro relata de maneira detalhada um relacionamento especial no qual a escritora idosa controlava e decidia tudo, até o nome de seu companheiro, que não fazia sexo com ela.

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