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O secretário de Estado americano, Antony Blinken, garantiu nesta quarta-feira (29), em Bruxelas, que Washington e seus aliados continuarão apoiando firmemente a Ucrânia na guerra contra a Rússia.

Na sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Blinken admitiu que há quem "questione se os Estados Unidos e outros aliados realmente continuam apoiando a Ucrânia, enquanto entramos no segundo inverno da brutalidade de Putin".

"A resposta da Otan é clara e inabalável. Devemos continuar apoiando a Ucrânia e assim faremos", acrescentou o chefe da diplomacia dos Estados Unidos.

As declarações de Blinken acontecem enquanto crescem os receios de que uma redução do apoio militar à Ucrânia possa forçar o país a buscar algum tipo de acordo com a Rússia, a partir de uma posição de fragilidade.

Reunidos desde terça-feira (28) em Bruxelas, os ministros das Relações Exteriores da Otan insistiram que a aliança permanece convencida da necessidade de manter o apoio militar à Ucrânia.

Na sede da Otan, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, reafirmou que seu país "não recuará" na guerra contra a Rússia, apesar dos progressos mínimos alcançados na linha de frente e das dúvidas sobre a continuidade do apoio ocidental.

"Temos que continuar lutando. A Ucrânia não recuará", disse o chefe da diplomacia ucraniana antes de uma reunião, antes de insistir que "nosso objetivo estratégico, que é a integridade territorial dentro de fronteiras reconhecidas internacionalmente desde 1991, permanece inalterado".

Os países ocidentais indicam que não fazem pressão para a Ucrânia negociar com a Rússia, apesar do principal comando militar da Ucrânia ter admitido que os combates chegaram a um impasse.

"Esperamos que o Congresso dos EUA também encontre uma solução que seja do interesse do povo americano, que é apoiar Israel e a Ucrânia", disse Kuleba.

Para o chanceler ucraniano, "a melhor forma de evitar enviar os seus próprios soldados para a guerra é ajudar outro país a travar a sua própria guerra".

A Ucrânia solicitou a adesão à Otan para poder beneficiar-se da proteção oferecida pela aliança militar, mas recebeu como resposta promessas vagas, sem qualquer calendário.

A Otan prefere pedir aos seus membros que mantenham a ajuda militar à Ucrânia, já que adicionar esse país agora poderia arrastar toda a aliança para uma guerra contra a Rússia.

Kuleba observou que, devido ao significativo apoio ocidental durante a guerra, a Ucrânia já está sendo transformada em "um exército da Otan, de fato", em termos de "capacidade técnica, abordagens de gestão e princípios".

"Defender a Europa sem a Ucrânia é uma tarefa inútil", destacou Kuleba.

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