Tópicos | mp 704

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recuou e acertou com lideranças pró-impeachment que colocará pelo menos duas medidas provisórias (MPs) em votação nesta semana no plenário da Casa. A decisão foi acertada durante almoço com deputados do PP, PMDB, DEM, PSB, PSD e PR nesta terça-feira, 26, na residência oficial da Presidência da Câmara.

Segundo três deputados que participaram do encontro, uma das MPs que será colocada em votação será a 701/2015. A medida autoriza seguradoras e organismos internacionais a oferecer o Seguro de Crédito à Exportação (SCE). O SCE é uma garantia ao exportador em caso de não pagamento dos produtos pelo importador em razão de riscos políticos (como moratória do País e guerra) e riscos comerciais (como atrasos e falência do importador).

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O objetivo da MP 701 é ampliar o leque de agentes que oferecem o seguro, destinado à venda de produtos brasileiros no exterior. Atualmente, a oferta desses seguros é concentrada no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A proposta foi enviada pelo Poder Executivo em dezembro do ano passado e teve sua validade prorrogada pelo Congresso para até 17 de maio. A matéria já foi aprovada por comissão mista. A expectativa dos líderes pró-impeachment é de aprovar a MP.

Outra MP que será colocada em votação é a 704/2015. A medida permite ao governo federal usar o superávit financeiro das fontes de recursos decorrentes de vinculação legal existentes no Tesouro Nacional em 31 de dezembro de 2014 para cobrir despesas correntes do exercício de 2015. Entre essas despesas estão aquelas com pessoal, benefícios previdenciários e assistenciais, Bolsa Família e ações e serviços públicos de saúde.

A MP 704 foi enviada pelo governo federal para o Congresso no fim de dezembro de 2014. Após ser prorrogada, a proposta perde a validade em 31 de maio. Lideranças desses partidos que participaram da reunião com Cunha afirmam que votarão contra a medida. Para a oposição, a MP é mais um "truque contábil" do governo Dilma Rousseff para pagar as chamadas pedaladas fiscais, que embasaram o pedido de impeachment da presidente em análise no Senado.

Logo após a votação do impedimento da petista na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha dizia que não pretendia votar nenhum projeto de interesse do governo, até que o Senado analisasse a admissibilidade do impeachment de Dilma. Atualmente, o processo está sendo analisado por comissão especial no Senado. A votação em plenário pelos senadores está prevista para 11 ou 12 de maio.

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG) divulgou ontem nota criticando a edição pelo governo federal da Medida Provisória (MP) 704, que trata das fontes de recursos para cobertura de despesas primárias obrigatórias e pagamento da Dívida Pública Federal (DPF). "Vemos, mais uma vez, e lamentavelmente, o governo Dilma fazer uso de truques contábeis - o uso do superávit financeiro da conta única do Tesouro Nacional - para pagar outros truques contábeis que foram as pedaladas fiscais", afirma Aécio.

Pela MP 704, publicada na quinta-feira, o superávit financeiro das fontes de recursos decorrentes de vinculação legal existentes no Tesouro Nacional em 31 de dezembro de 2014 poderá ser destinado à cobertura de despesas primárias obrigatórias no exercício de 2015.

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Ela estabelece ainda que os valores de concessões de crédito realizadas por força de lei ou medida provisória pagos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à União serão destinados exclusivamente ao pagamento da DPF.

Para o tucano, Dilma repete "o mesmo truque" utilizado em dezembro de 2014, quando foi editada a MP 661, que estabelecia em um de seus artigos que "o superávit financeiro das fontes de recursos existentes no Tesouro Nacional poderá ser destinado à cobertura de despesas primárias obrigatórias". "Este ano, portanto, o governo Dilma volta a editar a Medida Provisória autorizando o uso do saldo financeiro da conta única do Tesouro Nacional para pagar tanto despesas primárias quanto as pedaladas fiscais", diz o tucano.

Na quinta-feira, o governo anunciou que iria colocar em dia dívidas de R$ 10,9 bilhões com FGTS e de R$ 15,1 bilhões com o BNDES, por conta das pedaladas fiscais.

O presidente do PSDB lembra que a nova MP foi publicada às vésperas do Natal, assim como as MPs que mudaram o seguro-desemprego e as pensões, no ano anterior. "É um governo que pede um novo voto de confiança aos investidores, mas que, na manhã seguinte, volta a se aproveitar de um momento em que a imprensa e a sociedade estão desmobilizadas para publicar atos polêmicos", ataca.

"O recado está claro: tudo indica que o governo federal usará novamente uma manobra fiscal para fazer frente às suas despesas. O saldo financeiro da conta única do Tesouro Nacional deveria ser usado, no entanto, apenas para o pagamento de dívida pública, como estabelece a Lei 11.943, de 28 de maio de 2009", completa o senador.

Aécio destaca que, para fazer uso de recursos da conta única para pagar despesas atrasadas, seria necessário que o governo tivesse arrecadação superior à despesa primária, "o que não é o caso", aponta. "De acordo com as boas práticas contábeis, despesas primárias (despesas não financeiras) devem ser pagas com a receita de impostos e contribuições.

Quando o governo não tem recursos suficientes para pagar suas despesas não financeiras, pede recursos emprestados ao mercado por meio da emissão e vendas de títulos públicos, uma operação que aumenta a dívida bruta e a líquida no ato do pagamento das despesas não financeiras que deu origem ao aumento da dívida", emenda na nota.

Ao final da mensagem, o tucano fala que falta bom senso ao governo petista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na quinta-feira, o governo anunciou que iria colocar em dia dívidas de R$ 10,9 bilhões com FGTS e de R$ 15,1 bilhões com o BNDES, por conta das pedaladas fiscais.

O presidente do PSDB lembra que a nova MP foi publicada às vésperas do Natal, assim como as MPs que mudaram o seguro-desemprego e as pensões, no ano anterior. "É um governo que pede um novo voto de confiança aos investidores, mas que, na manhã seguinte, volta a se aproveitar de um momento em que a imprensa e a sociedade estão desmobilizadas para publicar atos polêmicos", ataca.

"O recado está claro: tudo indica que o governo federal usará novamente uma manobra fiscal para fazer frente às suas despesas. O saldo financeiro da conta única do Tesouro Nacional deveria ser usado, no entanto, apenas para o pagamento de dívida pública, como estabelece a Lei 11.943, de 28 de maio de 2009", completa o senador.

Aécio destaca que, para fazer uso de recursos da conta única para pagar despesas atrasadas, seria necessário que o governo tivesse arrecadação superior à despesa primária, "o que não é o caso", aponta. "De acordo com as boas práticas contábeis, despesas primárias (despesas não financeiras) devem ser pagas com a receita de impostos e contribuições.

Quando o governo não tem recursos suficientes para pagar suas despesas não financeiras, pede recursos emprestados ao mercado por meio da emissão e vendas de títulos públicos, uma operação que aumenta a dívida bruta e a líquida no ato do pagamento das despesas não financeiras que deu origem ao aumento da dívida", emenda na nota.

Ao final da mensagem, o tucano fala que falta bom senso ao governo petista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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